_ Max!
Alarmei antes que a peça o cobrisse, segurei a blusa ainda na sua mão.
_ Deixa eu ver um coisa!
Rodeie seu corpo procurando a mancha do lado esquerdo, me curvei na altura da suas costelas.
_ Não se mexa!
Devagar espanei o lugar com a ponta dos dedos, tirando a areia molhada do caminho, ele olhou para trás não entendendo o que eu fazia.
_ O que está fazendo?
Analisei o local, na pele dele tinha o mapa da Itália, a marca da bota também o pertencia, dedilhei ela intrigada.
_ Você tem uma marca como a minha.
Murmurei hipnotizada.
_ Tenho é?
Tentou ver.
_ Sim!
_ Cadê a sua?
Me endireitei, virei um pouco levantando a barra da minha saia, ele desceu analisando.
_ A sua é mais fechadinha no bico da bota.
Explicou se levantando.
_ Isso é estranho.
Coço a cabeça intrigada.
_ Quase toda a população tem marca de nascença, existem várias pessoas com a bota da Itália marcada no corpo, raro é a gente se conhecer!
Ele colocou a blusa estendendo a mão me convidando a ir, fiz que sim pegando minha bolsa e sandálias, agarrei seu braço caminhando tranquila pela orla enquanto a brisa fazia meus cabelos voarem, sorrir momentaneamente feliz, foi aí que virei meu rosto descontraída, o sorriso se foi quando vi o carro do Will, poucos tinha desse carro no rio, e a menção dele está perto me atormentava.
O vidro estava abaixado e eu pude ver seu rosto, ele também me notou porque freou no mesmo instante, fiquei apavorada, antes dele descer do carro puxei a jaqueta preta das mãos de Max me vestindo apressada.
_ O que te deu sua louca?
Max perguntou distraído, rindo da situação sem entender o que acontecia, ele não viu Will descer do carro e caminhar a passos largos na nossa direção.
_ Seu pé de pano desgraçado!
Will gritou enfurecido, Max parou o olhar em diante, quando Will estava perto de nós que vir uma barra de ferro na sua mão.
_ Will não!
Dessa vez eu não podia entrar na frente, só tive tempo de pensar no meu filho e quando Will veio cheio de fúria apenas desviei, a barra foi certeira no rosto do Max, mas antes que pudesse chegar ele colocou o braço na frente, outra vez Will tentou acerta-lo Max mais rápido deu uma banda certeira o jogando no chão do calçadão, pegou a barra de ferro com determinação, seu olhos escurecidos encara Will caído totalmente indefeso.
Eu sabia que Max ia rachar a cabeça dele sem pensar duas vezes, e mesmo que o folgado merecesse eu não poderia deixar, entrei na frente dele pedindo piedade entre lágrimas.
_ Por favor Max, não…
Solucei, ele abaixou a barra cansado, me olhou incrédulo sorrindo sem emoção alguma, aquilo simplesmente fez meu corpo retorcer. Will se levantou rindo bobo, e me abraçou, Max tinha mágoas nos olhos ao me ver abraçada com o cara que desgraçou minha vida.
_ Max...
Ele saiu correndo, a mágoa me invadiu, encarei a cara que me dava nojo, o sorriso igualmente, o perfume me dava ânsia de vômito, tudo nele me causava um asco grotesco no estômago.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu corpo minhas regras
RomanceDuas histórias distintas, duas vidas diferentes, uma delegada do rio de janeiro e um playboy revoltado, o mesmo trauma: a falta de amor dos tutores, o abandono. Ambos se apegaram na mesma pessoa: Will um renomado empresário fez seu patrimônio pela...