36° Capitulos

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Ana Clara

Ele estava bêbado!

💭E quando ele não esteve nessas últimas semanas?

Peguei minha moto e saí em disparada para a entrada do morro. Assim que os vapores da entrada perceberam que era eu, abriram a barreira, se não tivessem saído da frente, eu teria passado por cima.

Fui direto para o único lugar que eu sabia que não teria nenhum desses problemas. Com a única pessoa que eu sabia que não me abandonaria, não mais...

💭Erick.

Cheguei no morro da rocinha, guiada pelo GPS do celular e liguei para ele, com certeza ele estaria dormindo. Na verdade não tava bem no morro, mas na entrada dele. Depois que reencontrei Erick ele esteve sempre presente desde o início até quando eu tive o aborto, e esses últimos dias, ia me visitar três a quatro vezes por semana sempre se oferecendo para me dar alguma coisa se eu precisasse, desde um abraço a moradia.

Ligação On.

Erick Mano 💟👫: Alô. — Sua voz de sono o entrega. Ele estava dormindo com certeza.

Ana Clara 🖤: Irmão?

Erick Mano 💟👫: Aninha? O que houve? Ja viu a hora? Eu tenho meu sono da beleza também sabia? — Dei um pequeno sorriso.

Ana Clara 🖤:  Tô no teu morro, me diz onde é sua casa. E manda teus vapor liberar a entrada. — Falei rápido com a voz entrecortada com o choro querendo sair.

Erick Mano 💟👫: O que? Ta fazendo o que aqui? O que houve? Você ta bem? — Escutei o farfalhar dos lençóis, seguido de um barulho de chaves.

Ana Clara 🖤: Te explico assim que você me disser onde que é a porra da sua casa. — Minha cabeça não parava de doer e ele estava me estressando. Após minha entrada liberada fui subindo o morro com minha XR, por ser o patrão ele morava no topo disso tinha certeza.

Erick Mano 💟👫: Te mandei a localização por mensagem. 

Ligação OFF

Desliguei sem me despedir, parei a moto, olhei o celular e liguei a mulher chata do GPS para falar enquanto acelerava morro acima. Cheguei no pico do morro e ele estava na frente de sua casa a minha espera. Ele abriu o portão da garagem e eu entrei com a moto, em seguida saí e o abracei.

— Então Aninha o que te trás aqui? — Ele pôs o braço envolta do meu pescoço, beijou minha cabeça e fomos entrando em sua casa. Fiquei em silêncio todo o percurso até que sentamos no sofá.

—Tem tequila? - O encarei. Ele assentiu e foi até um pequeno bar que tinha ali na sala. Pegou a garrafa da tequila e dois copos e se juntou a mim no sofa. Virei um copo que desceu rasgando e enchi o próximo. Nós bailes que tinha no morro eu descobri minha afeição por tequila nos últimos dois meses.

— Então? Vai me falar ou quer que eu adivinhe? — Respirei fundo e comecei a contar-lhe tudo que tinha acontecido, inclusive minhas angustias, meus medos, até mesmo minhas raivas. Com intervalos de 5 em 5 minutos para tomar uma dose de tequila eu ja estava me sentindo meio tonta. Eu disse que gostava, não que era forte para ela.

—  Então foi isso. Preciso que me ajude irmão, eu to perdida como cego num tiroteio. — Seu olhar era de incredulidade, seu rosto começou a ficar vermelho.

💭 três, dois, um e...

— FILHO DA PUTA, VAGABUNDO, VIADO DO CARALHO, EU VOU MATAR ESSE DESGRAÇADO, PUTA QUE O PARIU. — Erick andava pela sala passando a mão no cabelo aperriado.

— Irmão, não quero que faça nada, quero apenas que me dê uma solução, não sei o que fazer. — Ele se acalma, toma duas doses de tequila seguidas, e se senta novamente a minha frente e entorna minhas mãos com as suas e diz as palavras chaves do meu tormento

— Quer ir pra Rússia?

《●●●》

*Continua...*

§¶ 20-09-2022 ¶§ (REVISADO)

Several Fucks Ana {~Concluída~}Onde histórias criam vida. Descubra agora