Cap 4

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Menos grogue abro as pálpebras pesadas, o clarão me faz fechar os olhos novamente, os abro agora devagar, acostumando com a claridade. Vejo o quarto branco e sinto um cheiro de instrumentos cirúrgicos. 

Me mexo devagar à procura do inimigo, minha mente se recorda dos último acontecimento, então sento rápido tirando a agulha do meu pulso, piso no chão e a dor me atinge me tonteando, aperto o lençol da cama muito parecido com a roupa branca que visto. "Merda Will, me deixou mal dessa vez seu cretino sem escrúpulos!" Dou um passo de cada vez até a porta, abro-a estranhando uma recepção branca e Shayla sentada ao lado da recepção. "Que merda é essa!?" Sinto a porta a ser forçada e alguém entrando sorridente falando sobre Veneza, o homem caucasiano alto olha para cama e se cala, vejo a seringa na sua mão e dou um bote para cima dele, imobilizado o infeliz com uma chave de braço que no processo pego a seringa. 

A mulher que entrou com ele me olha apavorada quando ameaço de enfiar a agulha no pescoço desse embuste. 

_ La...ra! 

Ele reclama assim como eu em silêncio por essa dor na bunda infernal. 

_ Calado, quem é você, ahm? 

_ So...u medicu... 

A mulher tenta sair mas eu ordeno que ela fique ou se não injeto essa porcaria no pescoço dele. 

_ Mentira! Quem te mandou? Alexandre? 

Infernos, poderia ter previsto que aquele promotor de merda iria aprontar, tudo que ele quer é me ver no chão. 

_ Diga! 

Encosto a seringa na sua pele e ele se retorce, não sei se é pela dor de ser estrangulado, ou por medo da droga. 

_  Vou contar de um até três e não estou brincando! 

Aperto mais o pescoço dele e o mesmo vai de joelhos ao chão, a mulher ameaça a sair porém para quando percebe pelo meu tom mordaz que não brinco quando digo matar esse verme.

_ Um! 

Ele se debate. 

_ Dois! 

Começo a enfiar a seringa lentamente. 

_ Tre... 

_ Tá grávida! 

A força do meu corpo junto da adrenalina me abandona, minha única arma de defesa vai ao chão e eu fico perdida, tonta, sem rumo. O solto sentando no chão aérea de tudo, mesmo com os olhos vidrados no homem caído me perco da realidade. "Isso é um castigo? Han?" Questiono comigo mesma. "Já não basta a desgraça que passei na minha vida agora isso?" Pisco lágrimas. 

_ Doutor, você está bem? 

Fecho meus olhos escutando zumbidos. 

_ Quase morto! 

Alguém toca meu braço e por mais que eu queira me defender permaneço imóvel, impossibilitada até de respirar. 

_ Vem cá! 

Abro os olhos pela curiosidade dessa voz. 

_ Max? 

Confusa observo ele me levar na direção da cama, o nariz inchado, mas ele mantém um brilho doce no olhar e o pequeno sorriso na boca. 

_ Sua fada madrinha! 

Me coloca de volta na cama, vejo o doutor se levantar tonto, me olha raivoso ao passar a mão no pescoço avermelhado. 

_ Desculpa. 

Digo em um sussurro extremamente envergonhada. 

_ Infernos de mulher diabólica! 

Meu corpo minhas regrasOnde histórias criam vida. Descubra agora