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Eu não sabia mais o que fazer

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Eu não sabia mais o que fazer.

Já havíamos vasculhado toda a praia e as redondezas, mas nada da Karol e, muito menos, da Candelária. Se aquela maldita tinha pego a Karol, nós só estávamos perdendo tempo.

Eu estava tomando um pouco de café, pois minha avó insistia que eu precisava estar bem para continuar procurando, mas, mesmo que todos quisessem que eu dormisse e comesse, pra mim era quase impossível.
Nada fazia sentido sem ela.

Fui até a janela da cozinha que dava para a saída do sítio e fitei a lua cheia que cintilava no seu.

Lua cheia... Meu avô sempre dizia que na lua cheia os monstros mostravam sua verdadeira face. Era na lua cheia que víamos quem era quem.

Balela.

Bufei, fui até a mesa e coloquei minha xícara vazia lá.

Eu tinha que ir procurá-la. Ficar em casa era perder tempo.

─ RUGGERO! RUGGERO!

Sai correndo da cozinha e, quando cruzei a soleira da porta, vi Ricardo descendo as escadas às pressas; ele parecia em pânico e tinha um papel nas mãos.

Seus olhos estavam arregalados.

─ O que aconteceu?

─ O Alonso! O Alonso! Aquele teimoso foi atrás do João! Eu sabia, eu sabia que ele não ia me obedecer, mas ele me prometeu... – Ricardo caiu sentado no último degrau da escada. ─ Ele disse que não ia atrás dele, mas foi! Que porra!

Franzi o cenho sem entender absolutamente nada.

Me agachei na frente dele e peguei a folha que estava em suas mãos.

─ Se acalma, Ricardo. Me diz, por que o Alonso foi atrás do meu primo? Eu não estou entendendo...

─ O Alonso descobriu que o João está com a Karol!

João...

Balancei a cabeça voltando a ficar de pé.

─ Não...

─ O Alonso juntou as peças. Ele estava desconfiando fazia tempo, mas queria ter a certeza, por isso foi atrás dele... Foi e não voltou!

Cambaleei para trás e esbarrei numa poltrona.

Puta que pariu!

Aquele filho da puta!

─ Merda! – Guinchei. ─ Como eu fui cego! Ricardo, Ricardo olha pra mim. – Voltei a me agachar e o encarei nos olhos. Ricardo estava tremendo mais que eu. ─ O Alonso te contou algo? Ele sabia onde o João...

─ Ele ia seguir o João. Mas... Nada. Ele não disse. Não disse nada. Eu já tentei ligar milhões de vezes, mas ele não atende. Não atende!

Tentei controlar minha respiração descompassada.

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