Matt se oferece para buscá-la na tarde seguinte para que eles possam dar uma olhada na casa, mas Sylvie responde que ela está fazendo compras e o encontrará lá. Parece bastante direto, mas ele não consegue se livrar da sensação de que as coisas estão estranhas entre eles agora. Ele supõe que terá que esperar e ver.
Ele chega cedo para explorar o bairro. É uma rua tranquila e arborizada, com tráfego mínimo, casas bem cuidadas e jardins principalmente arrumados. As crianças estão do lado de fora, passando a tarde de sábado jogando futebol e jogando tag. Há um casal mais velho a passear por um lado da rua e uma jovem correndo com o carrinho no outro lado. Parece o tipo de lugar onde todos se orgulham de suas casas e cuidam de seus vizinhos.
Matt estacionou sua caminhonete na frente da casa e sai dando a volta. Ainda não há sinal do corretor de imóveis ou Sylvie, então ele tira vantagem de inspecionar o exterior da propriedade antes de eles chegarem. O telhado e as calhas estão em boa forma, mas um rápido olhar para as janelas e ele sabe que elas terão que ser substituídas. Puxando um pequeno caderno do bolso de trás, ele anota tudo o que precisa ser consertado ou substituído, estimando o custo.
A porta do carro se fecha após um breve sinal sonoro do veículo trancado. Matt olha por cima do ombro e vê Sylvie subindo a rua. Ela lhe dá um sorriso tenso e um pequeno aceno quando se aproxima.
— Ei.
— Ei— ele papagaia, colocando o caderno de volta no bolso e as mãos nos bolsos do casaco. Eles ficam lá por uma batida de silêncio constrangedor até Matt não aguentar — Estamos bem? Eu sei que ontem foi...por favor me diga que estamos bem. Não quero que as coisas sejam estranhas entre nós.
Os olhos de Sylvie se voltam para o chão, mas quando ela olha para cima novamente, ela encontra o olhar dele pela primeira vez desde o café da manhã de ontem e ela assente.
— Estamos bem, Matt— diz ela, curvando os lábios.
Os ombros de Matt relaxam e ele sente um pouco da tensão desaparecer.
— Você tem certeza?— ele pergunta, arqueando uma sobrancelha.
— Você precisa que eu jure isso, Casey?— Sylvie pergunta, um tom brincalhão em sua voz. Ela estende a mão direita, fechando-a em punho com o mindinho levantado.
Sorrindo, Matt tira a mão direita do bolso e trava o dedo mindinho ao redor do dela.
O mindinho de Sylvie aperta o dele um pouco mais apertado quando uma expressão solene nubla seu rosto.
— A promessa de mindinho é uma tradição sagrada e consagrada pelo tempo— . Ela solta a mão dele e deixa cair a dela para o lado, a solenidade dando lugar a um sorriso provocador. — Melhor agora?
— Sim— ele murmura, a tensão restante se dissipando. — Estou melhor agora.
Um Porsche preto brilhante chega à casa e um homem - presumivelmente o agente da lista - sai do carro em um terno azul marinho e cabelo liso para trás. Ele caminha até eles com um sorriso brilhante demais para estar em qualquer lugar do reino de genoíno e dá a Matt um aperto de mão frio de peixe. — Nick Chambers, Prestige Realty. Seja vendido rapidamente com Nick! ele brinca e entrega a ele um cartão de visita com a mesma frase estúpida impressa. Matt o despreza imediatamente.
— Matt Casey— , ele se apresenta. — Esta é Sylvie Brett.— Rápido com Nick aperta a mão de Sylvie, depois os leva para a varanda da frente.
Sylvie lança um olhar zombador para ele, erguendo a mão e balbuciando fraca em referência ao patético aperto de mão de Nick.
Nick abre a porta da frente e pergunta se eles gostariam que ele desse a turnê ou se gostariam de explorar a casa por conta própria, o que traz de volta alguns dos pontos que ele perdeu durante a introdução.
