Brisa Leve

Camisa 10

Bom dia meus amores, com a voz desse capítulo, a camisa 10 do BBB!
Muito obrigada pelos comentários e todo o amorzim de vocês, faz minha semana. Vou precisar da opinião de quem acompanha pra resolver um dilema: no fim de semana não consigo escrever porque minha irmã mais nova não me dá paz pra isso kkkkk mas já tenho mais um capítulo pronto e vou escrever mais um. Vocês preferem que poste os dois de uma vez e depois só na segunda ou posta um sábado e um no domingo? Respondam aí nos comentários :D

Rafaella

Eu não parava de chorar desde que eu tinha saído da casa. A emoção que enchia meu peito a cada cena que eu vi lá de dentro e a cada informação que eu recebia aqui de fora parecia que ia me fazer explodir de alegria a qualquer segundo. Era tanto amor, tanto carinho, que eu já tinha apagado de mim qualquer tensão que aconteceu lá dentro e as inseguranças – as coisas que eu tinha guardado – foram esquecidas um pouco. Até serem lembradas na entrevista da Rede BBB, claro. Quando mencionaram a Gi, de primeira eu não raciocinei bem, falei sinceramente sobre ela ser uma pessoa incrível. Aí as meninas falaram que na verdade eles queriam a gente como um casal e todas as memórias voltaram como um foguete.
Não sei dizer qual foi a primeira vez que eu notei Gizelly de uma forma diferente. Nunca tive problema em notar e comentar a beleza de outras mulheres, principalmente amigas. E ela tinha uma beleza inegável. Era só isso. Até que um dia não foi mais – e eu acho que a Manu percebeu antes de mim quando a elogiei da piscina e a pequena riu, falando que a gente gostava dela. Fui reparando aos poucos que eu, que não era tão chegada assim a contatos físicos, achava uma surpresa boa quando ela vinha me abraçar de repente, quando eu ganhava um beijo no rosto ou quando ela pedia carinho. Eu gostava de escutar ela falando, de vê-la dançando, de ter ela perto de mim. E nada disso fazia sentido dentro da minha cabeça, porque eu nunca gostei de uma mulher assim antes. Só que chegou um ponto onde não dava pra negar mais, no final do programa eu já estava a ponto de jogar tudo para o ar e me declarar. Por códigos Manu já sabia, Ivy também – e a última, que sentia o mesmo, talvez tivesse mais chances do que eu.
Claro que na entrevista neguei, segurando a mão da Manu por segurança. Ela sorriu e eu soube que alguma hora eu ia ter que conversar sobre isso com ela. Não que eu soubesse o que falar. Os assuntos mudaram e meus pensamentos foram com eles. Não só durante aquela noite, mas também no próximo dia que foi cheio de programas onde eu, Manu e Thelminha falávamos sobre a experiência louca que foi viver o BBB20 e a mais louca ainda que está sendo sair dele. Depois de um dia inteiro andando de um lado para o outro pelo projac, eu finalmente estava sentada. De entrevista em entrevista eu me perdi da Manu e da Thelma e aquele salto estava comendo meu pé, mas eu havia mandado mensagem para elas me encontrem aqui no camarim antes da gente se despedir para cumprir a quarentena com a família. Manu levou um vinho e nos sentamos no tapete do camarim mesmo, já que talvez demoraria um tempo para visitarmos o tapete da sua casa.

- Então, agora que estamos só nós, a gente precisa conversar. – Manu tomou um pouco de vinho e serviu as outras taças.

- Hora de falar tudo que não podia ser falado na frente das câmeras. – Thelminha olhou para mim e eu fiquei um pouco assustada, rindo de nervoso. Até ela sabia?

- Tem algo específico que as senhoritas querem saber?

- Ah não, nem vem se fazer de sonsa Rafa Kalimann, pode ir bebendo esse vinho aí, que bêbada você me falava tudinho. Todos aqueles códigos, sinais, vamos abrir eles agora.

- Você já pode citar o nome, em vez de comer com os olhos agora Rafa.

- Thelma! – eu ri um pouco, pensando como ela havia visto, meu deus todo mundo sabia que eu era completamente apaixonada – Gente, não era tão assim, era?