De Volta ao "Normal"

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Boa tarde amores! Perdão a demora com o capítulo de hoje, até 2 segundos atrás eu tava SURTANDO que eu falei com a Thalita Rebouças na live dela (e eu sou fã daquela mulher desde que eu era pequenininha). Meu sonho de vida viver minha vida como escritora assim que nem ela, af, mulherão da porra viu!
Taí o capítulo de hoje - com o tempo dando uma acelerada e a PANDEMIA FINALIZADA. Porque não dá mais não, pelo amor de Deus.


Rafaella


Depois de três meses em quarentena na chácara, agora estava liberada a volta para casa. Claro que a rotina tinha que ser retomada aos poucos ou havia um grande risco da doença voltar a se proliferar, mas vivíamos um momento de grande alívio, onde os números diminuíram bastante e a sensação de uma normalidade – mesmo que completamente nova – começava a bater. Quando o carro estacionou em frente ao meu prédio, me despedi do meu pai e desci com a minha mala em uma mão e Luna na outra, ele não ia poder demorar então em outra oportunidade buscaremos as coisas que ficaram para trás.
Depois de seis meses longe, era até bom subir sozinha para o meu apartamento, porque embora fosse o mesmo, era como se fosse um lugar completamente novo pra mim. E ao mesmo tempo, era minha casa. E ela me abraçou assim que eu abri a porta. Luna lambeu as lágrimas que desceram do meu rosto e eu fui logo ajeitar o cantinho dela. Passei o dia reconhecendo meus locais, desfazendo a mala, mudando algumas coisas de lugar e no final de tudo tomei um banho bem quente.
Quando me senti completamente ali de novo me sentei na varanda pra ligar pra Manu, eu já tinha falado pra ela que eu voltaria, mas não tinha falado quando.


- Advinha quem está em São Paulo? – falei assim que ela atendeu o telefone e fui atacada por um longo grito – Calma, eu não quero ficar surda.

- Me manda seu endereço agora, eu vou pegar um táxi e chego aí em quantos minutos o trânsito de São Paulo permitir.

- Tô te enviando por mensagem.


Sorri com a reação espontânea e enviei por mensagem o endereço do apartamento. Me levantei para preparar alguns aperitivos e checar o que eu ainda tinha de bebida por ali. Por sorte meu pai era do time dos que gostava de whisky e havia deixado um aqui, então minha baixinha não passaria vontade. Em bem menos tempo do que eu imaginava que ela gastaria, meu interfone tocou e eu liberei a entrada dela. Agarrei minha pequena em um abraço cheio de saudade assim que ela chegou no meu andar e nos sentamos na varanda com os snacks, o whisky e eu com um vinho.


- Agora me conta, como é estar de volta?

- Parece uma vida inteira que eu não venho aqui. – respondi com sinceridade, olhando a vista da minha varanda e pensando em tudo que aconteceu desde a última vez que me sentei ali – E meio que foi né.

- Meio que foi. – ela concordou, tomando um gole de whisky.

- Ainda acho que você está morta por dentro só por conseguir beber isso aí como se não fosse nada.

- É maravilhoso! – ela sorriu e olhou pra mim com um olhar inquisitivo – E aquele assunto, chegou a alguma conclusão?

- Qual assunto? A gente fala o tempo todo, não dá pra lembrar todos. – uma lista de assuntos foi feita na minha cabeça por um momento, mas eu não conseguia identificar de qual deles ela queria conversar.

- Você realmente não tem falado muito nele esses dias, mas não achei que você esqueceria sua grande paixão do Big20. – ela riu enquanto se aproximava de mim – Ainda mais quando seu público não deixa.

Brisa LeveOnde histórias criam vida. Descubra agora