Escrita com meu amor ThalyaVieyra
Frederico: não sei vou procurar alguém que entenda sobre isso para me diga se ainda possa haver alguma coisa aí- ele olhou para ela ainda não tinham entrado no cemitério- seus lábios dizem uma coisa mais seus olhos falam ao contrário- ele a olhava com tristeza sabia que ela estava desconfiando dele e isso poderia ser o fim do casamento dos dois.
Cristina: não quero pensar em nada nesse momento Frederico... você... passou todos esses anos ao lado dela e eu não... bom eu tenho que lhe agradecer por que cuidou muito bem dela... mais isso tudo... é novo para mim e estou tentando assimilar tudo.
Frederico: me responde uma coisa- ele a olhava no fundo dos olhos- você desconfia de mim? Acha que peguei sua filha? Só me diz isso Cristina e por favor seja sincera comigo- ele tinha medo que ela dissese que sim mais tinha que saber logo de uma vez pois não aguentava mais essa frieza e indiferença com o quê ela o estava tratando.
Cristina abriu a boca seus olhos fujiram dos dele.
Cristina: não sei o que pensar, se fosse o contrário? Eu estou confusa, lembre-se que você me perguntou se eu não queria a minha filha mesmo sabendo o quanto eu tinha sofrido com a perda dela que eu achava que era um menino... não vamos tirar suposições... me prometeu que ia descobrir tudo... vamos descobrir juntos.
Frederico: como podemos descobrir juntos se você está desconfiando de mim?- ele se afastou um pouco- eu disse aquilo porque estou desesperado não sei o que fazer e não tenho coragem de enfrentar Bárbara e lhe contar que ela não é minha filha biológica apesar de que meu coração sempre vai ama-la como minha menina ela é sua.
Cristina: essa justificativa também deve servir para mim, estou magoada louca por pensar que de um jeito ou de outro minha filha foi tirada de mim e que passei quinze anos pensando que ela tinha morrido, quinze anos sofrendo.
Frederico: mais eu não sou o culpado do seu sofrimento eu não levei a sua filha de propósito, achei que ela estivesse sozinha no mundo, que assim como eu não tinha ninguém, se soubesse que ela tinha uma mãe teria levado ela de volta pra você, eu juro Cristina.
Cristina chorou colocando as mãos nos olhos.
Cristina: vamos... vou te levar ate ele, eu não tenho dúvidas sobre Bárbara mais vamos deixar o exame de DNA sair aí decidimos qual a melhor maneira para contar para ela.
Frederico: vamos- ele suspirou pesado e foi atrás dela queria ver o túmulo do filho, daquele pequeno ser que ele rejeitou quando nasceu e que agora estava arrependido e só queria poder chorar na lápide dele.
Cristina o levou até o túmulo da família de Alonso e ficou um pouco atrás era um momento muito doloroso para ele e a ela só restava acompanhá-lo e se sentir impotente ao lembrar de quantas vezes veio nesse mesmo local e chorou em cima daquele túmulo se perguntou por que estava sendo tão castigada, e hoje dava graças a Deus por sua filha está bem está sã e salva.
Frederico olhou para a lápide e lá estava escrito, Henrique Maldonado Rivas três de abril de dois mil e cinco, ele ficou de joelhos no chão e passou a mão no local lágrimas caiam pelos seus olhos sem que ele podesse controlar sentia uma dor tão forte no peito como se lhe tivessem arrancado a alma, seu menino estava ali o sangue do seu sangue o fruto do seu amor com a sua esposa, aquele menino que foi tão desejado por ela e que nem ela e nem ele poderam tê-lo em seus braços, ele baixou a cabeça se perguntando como a vida podia ser cruel e lhe destruía o coração quando lhe tirava seres que amava.