O Mundo de Fora

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Boa noite galerinha! Nossa história começa assim que a Gi sai da casa e vai ser baseada em alguns fatos que rolaram, mas tudo livremente adaptado pra fazer esse romance acontecer. É uma fanfic GIRAFA, mas isso não significa que não vão rolar outras combinações aí pelo caminho. Mas eu prometo que Girafa é ENDGAME, tenham paciência nesse comecinho.

Não é de hoje que eu escrevo, mas é a primeira vez que vou me aventurar postando algo aqui para vocês lerem. A história vai ser sob o ponto de vista das personagens, mas sempre vai vir indicadinho quem é que tá mandando no capítulo (ou na parte dele). Leiam com carinho, deixem suas críticas, sugestões, comentários e não esqueçam de votar por favor!

Espero que gostem!


Gizelly

Sair do Big Brother naquela semana não foi uma surpresa. Era um paredão forte, Babu já estava garantido na final e bem, eu já estava conformada. Claro que eu não estava feliz, menos ainda com tudo aquilo que vinha acontecendo aqui fora. A pandemia tinha proporções gigantescas que eu comecei a entender quando eu pisei fora da casa. Eu quis muito voltar. O medo do que me esperava agora me dominava por completo antes que eu entrasse na entrevista para a Rede BBB. Lá eu me tranquilizei quanto à isso, vi que tinha muito amor e uma torcida carinhosa demais me esperando. Carinhosa e louca, mas isso era tudo que eu poderia querer. Mas lá mesmo começou a chover informações que eu não tinha percebido. Ou até percebi, mas preferi ignorar.

Logo no início, quando eu conheci Marcela, senti algo que eu não esperava. Era uma conexão diferente de outras que eu já havia sentido, era como se nos conhecêssemos de outras vidas. E eu me atrai por ela sim, consegui admitir pra mim depois de algumas semanas, depois de alguns choros aparentemente sem sentido, depois de muito ciúmes do Daniel. Não que eu acharia ele uma boa pessoa para a Má se eu não sentisse nada, não acharia. Mas me acostumei com eles, assim como me acostumei com os carinhos de Ivy, que se tornaram confusos para mim depois de um tempo. Eu me sentia atraída também, o flerte era bom.

Quando fui perguntada sobre os ships na entrevista, não foi uma surpresa, mas eu realmente não soube o que dizer. Eu tinha percebido alguns olhares, eu tinha retribuído alguns olhares. De todas elas. No meio daquela loucura de programa eu descobri que me sentia atraída por mulheres, mas eu não podia fazer nada lá. Era uma situação completamente nova para mim, eu não sabia como agir. Não sabia identificar quando as meninas estavam brincando ou não então eu só brincava de volta. E, acima de tudo, havia o fato que eu já tinha um relacionamento complicado com a minha mãe, virar sapatão em rede nacional não ia me ajudar a melhorar.

Foi interessante ver um pouquinho de tudo aquilo do lado de fora, às vezes eu achava que estava viajando, que os olhares não eram para mim. Mas talvez eles fossem. De qualquer forma eu precisava colocar a minha cabeça no lugar, voltar pra casa e esperar toda essa loucura passar para tomar alguma atitude sobre o assunto. Ou os assuntos. Eu nem sabia de onde começar. Assim que eu saí das entrevistas, Tábata e Letícia me esperavam.


- Olha a galã do BBB 20 aí gente! - recebi um cumprimento de longe das duas e entramos no quarto de hotel reservado para mim, cada uma se sentando em um lugar.

- Que saudade de vocês meus amores, pena que a gente não pode se agarrar.

- Nós também. - Letícia fitava Tábata com um olhar preocupado - Sua mãe pediu pra te falar que deixou o apartamento em Vitória prontinho pra você, mas que foi ficar um tempo no sítio.

- Tá tudo bem. - eu sorri e tentei parecer sincera - Eu sei que ela precisa de um tempo para absorver as coisas. Eu também preciso.

- Gi, se você quiser ficar com a gente...

- Imagina meninas, vocês tem a família de vocês. Obrigada por terem cuidado da minha vidinha enquanto eu tava fora.

- Foi lindo Gi, sua trajetória toda foi linda. Tá todo mundo muito orgulhoso de você.

- Meninas, eu sei que teve momentos que eu pisei na bola também, como diz minha mãe, posso morrer pela língua. Eu quero ver tudo isso, só não agora. Vou esperar um pouco pra rever o programa, preciso respirar.

- Tudo bem Gigi, o que você quer que a gente faça por você?

- O que eu preciso saber agora? Que não pode esperar? - Tábata riu maliciosamente

- Que as mulheres tavam todas apaixonadas em você. - não pude evitar cair na risada com elas - Gizelly, quem te viu, quem te vê!

- Será mesmo? Tábata, olha aquelas mulheres, Rafa Kalimann, a Ivy. Meu senhor jesus cristo, não é possível que isso seja real.

- Espera um pouco. - Letícia me olhou desconfiada - Parece que eu senti um pouco de interesse aí?

- Talvez. - eu ri fraco e abaixei a cabeça - Gente, parece que eu vivi uma vida inteira dentro daquele lugar. Aconteceu tanta coisa, tem tanto na minha cabeça.

- Tira um tempo pra você se reconhecer então. - Tabata sorriu se levantando - Você era incrível e continua, mesmo cheia das mudanças. Suas coisas estão todas aí, seu celular e tal.

- Promete que liga pra gente se precisar de qualquer coisa?

- Prometo meus amores, muito obrigada por tudo


Elas saíram do quarto, voltariam para Vitória no dia seguinte cedo e me deixaram com uma agenda de coisas para fazer. Nos próximos dois dias eu teria auxílio de alguém da Globo, depois a vida seguiria. Como? Eu também ainda não sabia, mas estava evitando pensar demais, levar tudo na pressa. Tudo era muito novo e eu precisava de calma para entender e encontrar qual caminho seguir. Eu precisava de um banho e de uma boa noite de sono, amanhã era outro dia e pouco a pouco eu iria descobrir o que fazer.


Eu prometo atualizar todo dia se vocês derem um sinalzinho de vida, só pra eu saber se tem alguém por aí? haha 

Brisa LeveOnde histórias criam vida. Descubra agora