Sexto sentido é uma coisa curiosa, ele é uma intuição certeira que quando você não segue se ferra, eu estava diante de uma senhora de idade que expressava com tanta sinceridade na fala que duvidei se já contou alguma mentira na vida.
Carmen tinha a mesma presença de voz e desespero quando falou comigo no hospital, porém eu estava tão machucada que a afastei da minha vida, no fundo titulei ela como alguém desalmada, me fiz acreditar um certo tempo, no entanto Max me obrigou a tirar a prova dos nove, e eu estava lendo meu registro onde ela dar total legalidade da minha guarda a esse orfanato, no mais aquele pontinho vermelho de alerta piscava no meu cérebro, nem tudo é o que os olhos veem, provas são fundamentais. Eu era inteligente demais para não cair naquela armadilha, não era meu emocional que estava em jogo e sim a boa investigadora que eu eram
Peguei meu celular na mão entrando na conversa do WhatsApp, apenas a janelinha da conversa do Max me importava, abrir recebendo a foto, assim que carregou virei o visor, mostrando a senhora a mulher de cabelos castanhos que agora é uma loira horrorosa.
Ela ajeitou os óculos redondo de tampão de garrafa olhando com atenção, meu desespero era eminente pois minha mão tremia dificultando sua leitura.
_ Sim, a própria!
O alívio me tomou e a ira fulminou dentro de mim.
_ Obrigada!
Ela sorriu alisando minha face com ternura.
_ Não tem de que menina Lara, se cuida!
No seu momento de distração guardando outras pasta roubei algumas folhas, coloquei no bebê conforto e agir naturalmente quando ela me guiou até a porta da saída. Antes de voltar a estrada dei o remédio para minha bebê e um pouco de mamar, ela estava preguiçosa e não quis sugar muito, deitei seu corpinho o mais confortável possível no bebê conforto voltando outra vez para a estrada.
_ Max, sua mãe enviou esse dinheiro para esse orfanato, pois queria deixar em segredo um crime!
Mandei o áudio desligando meu celular logo em seguida, precisava me manter focada para matutar uma forma de pegar aquela lacraia e esgana-la até perder o oxigênio.
Outra vez quando tomo uma certa distância do orfanato percebo o mesmo carro vermelho atrás de mim, em uma velocidade moderada ele me segue discreto, sem tirar os olhos dele pelo retrovisor levo minha mão ao porta luva certificando que minha arma se encontra.
Achando minha automática a puxo junto de outros papéis que caem no banco do passageiro, rapidamente passo a mão na algema também.
Permaneço no meu caminho sem desviar, no primeiro posto estacionei pegando o bebê conforto, entro no mercadinho mostrando o distintivo pro vendedor, ele concorda calado entendendo não muito, deixo o bebê conforto vazio em cima da bancada virado para o lado de dentro, pego firme Ana prendendo ela contra meu peito, fico atrás de uma prateleira vendo o Fox vermelho parar e um homem de jaqueta vermelha sair observando meu carro curioso, ele entra na vendinha indo até a bancada, certeiro come a isca ao ir direto no bebê conforto com ânsia, levanto minha arma em punho.
_ Sou uma delegada!
Ele paralisa.
_ Se mexer um músculo estouro sua cabeça e não troco de roupa!
Entendido leva a mão até a cabeça rendido, tomo uma distância segura dele para evitar um ataque surpresa, chamo o homem atrás do caixa entregando a algema.
_ Tranquilo, se ele tentar alguma coisa atiro.
Medroso vai até o grandão algemando o braço dele para trás.
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Meu corpo minhas regras
RomanceDuas histórias distintas, duas vidas diferentes, uma delegada do rio de janeiro e um playboy revoltado, o mesmo trauma: a falta de amor dos tutores, o abandono. Ambos se apegaram na mesma pessoa: Will um renomado empresário fez seu patrimônio pela...