Cap 22

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_ Max! 

Alarmei antes que a peça o cobrisse, segurei a blusa ainda na sua mão. 

_ Deixa eu ver um coisa! 

Rodeie seu corpo procurando a mancha do lado esquerdo, me curvei na altura da suas costelas. 

_ Não se mexa! 

Devagar espanei o lugar com a ponta dos dedos, tirando a areia molhada do caminho, ele olhou para trás não entendendo o que eu fazia. 

_ O que está fazendo? 

Analisei o local, na pele dele tinha o mapa da Itália, a marca da bota também o pertencia, dedilhei ela intrigada. 

_ Você tem uma marca como a minha. 

Murmurei hipnotizada. 

_ Tenho é? 

Tentou ver. 

_ Sim! 

_ Cadê a sua? 

Me endireitei, virei um pouco levantando a barra da minha saia, ele desceu analisando. 

_ A sua é mais fechadinha no bico da bota. 

Explicou se levantando. 

_ Isso é estranho.

Coço a cabeça intrigada. 

_ Quase toda a população tem marca de nascença, existem várias pessoas com a bota da Itália marcada no corpo, raro é a gente se conhecer! 

Ele colocou a blusa estendendo a mão me convidando a ir, fiz que sim pegando minha bolsa e sandálias, agarrei seu braço caminhando tranquila pela orla enquanto a brisa fazia meus cabelos voarem, sorrir momentaneamente feliz, foi aí que virei meu rosto descontraída, o sorriso se foi quando vi o carro do Will, poucos tinha desse carro no rio, e a menção dele está perto me atormentava. 

O vidro estava abaixado e eu pude ver seu rosto, ele também me notou porque freou no mesmo instante, fiquei apavorada, antes dele descer do carro puxei a jaqueta preta das mãos de Max me vestindo apressada. 

_ O que te deu sua louca? 

Max perguntou distraído, rindo da situação sem entender o que acontecia, ele não viu Will descer do carro e caminhar a passos largos na nossa direção. 

_ Seu pé de pano desgraçado! 

Will gritou enfurecido, Max parou o olhar em diante, quando Will estava perto de nós que vir uma barra de ferro na sua mão. 

_ Will não! 

Dessa vez eu não podia entrar na frente, só tive tempo de pensar no meu filho e quando Will veio cheio de fúria apenas desviei, a barra foi certeira no rosto do Max, mas antes que pudesse chegar ele colocou o braço na frente, outra vez Will tentou acerta-lo Max mais rápido deu uma banda certeira o jogando no chão do calçadão, pegou a barra de ferro com determinação, seu olhos escurecidos encara Will caído totalmente indefeso. 

Eu sabia que Max ia rachar a cabeça dele sem pensar duas vezes, e mesmo que o folgado merecesse eu não poderia deixar, entrei na frente dele pedindo piedade entre lágrimas. 

_ Por favor Max, não…

Solucei, ele abaixou a barra cansado, me olhou incrédulo sorrindo sem emoção alguma, aquilo simplesmente fez meu corpo retorcer. Will se levantou rindo bobo, e me abraçou, Max tinha mágoas nos olhos ao me ver abraçada com o cara que desgraçou minha vida. 

_ Max... 

Ele saiu correndo, a mágoa me invadiu, encarei a cara que me dava nojo, o sorriso igualmente, o perfume me dava ânsia de vômito, tudo nele me causava um asco grotesco no estômago. 

Meu corpo minhas regrasOnde histórias criam vida. Descubra agora