Katherine Hale

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Com alguns recessos e feriados, e eu havia trabalhado em alguns deles, Lucas, meu chefe, resolveu que me dá um ou dois dias de folga durante os meses seria bom. Pelo meu bom desempenho e ter mantido tudo em ordem e sem atraso como nenhum outro funcionário da empresa, eu recebi esse privilegio. E hoje é um dia de folga que irei usufruir em arrumar a casa.

Ivy estava doente, uma gripe que sei lá de onde ela pegou, mas espero que não passe pra nenhum de nós e que melhore logo. E justamente hoje no meu dia de folga eu iria bancar a mãe da casa, cuidar da Iv doente, arrumar a casa e preparar o nosso almoço. Adoro um dia cheio. Como Melissa é a única que vai trabalhar, a levo para o planetário, com isso tento tirar alguma informação sobre Sebastian, mas nada ganho. Ainda, tem coisa nessa historia e ainda acho que tem outra pessoa no meio disso.

Eloise mandou uma mensagem dizendo que depois do almoço seria ótimo para nos encontrássemos em sua casa para o ensaio. Certo, só precisava colocar tudo em ordem ainda pela manhã e tudo certo. Deixei Melissa e vim direto para casa, se entrasse e encontrasse Peter, todos os meus planos iam por água a baixo.

Em casa, vou direto para a cozinha, decido fazer uma macarronada, bem mais rápido e prático, assim logo partiria para arrumar a casa, buscar Mel e ir pra casa da Eloise. Ivy tá só a misericórdia divina, então, arrumo seu quarto rapidamente enquanto ela jazia na cama, com meus fones, ouvindo Justin Bieber impedindo de ouvi-la reclamar que estou fazendo tudo errado. O próximo é o meu, nem tão bagunçado, graças a Deus. Livros de lazer e de estudos da faculdade estavam espalhados pela cama e sobre a minha mesinha. Meu closet aí já era outra história, roupas minhas e do Peter jogadas e misturadas, então, levei um bom tempo para deixar tudo em ordem. Por volta de vinte minutos depois, ouvindo Favorite Girl e o cabo da vassoura como microfone, o quarto da Mel era a próxima vítima.

— Senhor! — assustada estou e muito. Melissa, a rainha da organização está com o quarto uma zona. Não que estivesse pior que o meu, mas livros de estudo e outros cadernos estavam espalhadas sobre a cama, como se ela tivesse dormido daquele jeito e assim ficou.

Escoro os utensílios de limpeza no canto da parede e começo a juntar as coisas. O livro que emprestei a ela também estava no meio, pego e folheio, vendo que as partes com marcadores adesivo eram as que irá usar. Como uma boa desastrada que sou, junto os outros com a mão livre enquanto leio um trecho do livro sobre Mitologia, não sei como, mas deixo tudo cair do chão. Três livros, somente três volumes estavam em minha mão e todos foram ao chão. Um deles é um caderno, nunca o vi nas coisas de Melissa, cai aberto sobre os outros.

— Peter...? — o nome do meu namorado me chama atenção por estar escrito no caderno quando vou pegá-lo, não resisto a curiosidade.

­Não me leve a mal, se uma ciumenta como eu, vê o nome do namorado em algum canto, claro que ia achar estranho. E eu sei que Melissa e Peter são amigos, mas até que ponto?

Em minhas mãos está o diário da Melissa, onde ela esconde seus mais preciosos segredos. Ele foi posto de bandeja em minhas mãos e eu tenho a escolha de ler ou não. Mas o nome "Peter" pisca em luz neon na minha frente.

Meu coração dói. O sangue gela. A respiração falha. As frases saltam do caderno como se tivessem vida própria e giram ao meu redor, me fazendo ficar tonta também. Não quero acreditar no que estou vendo. A Melissa, minha melhor amiga, apaixonada pelo mesmo cara que eu, sofrendo por ele em segredo, e pior, ela não me disse nada.

Não entendia o motivo dela não ter me dito desde o início. Eu teria evitado que tudo isso chegasse a acontecer. Os meus olhos passeavam por aquelas páginas sem acreditar no que eu estava lendo. Meu sangue fervia de raiva e ao mesmo tempo me sentia uma idiota por não ter percebido antes. Parecia que eu não conhecia aquela pessoa que tinha escrito tudo aquilo e eu já não sabia mais no que acreditar. Me sentia traída, furiosa e meus olhos se enchiam de lágrimas. Eram mais lágrimas de raiva do que de tristeza. Se tinha uma coisa que eu odiava era ser a última a saber das coisas. Nesse momento, eu peguei aquele diário e saí furiosa do quarto de Melissa.

Não Escolhi Te PerderOnde histórias criam vida. Descubra agora