Capítulo 20

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P.O.V. João Vitor

(já podem dar o play, crianças)

Dois meses depois:

Eu estava fisicamente destruído, porém no dia mais feliz de minha vida. Após meses de trabalho, lançava o primeiro single de meu álbum de estreia, aquele sendo a favorita de meus amigos, Vou Morrer Sozinho. A reunião de comemoração na Head havia sido incrível, ainda mais contando com a resposta positiva dos fãs que tornavam-se milhares.

No elevador de meu prédio, conseguia apenas agradecer a Deus por tudo que aquilo significava e pelo momento perfeito de minha vida em que tudo havia chegado. Queria apenas chegar em meu apartamento e abraçar Pedro, co-compositor de praticamente todo o material que estava presente no disco, agradecendo-o também.

Girei a chave na fechadura da porta, animado como nunca, e para minha surpresa, Tofani se encontrava de pé em frente à porta, aparentemente me aguardado. Tinha uma expressão curiosa estampada em seu rosto.

João: - Baby, você nem imagina o que perdeu. A festa foi incrí-

Pedro: - Shiu. - disse, colocando o indicador em minha boca. - Preciso que você veja algumas coisinhas comigo.

Fiquei sem reação com a atitude do garoto, este que, por sua vez, me puxou pelo braço e me levou até seu quarto.

Pedro: - Tá vendo essa foto? - questionou e apontou para um porta-retrato antigo que estava localizado em sua escrivaninha. Nele estava uma foto nossa, antes de nos mudarmos para o apartamento, de um dia em que passei duas horas escondido embaixo da sua cama pra evitar que sua mãe me encontrasse, devido a seu ódio por mim. - Foi um dia perfeito. A gente jogou, conversou e você me ouviu chorar por várias coisas. Foi tão bom.

Ele deu um giro e apontou para meu violão, que estava em sua cama.

Pedro: - Tá vendo esse violão? Meu presente de aniversário pra você do ano passado. Quantas canções incríveis você já escreveu com ele?

Tentei segurar a risada ao ver que ele estava em meio a um monólogo, que era muito fofo, por sinal.

Pedro: - Aliás, tá vendo esse lençol bagunçado por baixo do violão? Fomos nós que bagunçamos ele, porque sabemos fazer direitinho.

Tofani me deu um beijo na bochecha, algo especial para nós.

Pedro: - Esse beijo na bochecha... é algo nosso. Ele está presente em cada dia lindo da nossa história desde que viramos o que somos hoje. Nossa filha, meu amor, já pensou no quanto ela melhorou desde que pegamos ela? Olha, eu queria te perguntar uma coisa.

Ele se ajoelhou em minha frente, com os olhos cheios de água, da mesma forma como os meus estavam.

Pedro: - Eu ainda não tenho alianças, mas... - disse, de voz trêmula, e depois pegou em minha mão e beijou-a. - Espero que isso sirva. Posso começar a te chamar de namorado, Joãozinho?

Minhas lágrimas de felicidade já pingavam no chão. Respirei fundo, me ajoelhei junto a ele e o abracei.

João: - Sim, baby. Eu quero ser seu namorado. Eu te amo.

Aquele era, sem dúvidas, nosso melhor abraço de todos. Nosso amor era, agora, oficial.

Pedro: - Eu te amo demais. Pra sempre.

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