Capítulo 33👠

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— Caramba, e eu pensei que você era ciumento, maninho

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— Caramba, e eu pensei que você era ciumento, maninho. — disse Alex.

Chegamos em casa e o assunto era o meu ciúme. Eu estava sentada no sofá acariciando Consuelo que estava deitado sobre as minhas pernas, enquanto os dois irmãos se divertiam às minhas custas.

— Eu fiquei até sem reação, pois nunca imaginei que Joyce falaria aquelas coisas. Ela é tão quieta. — falou Alejandro, tirando os sapatos. 

— Pois é, ela a cada dia me surpreende mais.

— E antes de sairmos, ela disse que eu não precisava sentir ciúmes, e quem sentiu foi ela.

Revirei os olhos. Eles conversavam como se eu não estivesse presente. 

— Não acredito que perdi esse show, por que não me chamou, Alê? — perguntou Alex indignada.

— Será porque você estava ocupada demais beijando a boca do cara chato? — entrei na conversa. 

Alexandra se calou e dobrou os lábios. Alejandro deu um sorrisinho e veio sentar ao meu lado. 

— Achei que não gostasse do André, maninha. — ele disse.

— Eu não gosto. 

— E como explica aquele beijo? — eu perguntei.

— Ah, foi só um beijo, nada de mais. Eu estava disponível, ele também, rolou. — se justificou dando de ombros.

— Fizeram as pazes então? — Alê quis saber.

— Talvez. Mas se ele continuar jogando aquele charme para cima de mim, o meu ódio por ele vai voltar.

— Não sei porque tanto ódio, o cara é tão gentil.

— Também achei. — concordei com Alê.

Agradeci aos céus por o foco da conversa não estar mais no meu ciúme bobo. Sei que exagerei um pouquinho, e quando caí na real fiquei morrendo de vergonha pelo meu pequeno chilique, mas na hora não me contive. Eu vi o olhar daquelas duas; a forma que elas tocavam em Alejandro, e ver que ele não se afastava me deixou um pouco irada. Ele não percebeu a intenção delas, é claro, mas nem pensei nisso. 

E a maneira que falaram de mim só fez aumentar a minha ira. Já não estava aguentando tanto preconceito. Por muitas vezes suportei calada, mas a partir daquele dia as pessoas iam me ouvir.

— Bom, eu vou para o meu quarto. Estou exausta. Vamos Consuelo, quero dormir agarrada em você hoje. — disse Alexandra.

O cachorro desceu de meu colo e seguiu a sua dona pelas escadas.

— Boa noite, mal educada! — Alejandro gritou.

— Boa noite! — a minha cunhada gritou de volta.

Ficamos em silêncio por um tempo e eu fiquei sem jeito. Fiquei mais ainda quando olhei para Alejandro e ele estava com um sorriso contido no rosto e um olhar divertido.

Mas Ela É Negra![repostando]Onde histórias criam vida. Descubra agora