Ivy (Parte 2)

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Bom dia pessu! Tomem um capítulo gigante e sem muita revisão que eu penei em escrever procês kkkkkk queria acabar o rolê com a Ivy nesse capítulo, mas infelizmente eu tenho um fracozinho por Givy também, apesar de Girafa dominar meu coração. Mas bem, Rafa aparece no próximo capítulo que já tá sendo escrito :D



Gizelly


Se alguém me perguntasse em que ponto estava a minha vida, eu não sei bem o que eu diria. O escritório estava indo bem – funcionando nos horários em que era permitido e atendendo clientes que realmente precisavam, mas só andavam os processos muito urgentes mesmo. Estava fazendo várias lives e eu aceitava algumas publicidades sempre que eu podia. Dormir eu não estava dormindo muito não, mas isso eu já estava acostumada pelos últimos meses de confinamento naquela casa sem relógios. Todas as coisas novas e antigas da minha vida estavam começando a se estabelecer em uma rotina e isso dava um ar de que estava tudo certo.

No quesito amoroso, eu nunca tinha visto tantos ex ressurgindo das cinzas, nem tanta mulher dando em cima de mim – mesmo eu repetindo vezes e vezes que era hétero. Talvez não ajudasse muito fato que eu ria de todas as invenções das minhas fãs loucas e não desmentia meu ship com a Ivy ou com a Rafa, mas porque desmentiria né?! Ser associada com duas mulheres maravilhosas daquelas?! A minha moral estava lá no alto. E eu tinha sim, interesse. A não ser que minha mãe perguntasse, aí eu desmentia com toda a certeza do mundo - ou nas entrevistas. Também não podia escancarar tanto o armário sem nem entender as roupas lá dentro e ajeitá-las direitinho.

Eu conversava com Marcela todos os dias, mas definitivamente o que eu queria dela era a amizade de outras vidas que eu senti no momento em que a gente se olhou dentro da casa – e os infinitos projetos que poderíamos fazer juntas pra ajudar as mulheres aqui fora. Minhas conversas com a Ivy também eram diárias e o assunto nunca acabava. Mas apesar de sentir que era diferente das conversas com a Má, se eu parasse pra pensar, era tudo só ali no celular, não tão diferente assim – fora uns flertes ocasionais e a presença do Lulu em algumas. Eu ainda me perguntava sobre as questões trazidas na nossa primeira conversa mais séria, mas elas nunca voltaram, por isso eu estava zero preparada para a pergunta que veio em uma das nossas vídeo chamadas.


- O que é isso que a gente tá fazendo? – Ivy soltou como se fosse uma pergunta qualquer, com o rosto tombado no travesseiro e um sorriso leve no rosto, eu quase enxerguei a confusão em meus próprios olhos – Cê também não sabe né?

- Não, mas eu queria muito conseguir te responder. – ri levemente – Ia resolver um tanto de problema que eu tenho aqui na minha cabeça.

- Eu tenho um carinho enorme por ti e eu amo nossas conversas, mas eu não acho que a gente vai conseguir entender se isso passa ou não de amizade através de ligação e mensagem Gi.

- Vem pra cá então.

- Que? – ela se ajeitou na cama e eu me assustei também com a minha proposta, mas não voltei atrás. Talvez realmente fosse a solução.

- A gente precisa se ver Ivy, saber se vai sentir algo ou não. Passa uns dias aqui, as coisas já estão começando a melhorar um pouco, não estão? Vem com o Lulu, a gente passa um tempo junto e o resto a gente vê depois.

- Cê tem certeza Gi? Tem o Luiz Miguel e eu...

- Ivy. – eu sorri pra ela – Vem com o Lulu. Na pior das hipóteses ele vai conhecer a melhor tia que ele vai ter na vida e a gente mata a saudade do grude que a gente era naquela casa.

Brisa LeveOnde histórias criam vida. Descubra agora