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Um bom penúltimo capítulo pra vocês!

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─ Levanta, precisamos ir!

Abri os olhos após sentir meu corpo ser empurrado de um lado para o outro.

Eu estava no chão e, assim que consegui me situar, vi João soltando a corrente que estava presa ao pé da cama.
Ele parecia altamente nervoso e suas mãos se atrapalhavam com o cadeado e a chave.

─ Ir? Pra onde? – Indaguei, um pouco zonza.

Eu não conseguia lembrar direito, mas depois do tapa que ele me deu, a última coisa que me recordo é dele saindo do quarto e voltando momentos depois... Ele parecia alterado e reclamava da mãe, mas depois... Depois tudo que eu lembro é de dormir.

Minha cabeça doía à beça e minha visão estava turva.

Sono.

Muito sono.

João me levantou do chão e me fez ficar de pé, mas me segurava pela cintura.

─ Consegue andar sozinha?

Abri e fechei os olhos.

Não conseguia sequer raciocinar direito.

─ João... João, pra onde a gente vai?

─ Merda. Vem, vou te colocar no colo.

E, sem que eu percebesse, ele me ergueu e eu pairei no ar, suspensa por seus braços fortes. Minha cabeça estava caída para trás e eu via tudo de cabeça pra baixo.
O mundo ia e vinha. Saia e voltava de foco... Tudo muito abstrato.

Meu braço balançava pra lá e pra cá no ritmo das passadas dele.

─ Eu não quero ir. – Resmunguei.

Fechei os olhos.

Muito sono.

─ Shiiii! Apenas descanse, meu amor. Descanse.

Descansar não. Eu não queria descansar.

Eu não estava cansada.

─ Não.

─ Está tudo bem, Linda. Tudo bem.

Senti uma brisa gelada açoitar meu corpo e, ao longe, dava para ouvir folhas secas sendo amassadas.

Passos firmes.

Muito firmes.

Abri os olhos, mas minha pálpebra pesava horrores.

Escutei o barulho da porta se fechando. João resmungou algo e depois olhou pra mim.

─ Me solta.

VolúpiaOnde histórias criam vida. Descubra agora