Brisa Leve

Marcela (Parte 1)

Bom dia! Tô de volta e agora a gente começa o processo de descoberta da Gigi, tenham paciência comigo (e com ela kkk). Lembrando que tudo é pura ficção, todo respeito às pessoas reais envolvidas (mas bem que a gente queria que fosse real).

Gizelly

Meu celular tocou e eu acordei sem muita disposição. Qual era a mágica daquelas camas de hotéis que fazem o sono da gente melhorar drasticamente? Ou talvez a mágica tenha sido tomar meu primeiro banho longe das câmeras. Não reconheci o número, não estava salvo em nenhum contato, mas atendi assim mesmo.

- Bebê, te acordei?

- Quem é?

- Já esqueceu minha voz, furacão?

-  Marcela? - me ajeitei na cama, sentando e tomando um gole de água - É você sereia?

- Vou perdoar a demora pra me reconhecer tá?! Mas só dessa vez, vê se salva meu número aí, achei que a Tabata já teria salvado.

- Perdoa sim, acabei de acordar. E ela não tava com meu celular não, tá louca? As contas na internet tudo bem, mas o telefone é sigiloso.

- Tem tanto segredo pra esconder assim?

- Por que será que eu sinto que você quer saber algo específico?

- Eu quero saber MUITAS coisas Gi, tô doida pra gente trocar ideia de verdade.

- Eu também Má, só que com essa loucura toda que tá aqui, nem sei quando.

- Então, eu queria fazer uma proposta. - fiquei em silêncio esperando ela continuar - Eu sei que você e sua mãe não são tão próximas e que ela tá em quarentena com seu padrasto na fazenda. Sim, a Tabata conta tudo. Eu não queria que você ficasse sozinha. Eu ainda tô em São Paulo, então queria ver se você não quer vir até aqui e passar a quarentena comigo.

- Má, o que você tá fazendo em SP ainda? Achei que ia pra casa da sua mãe.

- Fiquei essas semanas em casa com o Enzo, me atualizando de todas as coisas.

- E você não vai pra casa dos seus pais? Ver sua sobrinha, você tava morrendo de saudade.

- Vou, mas você pode vir comigo.

- Eu não sei Marcela...

- Vamos, eu já falei com eles. Todo mundo quer muito te receber. A gente não sabe quanto tempo esse isolamento todo vai durar.

- Tá bem, eu vou.

- Sério?

- Sério ué, não era sério?

- Claro que era, só achei que você seria mais difícil! Vou mandar um motorista de confiança te buscar aí no Rio, me passa o endereço do hotel.

- Eu te mando por mensagem assim que eu descobrir, tá bem? - eu ri - Mas hoje eu ainda tenho alguns compromissos.

- Amanhã de manhã então?

- Pode ser.

- Ótimo, aí a gente já vai direto pra minha mãe, tá bem?

- Tá bem Má. - eu sorri, um frio subindo pelo meu estômago - Obrigada!