Capítulo 41

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Me observei no reflexo do espelho de corpo inteiro e suspirei passando a mão pelo curto vestido preto. Virei de costas apenas para confirmar mais uma vez se ele não estava curto demais. Me virei novamente de frente e passei a mão pelo cabelo tentando decidir se deixava ele preso ou solto.
'Ugh!' Bufei impaciente. Olhei o relógio no criado mudo, em alguns minutos Purre estaria em casa. Olhei meu celular tendo uma idéia e o peguei rapidamente selecionando a câmera e tirando uma foto minha no espelho.
Mandei uma mensagem pra Renata junto com a foto;

"Muito curto?"

Mordi o lábio rezando para que ela visse logo a mensagem. Fui até o armário e analisei algumas sandálias de salto alto. Segundos depois me decidi por uma preta com salto fino e um detalhe prateado. Ouvi meu celular vibrar jogado em cima da cama e o peguei rapidamente quando vi que era a resposta de Renata .

"Nossa, que vestido lindo, quero emprestado! Curto nada, boba, tá lindo! Te vejo daqui a pouco.
Rena xx"

Sorri sozinha sentando na cama e calçando rapidamente as sandálias.
Estava distraída quando ouvi uma risada baixa vinda da porta do quarto, quando olhei vi que Purre estava encostado no batente me observando com um sorriso bobo no rosto.
'Que foi?' Perguntei sorrindo ainda sentada e ele balançou a cabeça.
'Nada, só to admirando minha namorada.' Ele levantou um poucos os ombros e caminhou até mim estendendo a mão para que eu me levantasse.
'Muito curto?' Perguntei mordendo o lábio depois que ele me analisou de cima a baixo, me fazendo ficar muito sem graça, diga-se de passagem.
'Eu poderia dizer que sim e evitar os milhares de olhares masculinos que você vai receber assim que pisar fora desse apartamento, mas você ficou linda demais pra eu te fazer trocar de roupa.' Ele me abraçou pela cintura e eu sorri.
'Tem certeza? Porque eu achei ele...' Não pude completar a frase já que Purre colou seus lábios nos meus.
'Tá linda.' Ele falou se afastando um pouco e eu só percebi que ele sorria porque seus olhos sorriram junto. 'Você é linda.' Rolei os olhos rindo baixo e ele encostou a testa na minha respirando fundo. 'Eu sou o cara mais sortudo do mundo!' Purre se afastou um pouco e ficou me olhando enquanto eu sorria como uma retardada.
'Eu é que sou a mulher mais sortuda do mundo.' Dei um selinho rápido nele. 'E tenho o namorado mais lindo do mundo.' Outro selinho. 'Que vai se atrasar se não for tomar logo banho e se arrumar!' Dei outro selinho e sorri arrancando uma risada dele.
'Ok, você sempre estraga meus momentos de romantismo.' Ele entortou a boca se afastando de mim, mas eu o puxei pela mão.
'Desculpa!' Falei o abraçando pelo pescoço e beijando levemente seus lábios. 'Eu sou uma péssima namorada.' Disse dando beijinhos em sua bochecha. 'E na verdade eu amo quando você fica falando coisinhas românticas e bobas e me faz sentir a mulher mais feliz do mundo.' Acariciei seu rosto suavemente e ele sorriu.
'Essa é a intenção.' Purre brincou e beijou a ponta do meu nariz. 'Agora deixa eu ir tomar banho antes que a gente se atrase.' Ele me beijou rapidamente e se afastou entrando no banheiro.
Sorri sozinha suspirando e me virei novamente para o espelho tentando fazer diferentes penteados no meu cabelo enquanto eu imaginava se existia alguma forma de tudo ficar mais perfeito do que estava.

'Vaamos, Pili! Você não disse que já estava pronta?' Purre reclamou parando na porta do banheiro.
'Eu to pronta, calma!' Falei terminando de passar um gloss rosa claro em meus lábios. Purre bufou enquanto eu me olhava pela milésima vez no espelho. 'Tem certeza que não tá muito curto?' Fiz careta o olhando e ele rolou os olhos.
'Se você não sair desse banheiro agora eu vou te carregar a força!' Ele falou num tom sério, mas sorrindo.
'Ugh, ok, ok!' Fiz cara feia me olhando uma ultima vez no espelho e saí do banheiro. 'Você nunca arruma a gola!' Falei ajeitando a gola da camisa social branca listrada que Purre usava.
'Sabe que se eu te beijar esse batom vai sair, né?' Ele falou enquanto eu arrumava sua camisa.
'Haha, isso é gloss e não batom. Fora que você não faria...' Ele fez.
Senti uma de suas mãos apertar minha cintura, enquanto a outra estava em minha nuca, seus dedos entrelaçando em meu cabelo solto. Ele me empurrou um pouco pra trás e eu encostei na parede ao lado do banheiro. Eu sabia que minha roupa ficaria amassada e eu teria que arrumar a maquiagem, mas preferi não me importar com aquilo, os impulsos de Purre eram sempre nas horas mais impróprias, e bem.. eu os amava.
Sua mão desceu da minha cintura até a minha coxa, levantando um pouco o vestido e me fazendo ofegar. Segurei firme em seu cabelo enquanto sentia meu lábio latejar por causa da intensidade do beijo. Purre mordeu meu lábio inferior e desceu os beijos pra meu pescoço como se tivesse ouvido meus pensamentos.
'Purre ...' Falei com a voz fraca e ao invés de responder ele voltou a beijar minha boca.
Quando sua mão, ainda embaixo do vestido, subiu até minha cintura, o celular em seu bolso começou a vibrar. Purre encostou a testa na minha respirando fundo e tirou a mão da minha cintura, pegando o celular e se afastando. Ouvi ele começar a conversar com Santiago sobre o jantar e ajeitei o vestido entrando no banheiro para ajeitar rapidamente a maquiagem.
'Pili?' Purre me chamou minutos depois, e eu saí do banheiro já com a maquiagem retocada. 'Era o Santiago , ele não sabe como chega no restaurante, então ele tá vindo e vai seguindo a gente.' Ele sorriu fraco e eu concordei com um aceno de cabeça.
'Sempre o Santiago .' Resmunguei baixo sem a intenção de que Purre ouvisse, mas ele ouviu e riu alto me deixando sem graça.
'Um dia a gente se vinga!' Ele pegou minha mão e fomos até a sala onde Theo assistia televisão com Kat.
'Hey, hora de dormir, mocinho!' Me agachei na frente dele que balançou a cabeça negando. 'Não tá com sono ainda?' Olhei o relógio e vi que já eram quase dez horas da noite.
'Não.' Ele sorriu.
'Ok, mas não dorme muito tarde, tá bom?' Ele concordou e eu lhe dei um beijo na bochecha rapidamente. 'Kat, qualquer coisa liga no meu celular ou no do Purre !'
'Tranquilo, Pili.' Ela sorriu concordando enquanto Purre beijava a cabeça de Theo.
'O Santiago já deve estar chegando.' Purre falou abrindo a porta de casa.
Quando saímos da garagem o carro de Santiago já estava lá, acenamos pra ele e seguimos para o restaurante com ele logo atrás.

Addicted - #Pilurre Onde histórias criam vida. Descubra agora