CAPÍTULO 70

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SEM REVISÃO.

POV Kate.

Acredite que coisas boas estão para chegar à sua vida. Às vezes a dificuldade está em não sabermos esperar e querermos desesperadamente que tudo aconteça do jeito que idealizamos. Contudo, a paciência e a persistência sempre trazem frutos e nós devemos cultivar essas atitudes dia após dia.

Tudo tem o seu tempo, tudo acontece quando tem que acontecer. Viva o presente aproveitando os instantes bons que vão surgindo. Talvez esteja reservado para você um amanhã pleno de felicidade.

São essa palavras que fico repetindo dessa hora que Elliot me tirou daquele inferno, não derramei uma única lágrima até agora mas também não consigo dizer uma única palavra .

Nem percebo quando estamos no apartamento com o médico a minha frente fazendo perguntas mas eu não, consigo dizer nada só balanço a cabeça.  Não consigo nem perguntar por Ana, mas creio que a mesma esteja bem , pelo menos é o que eu espero .

Me levanto do sofa e dou alguns passo mas logo paro e fico assim por algun tem .Logo Elliot está a minha frente.

Encaro-o por alguns segundos e sinto sua mão alisar a minha barriga. Ele se inclina, beija minha barriga.

— Vai descansar, conversamos amanhã... — diz baixo ao se aproximar de mim e me surpreender com um longo beija na testa.

Dou meia volta e subo para o meu quarto. Fecho a porta e sinto meu corpo .Após alguns minutos me controlando em, uma sessão de choro e soluços, eu me levanto e vou tomar um banho para descansar. Olho no espelho e Vejo o estrago que foi feito ao meu rosto mas não me importo com isso , o importante e que minhas filhas estão bem. Depois de um longo deixo do chuveiro saiu e coloco uma camisa de Elliot e me deito.

O sono vem rápido e eu logo adormeço em um sono tranquilo, até que uma pontada forte na barriga me desperta e eu tento mudar de posição. Porém, mal consigo me mexer sem perder o fôlego de tanta dor.

Gemo ao sentir mais uma pontada e me encolho ao invés de tentar me sentar. Inspiro com força e grito em pânico.

— Não me deixa, por favor! — peço aos prantos.

E antes que eu chame por Elliot , a porta do meu quarto é aberta e ele aparece já acendendo a luz. Não sei se estava mais assustada apenas com as dores ou depois que vi a mancha de sangue nos lençóis que vinham de mim. Elliot tira seu roupão preto e me enrola nele antes de me pegar no colo e sair apressado do quarto. Abraço-o e choro em seu ombro.

— Inspira profundo e expira devagar. —diz no meu ouvido.

Fecho os olhos fazendo o que ele pede e o escuto ordenar alguma coisa enquanto desce as escadas. Elliot para de andar quando eu aperto os meus dedos no tecido de sua camisa e me encolhi em seus braços ao sentir mais uma pontada.

— Eu não quero perder a nossas filhas.— digo entrando no carro .

— Você não vai, eu prometo — diz determinado

Apesar do seu semblante preocupado, eu tento me agarrar as suas palavras. A cidade se transforma em uma grande imagem turva a medida que o carro corre pelas ruas de Searle , sem coragem de me mexer, eu permaneço quieta e abraçada a Elliot  durante todo o caminho para o hospital, apenas rezando para não perder meus bebês. Minha cabeça dói sob o peito musculoso de Elliot , meus olhos pesam e em algum momento entre estar no carro e chegar ao hospital, eu adormeço.

Confusa por está tão grogue e sentindo minha barriga dolorida, abro os olhos e, de repente, todas as últimas horas da noite voltam com força total e eu me desespero. Tento mexer minha mão, mas ela está presa a mão de Elliot, que se encontrava com a cabeça abaixada na ponta da cama ,mas logo levanta a cabeça e vejo seus olhos inchados, como se tivesse chorado.

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