22

1.6K 136 43
                                    

Voltei para o apartamento com o coração apertado.

Eu nunca desejei magoar o João, jamais. João era um homem bom, amável, doce e gentil, mas eu não podia fingir que sentia algo por ele sem, de fato, sentir. Seria ainda mais indigno.

Fechei a porta atrás de mim e me escorei nela. Suspirei.

─ Você está bem?

Era Ruggero. Ele estava no sofá e me encarava com uma expressão que eu não sabia dizer se era de empatia ou tristeza.

Ele finalmente havia entendido que não era hora para brincadeiras.

─ O João foi pra Búzios. Acho que eu o magoei.

─ Sinto muito.

Assenti.

─ Não, você não sente. – Suspirei e caminhei até o sofá. Sentei ao lado dele e o encarei. ─ Você não vai pra Búzios mesmo?

Ruggero apoiou os cotovelos nas pernas e abaixou a cabeça.

─ Estou com muita dor de cabeça e não gosto de despedidas, Karol... Meu avô era tudo pra mim e perdê-lo assim... Eu não vou conseguir ser forte.

Eu o entendia, mas não era justo.

─ Rugge, eu vou com você.

Ele ergueu a cabeça, surpreso.

─ Você faria isso por mim? De verdade?

Assenti.

Eu faria.

Claro que eu faria. Era impossível negar o que eu sentia.

─ Eu vou sim. Eu só preciso falar com a Safira. Tenho alguns compromissos pra amanhã, vai ter um ensaio, mas eu desmarco.

─ Não, não quero que se prejudique e...

─ Relaxa, Ruggero. – Suspiro. ─ Eu dou um jeito. De qualquer forma, está tendo muito serviço ultimamente e isso é bom, sabe? Assim não preciso fazer o book.

─ Você parou?

─ É, parei. – Abri um sorriso fraco. ─ Tem coisas que não valem à pena.

Rugge pegou minha mão que estava em cima da minha perna e a acariciou de leve.

─ Eu tenho muito orgulho de você. Você é a mulher mais forte que já conheci.

Eu não queria admitir, mas aquelas palavras... Aquelas palavras abalaram todas as minhas estruturas.

─ Não quero amar você, Ruggero... – murmurei.

Amar alguém significava sofrer. E eu tinha muitos planos e nenhum deles incluía me apaixonar, muito menos por ele...

Ruggero sorriu.

─ Nem um pouquinho? – Falou com voz manhosa. ─ Que tal amar só um tiquinho assim? – Ele juntou o polegar e o dedo indicador deixando uma pequena fresta entre eles. ─ Só me deixa te conquistar e consertar as coisas...

Eu ri.

Balancei a cabeça negando enquanto subia em cima do colo dele, colocando uma perna de cada lado de seu corpo e colando minha boca na sua.
O beijo era recheado de saudade, dores, mas acima de tudo de paixão.

Sim. Eu era apaixonada por ele e era impossível negar, por mais que eu quisesse.

O beijo ficou ainda mais intenso e as mãos dele deslizavam pelas minhas coxas subindo e descendo, apertando... Meu quadril praticamente se movia sozinho, rebolando, sentindo a pressão de seu membro contra minha boceta faminta.

─ Que saudade... – Murmurei com a boca rente a dele.

Rugge sorriu roucamente e apertou a minha bunda com as duas mãos, me causando arrepios.

─ Nem me fale de saudades...

Ele agarrou meu cabelo, puxando minha cabeça para trás, mordiscando meu pescoço e em seguida descendo a boca e trilhando caminhos quentes na minha pele, deixando-me ainda mais atiçada.

Ruggero levantou minha blusa e encontrou meus seios e, sem esperar um segundo sequer, o abocanhou com vontade, chupando-os e mordendo o bico do peito, me fazendo gritar e me contorcer.

Eu continuava rebolando em seu pau e desejando loucamente tê-lo logo dentro de mim.

─ Rugge... – Gemi.

Parecendo ler minha mente, Ruggero me pressionou contra seu corpo, nos girando e me colocando deitada no sofá; minhas pernas estavam em volta de sua cintura nua e, quando suas mãos puxaram meu short, fazendo-o parar em algum lugar da sala, me empertiguei; ele afastou minha calcinha e se enterrou dentro de mim, de uma vez só, sem cerimônias, me deixando louca com gemidos escapando sem pudores.

Eu buscava onde me segurar para barrar meus impulsos de gritar, mas não encontrava nada que me desse segurança; enfiei as mãos nos meus próprios cabelos e os puxei, jogando a cabeça para trás, fechando os olhos e deixando que ele fizesse todo o trabalho, pois eu amava quando ele me fazia sentir a mulher mais desejada do mundo.

Ruggero entrava e saia de mim e seus gemidos entrecortados se misturavam com os meus, como se fosse uma melodia só nossa, algo que ninguém jamais poderia copiar e, se alguém ouvisse, jamais ousaria esquecer.

Ele se deitou sobre mim, beijando meu pescoço, apertando meu corpo e logo depois escondendo o rosto no vão entre meus seios, cheirando minha pele, me causando diversos arrepios.

Eu estava rouca e descabelada, mas pedia por mais e isso o fez ir mais e mais rápido.

Seu pau deslizava para dentro de mim com facilidade, se aproveitando do quão encharcada eu estava, deixando claro que logo me faria chegar ao ápice do prazer.

─ Puta que pariu... – Ele guinchou entre dentes e depois mordeu meu ombro com a pontinha dos dentes, distribuindo ainda mais arrepios.

Quando ele estocou pela última vez, indo bem fundo e se demorando, eu gozei como nunca havia gozado na vida.
Mergulhei as mãos em seus cabelos e trouxe sua boca para a minha e, quando seus lábios estremeceram rente aos meus, entendi que ele também havia gozado.

Ruggero não saiu de dentro de mim imediatamente, ao invés disso continuou fazendo movimentos lentos com o quadril, indo e vindo, rindo com a boca ainda na minha.

─ A gente não tem jeito. – Arfei.

Ele esfregou o nariz no meu.

─ Acho que esse é o nosso jeito.

Eu não queria concordar, mas também não havia como negar.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

* Espero que vocês não tenham problemas de coração * rsrsrsrsrs

Boa noite, nenês!

VolúpiaOnde histórias criam vida. Descubra agora