Cap 36

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Empurro de leve a porta entreaberta, ele não me nota por está bem concentrado no livro que ler sentado no sofá de canto do seu escritório bonito, observo alguns pequenos quadros espalhados por todo ele, quadros com rabisco de lápis de cor, o lugar não ostenta móveis caros no entanto é tão aconchegante. 

_ Olá. 

Falo baixinho ganhando sua atenção, ele ergue os olhos me fitando, ele está de óculos, tão charmoso e bonito, sorri de lado apalpando uma parte do sofá vermelho de couro, vou até ele sentando ao seu lado.  

_ Sem sono? 

Deito no seu ombro, ele larga o livro de lado para me abraçar. 

_ Um pouco. 

Procuro contato com sua boca que não é negada, beijo gentil seus lábios, raspo meu queixo na sua barba que me causa um calafrio inexplicável, aquela pequena dorzinha na barriga que vai crescendo e descendo pernas abaixo.

_ Gosto de você assim…

Sussurra rouco tocando meu rosto com a mão inteira, os dedos acariciando lugares que me estremece. 

_ Espontânea. 

Ele elogia no intervalo dos nossos beijos dados na face do outro. 

_ Eu também gosto. 

Trocamos toques na maioria do tempo no rosto do outro, entendo que ele precisa que eu der o próximo passo, ele está me dando a escolha e isso me confundi um pouco. 

_ Você…

Afasto do beijo tomando coragem, minha mente está embaraçada demais para eu ter algum raciocínio lógico. 

_ Você não gosta de me tocar? 

Ele pisca confuso alisando meu rosto com as costas dos dedos. 

_ Não assim.

Pego sua mão depositando na minha cintura. 

_ Assim. 

Explico apertando seus dedos ao meu redor. 

_ Não quando isso te aflige. 

_ Eu estou confusa. 

Ele tira a mão da minha cintura devolvendo o toque no meu rosto. 

_ Não sei ainda viver no controle, você me dar o livre arbítrio e eu não sei como usa-lo. 

Em silêncio apenas me abraça depositando meu rosto no seu peitoral, alisa meu pescoço sem maldade, meus cabelos, meus olhos se fecham mas não me entrego ao sono que vem forte, quero ouvi dele algo. 

_ Você vai precisar aprender, Lara. 

Diz depois de alguns minutos silencioso. 

_ Não vou mandar ou persuadi-la aos meus caprichos, isso é cruel, quero cuidar de você e quando estiver pronta. 

Ele para, suspira levemente, posso sentir pelo modo que respira o sorriso se abrindo no canto dos lábios. 

_ Bom, eu estarei.   

Corajosa ergo os olhos com luxúria, toco seu rosto aproximando o meu, com a outra mão apoio entre seus peitos para então beija-lo, ele aceita e me beija de volta, busco sua mão a deixando na minha cintura. Ele não foge do toque e eu agradeço por isso, não sei onde ia tirar coragem para busca um contato outra vez, sento na sua coxa e não dou espaço para o fôlego tamanha é minha necessidade por esse homem. 

_ Você…

Ressoa sôfrego, afasto um pouco para ele falar, a boca fica me atiçando a beija-lo outra vez, mas me mantenho firme olhando os olhos verdes intensos. 

Meu corpo minhas regrasOnde histórias criam vida. Descubra agora