Cap 11

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Inundada de coragem dou alguns passos em diante, atenta a qualquer som, encosto em uma parede velha agachando ao ouvir uma conversa distante, inclino a cabeça para ver quem é e tenho pouca visão da distância que estou. 

_ Tamo em cinto véi, revira esse lugar de cabeça para baixo, se espalhem!

A voz mais autoritária me deixa ligada que quem está dando as ordens é o mesmo que executou o outro homem na minha frente. Recuo dando a volta no muro ao escutar passos, a sombra escura no chão anda lentamente na minha direção no entanto fico tranquila por saber que ele não tem conhecimento de mim só está andando aleatório, na minha frente tem outro homem de costas para mim, não me viu, mesmo que atirar nele seria tão fácil não posso fazer isso, um pequeno barulho de tiro menor que fosse seria meu fim. 

_ Vou dar a volta pela frente Leco! 

O homem atrás do muro diz se distanciando e o outro vira lentamente para responder. 

_ Belez... 

Ele me ver e para levando a mão até o cós da calça tirando a arma, vejo tudo em câmera lenta, a arma levanta um pouco e antes que ele tenha altura suficiente para atirar dou um chute na sua mão fazendo a arma voar, segundos preciso dou um único soco no seu pomo de Adão, ele ofega bruscamente apertando o pescoço agoniado por ar ao tontear para trás. 

_ Está tudo bem Leco? 

O outro volta quando a arma cai no chão fazendo um barulho diferente, não dou tempo dele sequer pensar em apontar a arma para mim, dou um chute forte na sua barriga fazendo ele cair longe, aponto minha arma em punho na sua direção depois de ter dado uma rápida olhada para trás só para garantir que o soco certeiro derrubou o outro. 

_ Joga a arma! 

Murmuro autoritária e ele obedece chutando a arma para o meu lado para logo levantar as mãos rendido. Abaixo pegando a pistola, coloco no cós da calça enquanto minha outra mão fica erguida apontando a arma para o sujeito. 

_ Não vai sair daqui viva... 

Me afronta sorrindo vitorioso. 

_ Até apostaria com você que vou, mas não costumo fazer aposta com quem vai virar cadáver! 

Tento levá-lo na conversa enquanto planejo como vou amarrar esse troglodita sem tomar uns murros na cara, porque ele não vai se entregar facilmente, e mesmo que esboça uma redenção que eu sei que é fachada na primeira oportunidade vai se voltar contra mim. 

_ Lara! 

Max me chama em um sussurro e no meu segundo de distração o homem grita em plenos pulmões. 

_ OS CANA! 

No minuto seguinte tiros na minha direção graça o grito estridente do miserável a qual eu tive piedade.  

Merda! 

Pulo esquivando das balas na parede baixa do muro, olho Max na outra ponta e a vontade de atirar nele me corrói, a sorte que segura uma criança, só por isso. 

Gesticulo para o infeliz esconder, olho de greta e o tiro passa ao meu lado resvalando a parede do lado de fora, pego a pistola atirando sem visão nenhum dos caras. Quando escuto o barulho da AK47 corro agachada para dentro da casa visivelmente vazia. 

_ Merda, vou matar o Max! 

São quatro contra uma, eles tem uma AK47 meu deus, uma AK47 é sacanagem! Tantas armas de porte menor que os miseráveis poderiam ter, e um tem uma AK47! Infernos, to na merda. 

Respiro fundo e decido ser rápida, estou em um lugar cheio de crianças, não posso colocar a vida de ninguém em risco. 

Olho ao redor, os tiros cessaram, presumo que eles estão me cercando, tantos corredores e eu não sei onde estou, no entanto tenho meus truques. Ando até a mesinha ajeitadinha no centro de tudo, pego a jarra de vidro e de espreita aproximo da única janela, não vejo ninguém, deixo a arma em punho e jogo a jarra, os tiros aparecem de todos os lado, mas eu busco um ponto específico e atirou sem piedade duas vezes acertando em cheio um, o outro corre na direção do baleado atirando para todos os lado sem me ver e é seu fim, dou um tiro certeiro na sua cabeça, ele cair abatido em cima do corpo do amigo. 

Meu corpo minhas regrasOnde histórias criam vida. Descubra agora