— Eu vou deixar você saber se tivermos alguma dúvida— diz Matt.
— Vou sair e fazer algumas ligações. Não se apresse com a casa — Nick diz, e se torna escasso, fechando a porta atrás de si.
— Rápido com Nick— , Sylvie murmura baixinho com um bufo silencioso. — Aposto que o apelido é um grande sucesso entre as mulheres. Dólares em rosquinhas Rápido com Nick é um idiota em qualquer sentido.
O insulto é tão inesperado, sua entrega tão seca e perfeita, que o queixo de Matt cai. Risos surgem sobre ele e ele dobrou mais de um segundo depois.
— Sylvie Brett, essa é a coisa mais engraçada que eu já ouvi você dizer— diz ele assim que se recompõe.
— Shh— , ela repreendeu de brincadeira, embora claramente satisfeita consigo mesma. — Ele vai ouvir você. Vamos lá, vamos ver o que esta casa tem a oferecer.
O interior da casa não recebeu nenhuma atualização neste século, no entanto, é óbvio que os proprietários anteriores cuidaram bem do local e o mantiveram limpo. Claro, é datado, mas pelo menos não é nojento. Matt se ajoelha em um canto da sala e puxa o tapete para trás para ver se há madeira por baixo. Existe e, embora a madeira precise muito de retoques, está em boa forma.
Ele continua a varredura meticulosa do primeiro andar, indo de um quarto para o outro e rabiscando mais notas, enquanto Sylvie faz oohs e aahs e tagarela sobre o charme e potencial que a casa possui.
— Então, se você comprar esta casa— , Sylvie começa, seguindo-o até a cozinha, — você me deixará ajudar com as marretadas? Chip faz o dia da demonstração parecer divertido!
Matt balança a cabeça com uma risada silenciosa enquanto ela de alguma forma sempre consegue mantê-lo na ponta dos pés.
— Claro, você pode empunhar a marreta. Apenas me prometa que não tentará colidir com o Kool-Aid Man pela parede. O sortudo de Chip é que ele não quebrou o pescoço!
— Matt Casey, seu mentiroso imundo! Eu sabia que você assistiu aquele show! — Sylvie canta, enfiando o dedo no peito dele.
Bem, merda. Ele apenas se entregou.
— Sim, sim, guarde isso para você, sim?
Eles percorrem o resto da casa, e Matt continua suas anotação. Quanto mais ele passa vagando pelo lugar, mais ele se vê morando aqui, renovando-o e tornando-o seu lar. Ele olhou para outras casas, mas nenhuma delas fez suas mãos coçarem com a necessidade de fazer as suas próprias.
Esta casa faz.
Ele dá uma última olhada na sala antes de se virar para encarar Sylvie. Ela o encara, as sobrancelhas arqueadas, a pergunta evidente em seus olhos.
— Eu vou fazer uma oferta neste lugar.
Matt mal terminou sua frase quando Sylvie se lança contra ele, envolvendo os braços em volta do pescoço dele em um abraço apertado.
— Isso é tão emocionante, Matt! Parabéns!— ela exclama, sua respiração se espalhando contra o pescoço dele. Ele cruza os braços em volta das costas dela e a abraça.
— Eu não poderia ter feito isso sem você— , diz ele, segurando-a por mais um momento. A porta da frente se abre e Rápido com Nick entra. Matt pressiona os lábios perto da orelha dela e sussurra:
— Fique calmo, está bem? Vou baixar o preço em cerca de $ 20 mil.
— Eu vou esperar lá fora — Sylvie se afasta e sorri conscientemente.
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Feeling Behind the Eyes [Brettsey]
FanfictionMatt Casey e Sylvie Brett sempre viram um ao outro como um bom amigo, mas algo dentro deles está mudando. E a hora de decidir se continuaram apenas como amigo ou se entregaram aos seus sentimentos está chegando. Mas será que a resposta não chegará t...