Katherine Hale

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A Micro Empresa em que fui contratada é uma mecânica de carros, e não, eu não estou na parte da mão na massa, nas trocas de motores e pistões. Fiquei com os papéis, contas e notas fiscais.

Parece até uma coisa simples, mais fácil que desmontar e montar um motor, mas é bem mais cheio de complicações e regras do que você imagina. Nada pode sair fora do controle, tudo tem uma justificativa.

Na verdade, os dois são bem fáceis e simples se você dedicar tempo e realmente gostar do que faz. Eu realmente adoro trabalhar na área da contabilidade e administração, mas não quero uma formação, gosto mesmo como um hobby.

Após ser colocada a par de tudo e de como seria o trabalho de agora em diante, vejo que passei a manhã inteira em um "treinamento", apenas para me movimentar no mesmo ritmo que todos na empresa.

As onze e meia da manhã pego minha bolsa e me despeço de Lucas, o gerente administrativo e filho do dono da mecânica. Com as chaves do meu lindo bebê, entro no carro e sigo para a escolinha afim de pegar Ivy, ela já estava do lado de fora me esperando.

— Nossa, a energia que essas crianças passam pra gente é de outro mundo. — comenta assim que entra no carro. — Acho que é contagiante, estou a mil volts.

— Senhor Jesus, estou vendo que o seu dia foi muito mais agitado que o meu.

— Pode crer, amiga. Essas crianças contagiam real.

Sorrio com a alegria da Iv, enquanto desengato o freio de mão, tiro o carro do acostamento e peço para que Ivy avise a Mel que estamos chegando. Ligo o som do Jeep e seguimos cantando até o planetário.

Logo chegamos, estaciono quase em frente à entrada principal e Melissa não está do lado de fora. Provavelmente ainda está babando cada pedaço daquele lugar.

— O que você acha da gente entrar? — Ivy pergunta.

A curiosidade sobre o local é bem compreensível, pois deve ser tão lindo por dentro como por fora.

— Tudo bem. — tiro o sinto de segurança, desligo o Jeep e saio travando o mesmo assim que Ivy também desce.

Quando entramos no planetário meu queixo cai no chão, o salão principal é amplo e cheio de quadros e esculturas sobre planetas, estrelas, luas e vários outras coisas que não entendo. O local é realmente muito lindo.

Continuo parada olhando para cada canto do salão principal, completamente fascinada, até que uma voz me desperta.

— Nunca pensei que um dia veria Katherine Meir Hale, babando fascinada em um planetário. — Melissa vem andando em minha direção pronta para ir embora, saindo de uma das salas adjacentes.

Estava me preparando para rebater quando alguém atrás dela me chama atenção. Eu sei que esse planetário é de sua família, mas não esperava que fosse vê ele aqui a essa hora. Então, fechei a boca e o encarei, sem saber o que fazer, e muito menos como falar com ele pessoalmente depois daquela pegação na festa, mas Peter sabia muito bem o que fazer.

Em menos de um minuto ele e Melissa já estavam bem próximos da gente, porém ele não para de andar até parar em minha frente, e em seguida, rápido demais para meu cérebro raciocinar, ele me dá um simples beijo. Bem ali, no salão do planetário dos seus pais, delicado e até romântico, como se fôssemos até um casal de namorados.

Não Escolhi Te PerderOnde histórias criam vida. Descubra agora