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Eu não havia pensado direito, não havia sequer planejado fazer aquilo, mas só a idéia da ex-namorada dele nos olhando e achando que ainda podia magoá-lo, foi combustível suficiente para que meus instintos mais renegados tomassem a vez e, sem pensar muito, beije-o.

Beije-o com intensidade, com força, com tudo o que tinha e meu corpo estremecia cada vez que seus dedos apertavam minha cintura, me puxando, me trazendo para ainda mais perto de si, possuindo cada parte minha com seu cheiro e prazer.

Ruggero tinha uma boca deliciosa, macia e extremamente beijável.

Eu entrelacei minha língua na sua, suguei-a com ferocidade, deixando meu corpo arquejar de desejo.
Um beijo que eu nunca havia dado antes. Pelo menos não com toda aquela intensidade.

Meus dedos afundaram em seus cabelos, puxando-os com força, mas ele não reclamou; Ruggero mordeu meu lábio com cuidado, mas de forma sexy, sedutora... Deus, eu não iria resistir àquele homem.
A idéia de que não rolaria sexo entre nós parecia cada vez mais terrível e, sem que eu esperasse ou quisesse, o beijo cessou e foi só então que percebi que estava ofegante.

─ Então essa é a Karol? A namorada?

A pergunta veio trazida por uma voz carregada de veneno; olhei por cima do ombro de Ruggero e uma moça com traços muito parecidos com o dele se aproximava e, ao seu lado, uma mulher alta e de cabelos acastanhados caminhava enquanto me fitava com despeito.

Algo dentro de mim se agitou quando Ruggero girou nos calcanhares e os olhos dele esbarraram nos olhos dela. Da ex.

─ Flor, que saudades! – Meu cliente caminhou até a moça que devia ser sua prima, ele a havia mencionado durante a viagem, e a ergueu nos braços, depositando um beijo em sua bochecha. ─ Você deixou de ser nanica, hein!

Eu queria desviar os olhos da mulher que fitava Ruggero, mas era impossível.

Ela o olhava como se o despisse na imaginação, como se ele fosse dela e mais ninguém pudesse mudar isso.
Posse.
Ela o via como se fosse sua propriedade. Eu conhecia o tipo dela, na agência havia muitas meninas assim que achavam que tudo ali era delas, que eu era apenas uma intrometida, que elas tinham o mundo aos seus pés.

Mas elas sempre percebiam que eu não era do tipo que desistia. Ninguém pisava em mim.

Candelária. Esse era o nome da serpente.

─ Amor – Abracei Ruggero por trás e ele logo acariciou minhas mãos que abraçavam sua cintura. ─, estou ansiosa para conhecer tudo por aqui.

Eu podia notar o maxilar de Candelária ficar tenso.

Ponto pra mim.

─ Se quiser, eu posso te levar para andar a cavalo. – Flor falou para mim.

Abri um sorriso amigável e assenti.

─ Não sei cavalgar, mas se me ensinarem, eu aprendo rápido! – Garanti.

Ruggero me puxou para frente dele e foi sua vez de me abraçar por trás.

Minhas costas roçavam em seu peito e minha bunda estava encaixada na altura de sua intimidade, precisei respirar fundo para ignorar o calor que subia pelas minhas pernas e se propagava por meu corpo todo.

Karol, você nunca foi assim!

─ Eu te ensino, Anjo. – Ele falou perto do meu ouvido, fazendo meu corpo todo se arrepiar.

Olhei-o por cima do ombro e depositei um beijo casto em seus lábios.

─ Obrigada, meu mauricinho. – Lancei-lhe uma piscadela e ele riu.

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