Casey espera cinco minutos inteiros depois que ela sai, então pega seu rádio e se senta na área comum, ignorando os olhares de todos os seus colegas.
Não demora muito para Boden aparecer. A voz do chefe ronca por cima do ombro.
— Casey, você realmente acha que esse é o melhor curso de ação, agora?
— A única outra coisa a fazer é sentar nos meus aposentos e enlouquecer, chefe, então sim, eu acho — ele admite honestamente.
Boden suspira, assente e se afasta. Casey acha que é o fim disso, mas a próxima coisa que ele ouve é o deslizar de uma cadeira no chão enquanto Boden se senta ao lado dele. Severide puxa uma cadeira depois disso e pelos próximos minutos fica quieto enquanto todos se sentam. Meia hora depois, a voz de Sylvie aparece no rádio e informa ao Controle que eles encerraram a ligação e estão saindo do Med. Casey dá um suspiro de alívio. Não vai demorar muito para voltar para o 51 agora. O aperto no peito afrouxa um pouco. Elas estão quase em casa.
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Sylvie estava feliz por poder voltar para o quartel sem nenhum problema no caminho ou no seu atendimento. Isso lhe deu um tempo para se distrair das últimas descobertas e principalmente das decisões tomadas.
Ela tinha que admitir, que apesar de estar fazendo isso para ajudar outras pessoas, estava também se arriscando muito, ainda mais nas suas condições atuais.
Céus, era para ela estar falando com Matt, ainda que não soubesse qual seria a reação dele. Fazia pouco mais de quatro meses que eles estavam juntos, e antes disso eles já tinham falado sobre construir uma família. Sylvie sabia o quanto ele queria ser pai, mas tudo esta ligeiramente incerto dentro de sua mente agora.
O que ela estava pensando em dizer sim para virar isca de maluco sabendo que há uma vida dentro dela agora? Matt não iria a perdoar quando descobrisse.
— Hey, tudo bem? — Hailey diz tirando Sylvie de seu pensamentos.
— Tudo — ela disse se focando no transito.
— Sério? — Upton diz se mexendo para tirar algo do bolso, pondo o exame de gravidez sobre o painel.
Sylve olhou pro objeto por um segundo.
— Hailey, você está...?
A risada suave da policial a interrompe.
— Não, isso caiu do seu bolso enquanto colocamos o paciente lá atrás.
— Oh — Sylvie soltou sem saber o que fazer.
— Parabéns alias — Upton disse.
— O-obrigado.
— Dá para entender a reação do Casey agora — a loira comentou se recostando no banco.
— Ele — Sylvie parou por um segundo limpando sua garganta — bem ele ainda não sabe. Eu ia falar com ele, mas então vocês chegaram e tudo aconteceu tão rápido.
— Hey, você me deve explicações — Hailey disse calmamente — Logo vamos estar de volta ao quartel e você poderá falar com ele. Pelo que eu sei dele, Matt vai ficar muito feliz.
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— Elas estão bem Casey — diz Severide encorajadoramente — Elas voltarão em pouco tempo.
Quinze minutos depois, Casey está quase pronto para voltar para seus aposentos. Ele desliza a cadeira para trás e se move para ficar de pé. Mas então acontece.
A voz frenética de Emily atravessa o ar. A dor no peito de Casey se intensifica. Os códigos e o jargão não contam a história toda, mas o que eles dizem faz com que ele pegue um rádio e corra para o caminhão.
A ambulância 61 foi roubado com Upton e Brett ainda dentro.
— Puta merda — Severide amaldiçoa enquanto corre atrás de Casey.
Ele ouve Boden reunindo as equipes, seus "vamos, vamos, vamos" ecoa pelos corredores com intensa urgência. Todos eles entraram nos caminhões e vão para o Med. O rádio está cheio de atualizações sem parar. Cada um é mais preocupante que o anterior. Quando chegaram, Halstead e Foster seguiram a ambulância por alguns quarteirões, onde ela colidiu com uma lixeira em um beco próximo.
Casey sai do caminhão e vai para a 61, apenas para ser parado por Jay.
— Elas não estão lá, cara — diz Jay, impedindo Casey de avançar ainda mais na cena.
— Então, onde diabos elas estão? — Matt pergunt quando ele consegue tirar Jay de sua frente.
— Eles não podem ter ido longe — Foster fala confiante. Ela parece irritada e tem uma boa quantidade de erupção cutânea no rosto — O idiota me jogou para fora da parte de trás da ambulância — explica ela com as expressões preocupadas — Você sabe, já que eu não sou o tipo dele .
— Ruzek, Atwater e Burgess estão checando os prédios de ambos os lados. Eles têm que estar aqui — Jay diz a ele, parecendo certo. Mas Matt vê uma preocupação familiar em seus olhos.
— Então, por que você não está procurando? — Severide pergunta desconfiado.
— Voight disse para ele ficar comigo — Foster responde no lugar de Jay.
Matt acha que pode usar essa preocupação em seu proveito. Ele não deveria estar pensando em entrar nos dois edifícios, mas se Brett estiver em um deles, ele com certeza fará alguma coisa. Ele se aproxima de Jay e fala baixinho, para que Boden e Severide não ouçam.
— Vamos então — diz Matt enquanto acena em direção a um dos edifícios — Você quer ir e eu quero ir. Então ...
Jay encontra seus olhos e discretamente concorda. Eles se preparam para fazer uma pausa antes que um de seus chefes possa detê-los, mas o rádio crepita antes que eles possam. É Atwater. Ferimento a bala no peito. Várias vítimas caídas, incluindo um oficial e o agressor. Eles mal esperam pelo local antes de todos correrem em direção a ele. Foster chama Kidd e Gallo de volta para ajudá-la com a maca e a mochila, mas Casey não se incomoda em parar.
Eles são levados a um escritório no prédio à esquerda. Casey está imediatamente preocupado quando descobre Burgess pressionando uma ferida na coxa de Hailey em vez de Brett. Ruzek está atendendo o agressor e sua ferida no peito. Ele está tentando desesperadamente mantê-lo vivo para preservar qualquer informação que esse homem tenha e que ainda precise. Mas, ainda assim, Casey não vê Brett. Não há como ela não estar no meio da briga, instruindo a todos sobre a melhor forma de compactar essas feridas, se ela fosse capaz. Então ... por que ela não está aqui?Pensamentos e imagens terríveis invadem sua já frágil mente. Há apenas uma razão pela qual Brett não estaria ajudando e isso esfria suas veias. Várias vítimas, disse Atwater. Ele vê dois. Tem que haver pelo menos mais um. Pânico e medo fazem suas mãos se fecharem. Ele olha em volta, sentindo-se petrificado com as possibilidades que se estreitam à medida que os segundos passam.
Flashes de Brett passam por sua mente como uma apresentação de slides num pesadelo. O quartel sem ela, Molly sem ela, a vida sem ela. O arrependimento pelo tempo perdido mantendo em segredo aquele forte sentimento — que agora esmaga seu peito.
Atwater está perto de uma porta aberta, levando a outro cômodo e no minuto em que vê Foster entrar no quarto, ela grita por cima do ombro.
—Brett! Suprimentos!
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Feeling Behind the Eyes [Brettsey]
FanfictionMatt Casey e Sylvie Brett sempre viram um ao outro como um bom amigo, mas algo dentro deles está mudando. E a hora de decidir se continuaram apenas como amigo ou se entregaram aos seus sentimentos está chegando. Mas será que a resposta não chegará t...