Cap 20

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A cadela gemia e ele afundava nela bombardeando com prazer, dois safados, o pior não era ver isso agora, era pensar que começou há muito tempo, Will era um crápula e ver ele com outra me enjoou em todos os sentidos, se lá no fundo eu pensava em dar uma chance ela acabou de evaporar. 

_ Grita minha cadelinha, grita que eu sou seu macho sua cachorra! 

Ela obedecia com prazer, agarrada mais a mesa de vidro ela repetiu com gosto as humilhações, vendo por esse lado tomei mais uma lição, a verdade é que doamos aquilo que temos, e ver a vagabunda gritar com gosto o que ele mandava só me deixava mais ciente que eu nunca fui o que Will mereceu. 

Ele merece lixo, vagabundas, piranhas, prostitutas, não uma mulher extraordinária como eu, foda pra caramba, a dona da porra toda, não era essa dádiva que ele merecia, e vendo essa cena que tirou lágrimas dos meus olhos eu acordei para a vida, não era esse o futuro que eu queria para o meu bebê, um pai mal caráter e traidor, ordinário, um diabo em forma de pessoa, um animal fodido da cabeça... 

_ Merda! 

Na troca de posição ele me viu, quando ia se encaixar nela dessa vez pela frente paralisou os olhos em mim, ainda segurava o pênis na entrada da mocreia quando me viu. 

_ Calma…

Ele pediu rendido mas não tinha precisão, uma pessoa mais calma do que eu com certeza estava em coma dentro de um CTI, não estava alterada nem nada, apenas chocada com tudo. 

_ Eu posso explicar! 

Não testei falar, não era a imagem de uma mulher fraca que Will veria pela última vez. 

_ Willian…

A outra experimentou falar enquanto cobria a nudez com as mãos, Will mandou em alto e bom som ela calar a boca, que burra eu fui, ele era um ser desprezível, tratava qualquer um como um lixo. 

_ Amor! 

Rápido levantou a calça guardando o pinto que não obedeceu deixando uma barraca no meio das suas pernas, eu queria vomitar, como queria. 

_ Vamos conversar! 

_ Não temos nada para conversar! 

Bradei apertando os dentes com fúria, agora eu queria estrangular ele. 

_ Não estou grávida. 

Mentir mais para proteger meu fruto, minha princesinha não merecia isso. 

_ Perdi o bebê há uma semana, a gente acabou aqui! 

Escondi a fotinha da minha bebê com a mão no meu ventre com tanta força que tive medo de machucá-la. 

_ Não…

Exclamou pesaroso mas eu entendia que era teatro, sem mais nada para fazer me virei e caminhei ligeira até o elevador, o filho da mãe não estava no andar, o chamei com pressa, precisava vomitar. 

_ Ei! 

Me tocou e o asco me atingiu fortemente, me virei para bradar por uma distância e quando abrir a boca o jato me surpreendeu, vomitei na sua cara, uma enxurrada de vômito nojento sujou seu rosto, o peitoral nu e as bandas da camisa, não parei até jogar tudo do meu estômago para fora

_ Ahh, merda! 

Resmungou nada satisfeito, o elevador chegou e eu me mandei, o deixei ali, meu antigo coração também, o devoto e cheio de amores pelo Will ficou no oitavo andar, nunca mais ia retroceder aos caprichos daquele homem, ou o aceitaria outra vez na minha vida, foi difícil, como foi difícil enxergar, dói ver, muito! Fico inconsolável, sei como dói. Mas quando passar a dor vou me erguer e encontrar forças na simplicidade, dentro de mim mesma, a fonte para minha felicidade era eu mesma e precisei apanhar como um cão de rua para entender isso. Agora que sei ninguém mais vai invadir meu coração e ditar as regras da minha vida. 

Meu corpo minhas regrasOnde histórias criam vida. Descubra agora