Decidi que iria contar a Alejandro sobre a minha volta para a Holanda no dia seguinte pela manhã. Apesar de ter dormido tarde por ter passado a madrugada pensando numa forma de contar, acordei cedo e primeiro que ele.
Aproveitei e fiz o café da manhã. E por enquanto que ele não acordava, fiquei assistindo um telejornal, deitada no sofa.
— Bom dia.
Tomei um susto com a voz grave e rouca.
Sentei no sofá e olhei para o meu marido que estava com os cabelos desarrumados e o rosto com marcas do lençol.
— Bom dia, meu bem. — respondi.
— Por que acordou tão cedo? — ele quis saber, a testa franzida.
Alejandro veio até mim e sentou ao meu lado, me dando um selinho logo em seguida.
— Simplesmente despertei.
— E a que horas você foi dormir? Não te vi chegar na cama. E você disse que iria me acordar para comer e não o fez.
Sorri com o biquinho emburrado dele.
— Desculpa, você parecia estar exausto, desisti de te acordar.
— Tudo bem, eu estava mesmo muito cansado. — encostou no sofá e passou a mão no rosto.
— Fiz café da manhã, vamos pra cozinha.
Levantei do sofá e peguei na mão dele. Tentei puxá-lo para que levantasse, sem sucesso.
— Espera aí, que eu vou tomar um banho e escovar os dentes.
— Está bem.
Fui pra cozinha e fiquei a espera dele.
Eu arrumava as coisas na mesa que já estavam arrumadas, numa tentativa de minimizar a minha ansiedade, mas não estava tendo muito resultado.
Então peguei os pães e comecei a recheá-los com queijo e presunto. Eu não pararia quieta enquanto Alejandro não aparecesse na cozinha.
…
— Caramba, você preparou tudo isso?
Parei o que estava fazendo e olhei em direção a voz. Alê estava com outra roupa e os cabelos úmidos. Exalava um cheirinho gostoso de sabonete.
— Sim. Exagerei? — perguntei olhando para a mesa com um bolo de laranja, biscoitos, café, suco, iogurte, queijo, presunto, margarina e os pães — Fiquei sem saber o que fazer, então mexi nos armários, na geladeira e fiz um pouco de cada coisa. Quer dizer, somente o suco, o bolo e o café. O resto já tinha. — olhei para ele e sorri.
— Ok. — deu risada e se aproximou, sentando diante a mesa — Eu adorei, vamos degustar.
— Aqui, esse pão já está... pronto. — entreguei a ele — O que você vai querer? Suco, iogurte, café? — falei tudo com muita pressa.
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Mas Ela É Negra![repostando]
RomanceUm metro e oitenta de puro charme e beleza. Trinta e quatro anos de idade, mas que aparenta ser uns dez anos mais nova. Negra! Esta é Joyce! Uma mulher que sofreu muito na sua infância e adolescência, mas conseguiu vencer na vida. Descubra como foi...