Epílogo

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Ela estava linda.

Karol parecia um anjo flutuando na passarela e eu mal podia me conter. Meus olhos não saiam dos dela e, lá no fundo, todos nossos momentos juntos ainda permaneciam vivos e pulsantes; quando ela sorriu para o público e parou para ser fotografada, eu me vi em um sonho.

Um anjo.

Tão linda.

Tirei minha câmera da bolsa e ajeitei o foco para tirar mais uma foto dela, uma foto entre tantas outras que tirei no decorrer das semanas; fotos que ela nem sequer imaginava, mas que ela havia ficado linda.

Eu duvidava que ela pudesse sair feia em alguma foto.

Sorri.

Meu anjo.

O amor, eu entendi, é como uma chama que nunca se apaga, mesmo com o tempo, mesmo que tentem fazê-lo desaparecer, mesmo que ajam empecilhos... O amor é indestrutível e eu sempre serei fã do amor.

Afastei a câmera do meu rosto e ajeitei meu boné.

Ela sorriu novamente enquanto dava a volta para sair da passarela.

Eu podia passar a vida inteira olhando-a.

O resto do desfile foi apenas um borrão pra mim, pois meu coração ainda batia descompassado, esperando o momento em que ela voltaria para receber os aplausos junto com o estilista da marca.

O lugar estava cheio e, assim como eu, todos pareciam embasbacados com aquele momento.

No dia seguinte, Karol seria a mulher mais falada e desejada do mundo da moda.

Minha Karol.

Sorri de novo. Eu não conseguia parar de sorrir.

Quando o estilista apareceu nos fundos da passarela e estendeu a mão para que Karol viesse com ele, fiquei de pé, assim como as outras pessoas, e aplaudi até que as palmas das minhas mãos ficassem avermelhadas. Eu nunca me cansaria de aplaudi-la.

Peguei minha câmera rapidamente e apontei para ela.

Outra foto.

Um dia eu faria um mural com todas elas e mostraria para a Karol como eu era seu maior fã, mesmo que, até lá, ela já suspeitasse disso.

Quando os aplausos cessaram e a passarela teve suas luzes apagadas, me vi voltando a realidade, mas ainda estava extasiado pelo momento.

Seu primeiro desfile... Que bela recordação.

As luzes da platéia foram acesas e as pessoas comentavam sobre como a coleção era belíssima. Ninguém conseguia descosturar o sorriso do rosto.
Todos perceberam como ela era maravilhosa.

Peguei minha bolsa e coloquei a câmera dentro, encarei a passarela e depois voltei meu olhar para um pequeno palco que havia sido montado para que os convidados prestigiassem os vestidos e, quem sabe, escolhessem um ou dois... Eu levaria todos para Karol.

Me abrenhei pelo meio das pessoas ricas e metidas que iam em direção ao pequeno palco e precisei pedir licença algumas vezes.
Mesmo de longe, vi Luca – o estilista – e acenei pra ele.

Luca acenou de volta, me chamando, sorrindo. Ele estava radiante.

─ Você tinha razão, a garota é belíssima! Eu achei que você estava exagerando, sabe? Mas eu devia ter acreditado no seu palpite.

Ajeitei meu boné e sorri.

─ A Karol é belíssima, eu tinha te dito! – Respondi. – Eu sabia que ela seria perfeita pra sua coleção.

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