AMOR POR ACASO - A SÉRIE 1T

EP 3 - BOCHECHAS

PONTO DE VISTA DA AUTORA

Pete está encarando os dez dígitos na tela de seu celular, na verdade ele estava os memorizando desde ontem, quando os obteve. Ele está todo distraido vendo a foto da pessoa no contato, que sorri como em suas memórias, inclusive, isso fez ele perder a concentração nas aulas ontem.

Acordando pela manhã, ele voltou a olhar a foto e começou a lembrar do sorriso de Ae. Minutos mais tarde, Pete desceu pronto para tomar café e ir para o campus. Chegando na cozinha encontrou P'Jew, sua antiga baba e que agora era a governanta da casa. P'Jew é uma das serventes mais leais da casa, de fato, a mais confiável.

OBS: P' É UM TERMO USADO PARA SE REFERIR A PESSOAS MAIS VELHAS.

— Uau... eles parecem tão gostosos, e esse aqui parece muito apetitoso.

Ele disse olhando a caixa térmica com arroz e sopa de frutos do mar devidamente arrumados e separados. Ainda tinha outras coisas gostosas como bolinhos de camarão, lulas e robalo. Perto da sopa tinha vegetais com pedaços de gengibre, cebolinha e talos de coentro, também tinha alguns molhos, como o de soja e o de pimenta moída. Só um pouco disso e a caixa já parecia muito luxuosa.

— Você quer algum deles Pete? Sobrou um pouco na cozinha.

A senhora perguntou a ele, mas ele apenas sorriu e deixou a mesa, a abraçou e lhe deu um beijo na bochecha.

— Quem sabe outro dia, eu estou atrasado agora...eu te amo tia Jew.

Então ele deu outro beijo em sua bochecha, como aqueles que sempre dava quando era criança e sorriu. Pete pegou a caixa com o lanche que P'Jew tinha lhe feito e foi embora.

— P'Jew, Pete é tão bonito como um sonho.

Disse a nova faxineira se aproximando da governanta.

— Claro, meu pequeno Pete sempre foi bonito, desde criança. E você pode ir parando de sorrir e sonhar com ele.

P'Jew disse batendo em sua testa para que a moça parasse de sonhar.

— Eu sei P'... mas tem alguma coisa estranha, nos últimos dias Pete tem saído muito cedo de casa. Veja, ainda são seis da manhã, será que a aula dele está começando às sete agora? Hum... se eu não me engano, todas as quintas ele sempre sai cedo, as sete ou sete e meia da manhã.

— Isso não é da sua conta, ele provavelmente só tem algumas tarefas para adiantar.

P'Jew começou a explicar para que a menina parasse de se intrometer nas coisas do seu chefe. Ela ficou chateada e saiu da cozinha pisando duro depois que Jew lhe disse isso. Nessa hora, a mãe de Pete apareceu pronta para ir para o trabalho, ela descia as escadas quando parou para ver o carro do filho sair.

— P'Jew, Pete já saiu?

— Sim, senhora, ele saiu agora mesmo. Agora estou começando a achar que tem alguma coisa acontecendo, já tem um mês que ele tem pulado o café da manhã.

Disse Jew. Putchapon, apenas sorriu, em seguida, sentou na mesa para tomar café e deu a governanta algumas sugestões do que podia estar acontecendo.

— Provavelmente tem alguma coisa acontecendo na vida dele agora. Eu fico pensando o que pode ter feito ele ir para faculdade tão cedo...

Então ela soltou uma risada alta e bonita quando se deu conta de que não tinha nada a ver com a faculdade, mas sim com alguém que o motivava a acordar e ir para o campus cedo todos os dias.