A pequena fresta de luz que entrava pela cortina machucava meus olhos e eu sentia minha cabeça pesar e doer como nunca. Fechei meus olhos com força tentando voltar a dormir pra ver se a dor de cabeça parava, mas uma tosse no quarto ao lado me fez abrir os olhos rapidamente.
Me levantei da cama um pouco rápido demais e fiz careta quando senti uma pontada na cabeça. Eu não costumava sentir muita dor de cabeça, acontecia mais quando eu estava de ressaca ou ficava muito tempo sem comer, mas nenhuma das duas opções havia acontecido.
Saí do quarto apressada ouvindo Théo tossir ainda mais e entrei em seu quarto vendo-o deitado com a barriga pra cima.
'Bom dia, meu amor!' Sorri me ajoelhando ao lado de sua cama e ele retribuiu o sorriso. Chequei sua temperatura, tanto na testa como no pescoço, aparentemente estava tudo normal. 'Tá sentindo alguma coisa?' Sentei na cama e o puxei para meu colo.
'Não.' Ele negou balançando a cabeça e tossiu novamente.
'A garganta não tá doendo e nem nada?' O olhei e ele negou novamente. 'Hm... ok! Vamos tomar café?' Coloquei-o no chão e ele correu até a porta. 'Hei, hei, hei! Os chinelos, mocinho!' Apontei o par de chinelinhos azuis que estava ao lado da cama. Théo riu sapeca e calçou os chinelos correndo para a cozinha em seguida.Engoli o pequeno comprimido rezando para que ele fizesse efeito logo e a dor em minha cabeça parasse. Amassei o pequeno bilhete que Purre havia deixado antes de sair de casa, avisando que passaria o dia inteiro no estúdio – com um pequeno coração no final da frase - e suspirei pesadamente sentindo cheiro de queimado.
'Droga, as panquecas!' Corri até o fogão, desligando-o e me deparando com as algumas panquecas queimadas. 'Céus, que porcaria de cabeça!' Dei um tapa em minha própria testa e senti a cabeça doer. Era visível que aquele definitivamente não era meu dia!
'Queimou!' Théo fez bico levantando os ombros me fazendo rir.
'Desculpa, meu amor. Sua mãe anda com a cabeça péssima!' Me lamentei observando as panquecas. 'Aceita torradas com manteiga?' O olhei animada e ele deu de ombros concordando.Eu estava concentrada lendo um livro quando Théo saiu correndo e entrou no banheiro, segundos depois ouvi sua garganta sendo forçada e corri para ajudá-lo. Segurei sua testa me ajoelhando ao seu lado e com uma tosse forte ele cuspiu um liquido transparente pela boca.
'Ai, meu Deus. Calma, filho.' Falei ele começou a chorar e levou as duas mãos até a garganta. 'Tá doendo?' Perguntei preocupada e ele concordou com um aceno de cabeça. Esperei alguns instantes para ver se ele iria cuspir de novo, mas ele apenas tossiu.
Corri até a sala e peguei o telefone digitando o numero do celular de Purre automaticamente. Nas duas primeiras vezes deu ocupado, depois caiu na caixa. Deixei o telefone no sofá e corri com Théo para meu quarto, apenas para eu botar uma calça jeans, um tênis e um casaco leve por cima.
Saí de casa ainda tentando falar com Purre , mas o celular apenas caia na caixa. Resolvi ligar pra Renata e pedi para que ela fosse até o hospital que eu estava indo. Quando cheguei lá corri para a área de pediatria onde a recepcionista me recebeu sorrindo.
'Olá!' Falei ofegante com Théo no colo. 'Meu filho tá tossindo muito desde que acordou e há pouco tempo ele cuspiu um liquido transparente que me deixou muito preocupada. ' Théo tossiu e a mulher o olhou.
'A senhora pode, por favor, preencher essa ficha? Dentro de alguns minutos uma enfermeira te levará para a sala do médico.' Ela sorriu me dando uma prancheta que tinha perguntas básicas sobre o paciente e seu histórico de doenças.
Preenchi rapidamente e ao mesmo tempo em que eu entreguei a prancheta novamente para a recepcionista, uma enfermeira apareceu.
'A senhora pode me acompanhar?' Perguntou sorrindo e eu confirmei pegando Théo no colo novamente. 'Pode me dizer o que aconteceu exatamente?'
'Ele acordou hoje tossindo, perguntei se estava com dor em algum lugar e ele negou, também chequei sua temperatura e estava tudo normal. Agora à tarde ele simplesmente correu para o banheiro e com uma tosse forte cuspiu um liquido transparente e se queixou de dor na garganta.' Expliquei rapidamente enquanto ela anotava em uma prancheta.
'Ok, pode se sentar aqui nessa sala, o Dr. Malcom virá em um instante.' Sorriu abrindo a porta de um cômodo branco típico de hospital. Concordei silenciosamente e me sentei na cadeira com Théo em meu colo.
'Ainda tá sentindo dor?' Perguntei checando novamente sua temperatura que continuava normal. Théo concordou balançando a cabeça e apontou a garganta. 'Fica tranqüilo, meu amor, o médico já vai cuidar de você!' Beijei sua cabeça e senti o celular vibrar em minha bolsa.
'Já tô aqui! Aonde você tá?' Renata nem esperou eu dizer "alô".
'Tô na sala onde o médico vai olhar o Théo , me espera na recepção.' Falei baixo vendo o médico entrar na sala e Rena concordou, desligando rapidamente.
'Boa tarde.' O médico sorriu fechando a porta. 'Sou o Dr. Malcom, prazer.' Estendeu a mão e eu apertei gentilmente. 'Pode me dizer o que aconteceu com o rapazinho?' Olhou para Théo que estava com a cabeça encostada em meu ombro.
Resumi novamente o tinha acontecido durante a manhã e o inicio da tarde. Ele pediu que eu sentasse Théo na maca e fez os procedimentos básicos.
'Mãe.' Théo me chamou enquanto o médico anotava algumas coisas. 'Acho que quero vomitar de novo!' Falou baixo.
O médico se levantou indicando a porta do banheiro e eu corri até lá vendo Théo cuspir o mesmo liquido transparente. Depois de alguns instantes, lavei a boca dele e voltamos para a sala.
'Aparentemente o vômito está sendo provocado devido ao esforço da tosse que está um pouco forte. Vou pedir que ele faça alguns exames e fique algum tempo em observação depois de tomar as medicações.' Falou discando alguns numero no telefone e falando rapidamente com alguma enfermeira.
Minutos depois a mesma enfermeira de antes apareceu na sala.
'A Jady vai acompanhar vocês até o local onde os exames serão feitos e depois para a sala de observação. Mais tarde passarei lá para ver se está tudo bem. Acredito que no final da tarde ele estará liberado.' Sorriu gentilmente estendendo a mão. Agradeci e saí da sala logo atrás da enfermeira.
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Addicted - #Pilurre
FanfictionE se por um acaso do destino ele não lembrasse mais de você e nem de tudo que vocês passaram?! Você seria capaz de recomeçar tudo e dar um novo rumo a essa história? ESSA FANFIC NÃO É MINHA, É APENAS UMA ADAPTAÇÃO COM OS ATORES DE "GO! VIVE A TU MAN...