Menos grogue abro as pálpebras pesadas, o clarão me faz fechar os olhos novamente, os abro agora devagar, acostumando com a claridade. Vejo o quarto branco e sinto um cheiro de instrumentos cirúrgicos.
Me mexo devagar à procura do inimigo, minha mente se recorda dos último acontecimento, então sento rápido tirando a agulha do meu pulso, piso no chão e a dor me atinge me tonteando, aperto o lençol da cama muito parecido com a roupa branca que visto. "Merda Will, me deixou mal dessa vez seu cretino sem escrúpulos!" Dou um passo de cada vez até a porta, abro-a estranhando uma recepção branca e Shayla sentada ao lado da recepção. "Que merda é essa!?" Sinto a porta a ser forçada e alguém entrando sorridente falando sobre Veneza, o homem caucasiano alto olha para cama e se cala, vejo a seringa na sua mão e dou um bote para cima dele, imobilizado o infeliz com uma chave de braço que no processo pego a seringa.
A mulher que entrou com ele me olha apavorada quando ameaço de enfiar a agulha no pescoço desse embuste.
_ La...ra!
Ele reclama assim como eu em silêncio por essa dor na bunda infernal.
_ Calado, quem é você, ahm?
_ So...u medicu...
A mulher tenta sair mas eu ordeno que ela fique ou se não injeto essa porcaria no pescoço dele.
_ Mentira! Quem te mandou? Alexandre?
Infernos, poderia ter previsto que aquele promotor de merda iria aprontar, tudo que ele quer é me ver no chão.
_ Diga!
Encosto a seringa na sua pele e ele se retorce, não sei se é pela dor de ser estrangulado, ou por medo da droga.
_ Vou contar de um até três e não estou brincando!
Aperto mais o pescoço dele e o mesmo vai de joelhos ao chão, a mulher ameaça a sair porém para quando percebe pelo meu tom mordaz que não brinco quando digo matar esse verme.
_ Um!
Ele se debate.
_ Dois!
Começo a enfiar a seringa lentamente.
_ Tre...
_ Tá grávida!
A força do meu corpo junto da adrenalina me abandona, minha única arma de defesa vai ao chão e eu fico perdida, tonta, sem rumo. O solto sentando no chão aérea de tudo, mesmo com os olhos vidrados no homem caído me perco da realidade. "Isso é um castigo? Han?" Questiono comigo mesma. "Já não basta a desgraça que passei na minha vida agora isso?" Pisco lágrimas.
_ Doutor, você está bem?
Fecho meus olhos escutando zumbidos.
_ Quase morto!
Alguém toca meu braço e por mais que eu queira me defender permaneço imóvel, impossibilitada até de respirar.
_ Vem cá!
Abro os olhos pela curiosidade dessa voz.
_ Max?
Confusa observo ele me levar na direção da cama, o nariz inchado, mas ele mantém um brilho doce no olhar e o pequeno sorriso na boca.
_ Sua fada madrinha!
Me coloca de volta na cama, vejo o doutor se levantar tonto, me olha raivoso ao passar a mão no pescoço avermelhado.
_ Desculpa.
Digo em um sussurro extremamente envergonhada.
_ Infernos de mulher diabólica!
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Meu corpo minhas regras
RomanceDuas histórias distintas, duas vidas diferentes, uma delegada do rio de janeiro e um playboy revoltado, o mesmo trauma: a falta de amor dos tutores, o abandono. Ambos se apegaram na mesma pessoa: Will um renomado empresário fez seu patrimônio pela...