Epílogo

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Minha pequena estava cada vez mais esperta, falastrona que só ela, minha mãe cuida dela com tanto zelo que as vezes chegava mais cedo do serviço apenas para espiar as duas na correria do dia. Ana se parecia tanto comigo, o gênero forte e por ser tão mandona as vezes, tinha lembranças mínimas do Will, como por exemplo: A cor um pouco mais clara, o formato das mãos, a cor do olho agora castanho. O mínimo, e ela era perfeita desse jeitinho. 

_ Mamãe. 

Não foi eu quem ela chamou de forma alegre, foi minha mãe que a pegou nos braços e a girou submersa ao chão, às gargalhadas se elevava na medida que a brincadeira se intensificava em apertos e beijos, eu não me importava dela chamar minha mãe de mamãe, quando presenciei pela primeira vez soube naquele momento que Carmen estava tendo sua segunda chance. 

_ Pisiu! 

Tomei um surto mas não alarmei minha presença do outro lado da porta do quarto da Ana onde eu via minha mãe e ela brincando no tapete de brinquedos, me virei encontrando um sorriso, não qualquer sorriso, um enorme sorriso, um lindo sorriso. 

_ Desculpa por te assustar... 

Ele sussurrou o mais baixo possível imaginando que eu espiava travessa. Neguei seu pedido de desculpa tocando seu rosto de pelos grandes da barba por não fazer, ele vivia na correria do dia e mal tinha tempo para ele. 

_ Não me assustou! 

Lhe dei um beijo de saudade, ele igualmente beijou meu sorriso transparente por meus lábios travessos. Não o vejo tem dois dias pois fez plantões no hospital, mas mesmo com a saudade não é como se eu tivesse morrido, ele é diferente de tudo e todos, sua ausência mal pode ser sentida, ele está em todos os lugares, nas flores no serviço, um bolo confeitado que ele encomenda e manda me entregar, nas inúmeras mensagens do celular, ele nunca me dar sua ausência, sempre está lembrando de mim e demonstrando que se importa. 

_ Estou morrendo de saudade. 

Murmura abraçando minha cintura, aproveito que nossos corpos estão colados para esfregar meus dedos apetitosos por suas costas, cabelos e a barba. 

_ Eu também. 

Interrompe o beijo tão lentamente que consigo ver meus lábios se desgrudando dos dele em câmera lenta, ele me olha faminto, aquele olhar proibido de saudade, quando os dedos se apoderam do meu queixo presumo o que ele vai fazer, e sem perder tempo ele cair de boca aberta na minha clavícula, a respiração profunda no meu cangote me faz tremer na hora, jogo minha boca contra o seu rosto e solto um gemido abafado. 

_ Aproveita... 

A boca raspa meu rosto até chegar na minha orelha, puts, agarro mais ele já revirando os olhos de tanto desejo. 

_ Que nossa presença não foi notada. 

Me arrasta para o nosso quarto devagazinho tirando minhas roupas pelo caminho, nada deixa para trás, pendura tudo nos seus braços. Ao passar pela porta ele a fecha com os pés, ligeiro tira seus sapatos sem desgrudar nossos lábios famintos, apenas faltando a calcinha para eu ficar toda nua afasto quando ele vai tirar sua camisa me livrando da calcinha, deixo ela no chão dando um impulso na sua direção, volto a beijá-lo rápido e duro. 

Sem falar nada andamos para o banheiro grudados na boca um do outro como se fosse nossa salvação, desato a fivela do cinto jogando o mesmo no chão, o livro do botão da calça me afastando apenas um pouco para conseguir puxar ela para baixo, meu kinder ovo me faz morder a ponta dos lábios, imensamente apetitoso fica curvado para o lado esquerdo todo suculento, desço tarada sendo puxada com carinho enquanto meus joelhos tocam o chão e minha mão o captura, estranho não entendendo porque ele me puxou até sentir sua boca novamente na minha, desvairado. 

Meu corpo minhas regrasOnde histórias criam vida. Descubra agora