Capitulo 11

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'Bom dia, meu amor!' Entrei no quarto de Théo sorrindo, ele estava deitado na cama já acordado e sorriu pra mim. 'Vamos no shopping com a mamãe?'
'Shópi!' Ele se embolou um pouco pra falar e eu ri. Théo agora repetia, ou pelo menos tentava repetir quase todas as palavras que eu falava, e eu achava aquilo a coisa mais linda.
Dei um beijo na bochecha dele e o carreguei pro meu banheiro para dar banho nele. Não demorou muito e nós dois já estávamos prontos pra sair de casa. Eu estava com uma blusa rosa básica, calça e all star, já Théo vestia uma pólo azul marinho com listras brancas, e uma bermuda branca. O olhei sorrindo e pude jurar que vi Purre sorrindo de volta pra mim, a semelhança entre os dois às vezes me assusta. Saímos de casa, e como o shopping não é muito longe, uns 20 minutos depois já estávamos lá.

Passear no shopping com uma criança do lado é estressante e divertido ao mesmo tempo. Estressante porque Théo está na fase de conhecer as coisas, então ele nunca se contenta em ficar só olhando as coisas, ele tem que pegar, sentir. E é divertido porque ele sempre me faz rir, eu fico apontando as coisas e dizendo os nomes, e é engraçado vê-lo repetir minhas palavras.
'Ca-mi-nhão, repete com a mamãe!' Falei devagar enquanto segurava um caminhão de brinquedo e Théo sorria.
'Minhão.' Ele girou a rodinha do brinquedo e eu ri.
'Não príncipe, é ca-mi-nhão.' Falei ainda mais devagar.
'Caminhão!' Ele sorriu.
'Isso, meu amor!!' O peguei no colo e botei o brinquedo na prateleira. A cada nova prateleira eu pegava o brinquedo que ele mais gostava e falava o nome para que ele repetisse. Meu celular tocou dentro da bolsa e eu botei Théo no chão enquanto ele brincava com um urso de pelúcia.
'Oi amiga!' Sorri depois de ver que era Renata do outro lado da linha. 'Eu tô no shopping, com o Théo quer vir pra cá também? A gente pode tomar um sorvete!' Sorri. 'Tá bom, tô te esperando!' Desliguei o celular e vi Théo brincando com uma menininha. 'Vamos meu amor? A tia Rena tá vindo pra gente tomar sorvete!' Sorri me agachando perto dele e da menina loirinha com um vestido rosa.
'Sôveti!' Ele sorriu e estendeu os braços pra que eu o pegasse no colo. 'Dá tchau pra menina.' Falei acenando e ele fez o mesmo.

'Tia Rena !' Théo correu quando viu Renata andando em nossa direção. 'Ei pequeno, tudo bem?' Ela o carregou enquanto eu me aproximava. 'Hey amiga!' Ela sorriu me abraçando.
Caminhamos até uma sorveteria na praça de alimentação e depois sentamos em uma mesa já com nossos sorvetes.
'Algum progresso com o Purre ?' Ela me olhou e eu balancei a cabeça negando.
'Tudo na mesma.' Dei de ombros. 'Anteontem eu cheguei do trabalho e ele tava lá brincando com o Théo , daí acabamos pedindo uma pizza e ele ficou lá até eu praticamente desmaiar de sono.' Ri.
'E rolou alguma coisa?' Ela me olhou sugestiva. Eu olhei pra Théo que estava mais interessado em se lambuzar com o sorvete e balancei a cabeça.
'Se você chama um beijo no canto da boca de alguma coisa, então rolou!' Ela riu e eu dei de ombros.
Ficamos passeando um pouco pelo shopping, até Théo começar a perguntar pelo pai, já que ele não havia aparecido ontem lá em casa.
'Seu pai deve tá em casa, meu amor.' Falei carinhosa vendo-o fazer bico. Olhei pra Rena que ria da cena e balancei a cabeça. 'Agora é assim, um dia sem ver o Purre e só falta morrer!'
'Ai Pili , coitado! Deixa o menino curtir o pai, leva ele lá na casa da Fernanda !' Ela falou ainda rindo.
'Vovó!' Théo sorriu e eu olhei pra Rena fazendo cara feia.
'Não dá idéia, sua vaca!' Dei língua e ela deu de ombros.
'Papai e vovó!' Théo falou me dando tapinhas no ombro.
'Ai filho, como você me dá trabalho!' Bufei. 'Vamos lá na casa da sua vó!' Fiz uma cara derrotada e ele sorriu.
Me despedi de Rena quando chegamos ao estacionamento e segui pra casa de Fernanda .

Théo estava completamente inquieto, e só parou quando estacionei em frente à casa branca de portões baixos. Soltamos do carro e percebi que o carro de Fernanda não estava por ali, provavelmente Purre estava sozinho em casa. Théo tocou a campainha e deu uma risada histérica fazendo uma carinha sapeca. Demorou um pouco até a porta abrir e eu ver uma loira abrir a porta apenas com uma blusa e calcinha. Dei um passo pra trás tentando ver se aquela era mesmo a casa de Fernanda , mas não me restavam duvidas.
'Erm... o Purre tá aí?' Perguntei insegura e a loira sorriu simpática.
'Ele tá dormindo meu bem, mas eu acho que já já ele acorda. Você quer esperar?' Ela abriu mais a porta dando espaço para que eu passasse, mas eu continuei parada a encarando. Ela levantou a sobrancelha sugestiva e eu resolvi entrar na casa.

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