Prólogo 2/2

1.7K 140 80
                                    

Iríamos conhecer o tal Ruggero em uma festa da Fênix Model, pois eles haviam fechado um contrato maravilhoso – pelo que eu soube, lógico, e isso significava que a comemoração seria em grande estilo.

A agência havia alugado um badalado Clube do Rio de Janeiro e toda a imprensa estava presente, sem contar que todos os olhos estavam na nova garota que chegava, uma tal de Suzana, mas até onde sabíamos ela não fazia book rosa, por isso estava fora dos radares do fotógrafo galinha.

Graças a Deus. Menos uma concorrente.

Eu havia me vestido com a melhor roupa que tinha.

Na noite anterior, eu tinha ganhado uma boa quantia do velho nojento e isso me garantiu uma gorda bonificação e, automaticamente isso queria dizer que eu poderia investir ainda mais na minha imagem.

Por isso assim que saímos da sala de Safira, fui até um shopping e comprei um belíssimo vestido vermelho, com uma fenda reveladora que ia da minha coxa até os pés, revelando um lado sensual, mas ao mesmo tempo escondendo o resto, deixando a imaginação dos outros trabalharem.

Assim que cheguei tentei me enturmar com alguns convidados para distrair a mente e isso até foi bom, mas quanto mais os minutos passavam, mais ansiosa eu ficava.
Eu nunca havia ficado tão ansiosa por causa de um homem.

Heitor chegou logo em seguida e se juntou à mim.

─ Pronta para o trabalho da sua vida?

Tomei um gole do meu champanhe e sorri.

─ Estou nervosa. E se ele não me escolher? A Valentina e a Chiara estão lindas!

E elas realmente estavam lindas.

Era impossível não olhar e admirar a beleza de Valentina no belo vestido rosa de costas nuas que usava; ou ficar boquiaberta com o charme que era o vestido azul sereia que Chiara vestia.
Elas não passariam despercebidas mesmo.

Contudo, Heitor apenas deu de ombros e piscou um de seus olhos azuis pra mim.

─ Você é uma Deusa, Karol! Para de pensar besteira. Abstrai. – Então estalou os dedos na frente do meu rosto, fazendo-me dar um passo para trás.

─ Preciso retocar a maquiagem! – Falei, para fugir um pouco dele. ─ Já volto.

Sai dali o mais depressa que pude, tomei o resto meu champanhe e peguei outra taça cheia; cumprimentei algumas pessoas e até parei um pouco para falar com Safira que estava elegantérrima em um vestido branco bem justo, feito de um tecido caríssimo e delicado.

Depois de beber minha terceira – ou quarta – taça de champanhe, resolvi tomar um pouco de vinho e quando o garçom passou por mim, peguei outra taça e bebi um gole generoso.

Eu adorava vinho.

Adorava mais ainda por que me fazia ficar mais leve.

O DJ tocava uma música muito legal que me deixava com o corpo vibrando, era uma batida alucinante e eu tinha vontade de dançar.
Dançar parecia muito boa idéia.

Catei outra taça de champanhe e bebi em um gole só, depois deixei minha bolsa em uma das mesas e fui para a pista de dança.
Havia algumas pessoas dançando ali, todas acompanhadas, mas isso não me incomodava.

Eu gostava de dançar sozinha.

A melodia escorria pelas minhas veias, vibrava nas pontas dos meus dedos e meus quadris mexiam sensualmente, lentamente, seduzindo o vento, as luzes, todos e ninguém.
Eu só queria me sentir livre assim mais vezes.

VolúpiaOnde histórias criam vida. Descubra agora