— Vocês podem esperar uns minutos lá fora? — O médico sorriu simpático e eu e Fernanda saímos do quarto deixando-o sozinho com Purre. Hoje ele enfim receberia alta e voltaria para casa, mas segundo ele, antes de tudo quer conhecer o Théo . Nem preciso comentar que meu sorriso ao ouvir-lo dizer isso quase rasgou meu rosto né? Alguns minutos depois Purre e o medico saíram do quarto. — Pronto meu rapaz, tá liberado. — O médico deu uns tapinha nas costas dele que sorriu animado.
— Brigada doutor, por tudo. — Fernanda apertou a mão dele e sorriu. Ele acenou pra mim e saiu logo depois nos deixando no corredor. — Vamos? — Fernanda pegou a mão de Purre e ele me estendeu a outra, sorri e fui para seu lado.
— As duas mulheres da minha vida. — Ele sorriu enquanto caminhávamos para a saída do hospital e eu senti meu rosto arder.— Então, vamos pra sua casa agora, Pili — Fernanda me olhou sorrindo e eu balancei a cabeça positivamente.
— Eu vou ver meu filho! — Purre me olhou animado e eu sorri sincera. Fomos todo o caminho até em casa conversando sobre Théo, Fernanda parecia tão ansiosa quanto Purre para vê-lo. Desde o acidente eles tinham se visto muito pouco.
— Tô nervoso. — Purre deu um risinho tímido quando paramos na porta do apartamento.
— Hey, vai dar tudo certo. — Sorri e apertei sua mão. — Eu entro primeiro e vocês vêm logo depois ok? — Olhei para os dois e eles sorriram concordando.Abri a porta de casa respirando fundo e segundos depois Théo veio correndo ao meu encontro. — Sua surpresa chegou, meu pequeno. — Falei baixo e ele sorriu. — Fecha os olhos. — Ele obedeceu e eu o peguei pela mão, me agachei ao seu lado e sorri pra Purre que já tinha os olhos cheios de lágrimas.
— Pode abrir. — Sussurrei no ouvido dele que na mesma hora abriu os olhos e estampou um sorriso imenso.
— Paaai! — Ele correu para Purre que se abaixou e o pegou no colo. Na mesma hora senti as lágrimas grossas rolarem por meu rosto, e Purre não estava muito diferente.
— Heey campeão, como você tá? — Ele colocou Théo no chão e se ajoelhou.
— Sódadi! — Théo sorriu e abraçou Purre pelo pescoço. Eu ri baixinho lembrando que ensinei Théo a falar "saudade" um pouco depois do acidente, e desde então ele sempre fala "pai" e "sódadi". Purre me olhou sorrindo e eu retribuí enxugando as lagrimas. — Vó!— Théo se soltou de Purre e abraçou Fernanda .
— Então meu amor, gostou da surpresa? — Me aproximei e Théo balançou a cabeça sorrindo, depois voltou a atenção para avó.
— Ele é lindo, Pili ! — Purre sorriu me abraçando pela cintura e eu mexi a cabeça confirmando. — Ele tem meus olhos, meu nariz e a sua boca. — Ele deu risada lembrando do que eu tinha lhe dito no hospital. — Brigada por ter me dado um filho assim. — Ele sorriu e me deu um selinho. Sim, assim sem mais nem menos. Sorri sem graça sentindo meu rosto arder.
— Metade dos créditos são seus. —Pisquei e ele deu risada.
— Pai. — Théo o puxou pela calça e nós dois nos abaixamos pra ficarmos da altura dele. — Páqui. — Ele sorriu e Purre me olhou sem entender.
— Você costumava ir com ele pro parque que tem aqui perto. —Expliquei e Purre balançou a cabeça compreendendo.
— Você quer ir pro parque, filhão? — Ele bagunçou os cabelos de Théo que concordou sorrindo.
— Purre, não é melhor você ir pra casa descansar? — Fernanda perguntou preocupada, mas Purre balançou a cabeça negativamente.
— Chega de descanso mãe, já passei tempo demais deitado em uma cama de hospital. — Ele pegou Théo no colo. — Vamos brincar no parque! — Ele sorriu pra Théo que bateu palmas animado.Fizemos o caminho de volta até o carro enquanto Théo brincava com os cabelos de Purre e eu ria da cena. Entramos no carro e Purre colocou o filho no colo. Théo encostou a cabeça no ombro dele e ficou observando as casas passarem pela janela. Purre pegou minha mão e sorriu pra mim, eu retribui e desviei o olhar para a janela enquanto ele acariciava minha mão.
— Páqui! — Théo apontou pela janela minutos depois quando estacionamos. Soltamos do carro e fomos até um lugar com alguns bancos e um parque onde algumas crianças brincavam sendo observadas de perto por suas mães e babás. — Bincá! — Théo sorriu puxando a mão de Purre e os dois foram pro parque enquanto eu e Fernanda sentamos em um banco observando os dois brincarem.
— Eu senti falta disso. — Falei abraçando minhas pernas e Fernanda sorriu pra mim. — Acho que muito mais pelo Théo que por mim, não agüentava mais ter que mentir pra ele. — Suspirei.
— Eu sei que não deve ter sido nada fácil Pili , e eu também não fui uma boa avó esse tempo todo, achei até que o Théo nem saberia mais quem eu sou. — Ela forçou um sorriso.
—Que nada Fernanda , eu compreendo. Você sofreu muito com toda essa historia de acidente, dedicou todo seu tempo ao Purre . Hoje em dia eu compreendo perfeitamente o amor de uma mãe com um filho, o Purre é tudo na sua vida, assim como o Théo é na minha. — Sorri pegando em sua mão.
— Ah Pili , Purre não poderia ter arrumado uma mãe melhor pro filho dele. — Ela riu e eu fiquei sem graça. — Sabe que quando ele foi desesperado me perguntar o que ele faria quando descobriu que teria um filho eu sinceramente pensei que você fosse qualquer uma que ele tinha encontrado por aí, que seria uma irresponsável, pensei até que talvez você quisesse tirar o filho, principalmente depois que ele me falou que você só tinha 16 anos. Depois eu te conheci e assim que eu te olhei sabia que você não era assim, por mais que eu ache que você e o Purre foram irresponsáveis por não terem se cuidado direito, pelo menos ele acertou na escolha da garota. — Ela sorriu sincera e eu retribuí.
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Addicted - #Pilurre
FanfictionE se por um acaso do destino ele não lembrasse mais de você e nem de tudo que vocês passaram?! Você seria capaz de recomeçar tudo e dar um novo rumo a essa história? ESSA FANFIC NÃO É MINHA, É APENAS UMA ADAPTAÇÃO COM OS ATORES DE "GO! VIVE A TU MAN...