Cap 12

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Max caminha atrás de mim coagido pela grande arma apontada para ele, minhas mãos ficam em cima da cabeça demonstrando não portar qualquer tipo de arma, mesmo eu tendo um escondida na cintura. Cada passo que eu dou sem rumo meu coração acelera, estou no escuro, não imagino o que procuro e onde. 

_ Eu sei o que ele quer... 

Max sussurra ao me alcançar, olho para ele rapidamente demonstrando o ponto de interrogação na minha testa franzida.  

_ É um sequestro Lara, Rato é a pessoa sequestrada! 

É o que ele consegue dizer antes de tomar um chute e por pouco não ir ao chão, ele se ajeita em pé segurando a menina firme, voltar a caminhar atrás de mim seguindo as ordens autoritárias do grandão. 

_ Você fez um estrago em doutora, é delegada? 

Faço que sim com a cabeça entrando na casa silenciosa. 

_ Espero que saiba o que está fazendo, te dou cinco minutos para me trazer o rato! 

Procuro uma direção traçando um plano em minha mente, olho para Max de relance pedindo mil desculpas por ter falhado com ele. 

_ Para de se culpar... 

Murmura e apanha outra vez tomando um tapa despretensioso no pé da orelha, enfureço crescendo o peitoral estufado, a arma é apontada na minha direção e eu não recuo, deixo que o cano encoste no meu peito e mesmo que temo por alguém dentro de mim não deixo o pavor me intimidar. 

_ Não faça isso com ele! 

Max tenta tomar meu lugar, ergo minha mão encostando no seu ombro, mantenho ele parado ao meu lado enquanto olho o homem alto com desprezo. 

_ Sou a única que posso te levar até o rato, se atirar em mim não encontra ele, foi eu quem o escondi a mando do grandão que você matou. 

Blefo trilhando uma linha lógica de raciocínio, o outro apenas queria proteger quem é que fosse, então me apego nessa informação. 

_ O que está esperando! Anda logo!! 

Obedeço adentrando no interior de um corredor enorme, com várias salas, merendeiras no chão, cadeiras tombadas, porém nenhum sinal de gente, parece que as crianças desapareceram. Na última sala do corredor onde passo os olhos fico frustrada por não encontrar ninguém, ele vem ameaçando impaciente dizendo que é bom o rato está nessa ou ele atira em Max e eu não poupando a vida da menina que Max segura com tanta proteção. 

Um som alto de chamada me faz parar, ele faz o mesmo ao perceber que o toque vem do bolso da sua bermuda, mesmo com a arma em punho ele tira o aparelho do bolso e atende nervoso. 

_ Oi chefe? 

Espio pretensiosa. 

_ Deu ruim em uma parada aqui, uma delegada intrometida entrou no nosso caminho, matou quatro dos nossos... 

Ele explica sem tirar os olhos de mim.

_ Hum, não sei, acho que, calma aí, marca na linha! 

Tira o telefone do ouvido tampado o alto falante. 

_ Como ce chama doutora? 

_ Lara! 

Volta com o celular na orelha, assim que ele transmite meu nome seus olhos se arregalam na minha direção, seu pomo de adão mexe devagar tamanho é o nervosismo. 

_ Demorou, beleza beleza beleza chefe! 

Assustado volta a guardar o celular, recua um, dois, três passos até chegar a porta, lança um olhar acuado na minha direção. 

Meu corpo minhas regrasOnde histórias criam vida. Descubra agora