Brisa Leve

Menina

Boa noite amores!
A foto da capa de hoje é a Thaylise pra situar vocês sobre quem ela é (se alguém não souber) - e também porque eu tô ficando com preguiça de procurar capas, perdão vou melhorar. Deixar sem capa não rola se não eu morro. Mas bem, aí está meu oi de hoje, espero que gostem.

 

Gizelly

- Me desculpa por isso. – voltei um pouco envergonhada para o apartamento, onde Thaylise me esperava no sofá trocando conversas superficiais com Marcela. 

- Sem problemas, doutora. - ela sorriu um sorriso brincalhão enquanto se levantava para vir até mim – Você prefere que eu vá embora?

- Não. – sorri levemente – Te prometi um filme, não prometi? Eu cumpro minhas promessas.

- Filme né? Sei. – Marcela murmurou do sofá e eu consegui alcançar uma almofada para jogar nela antes de seguir com minha convidada para a cozinha.

Talvez fosse meio precipitado, eu pensei enquanto fazia a pipoca e escutava a garota contar animadamente um caso da vida dela. Ela não era tão mais nova que eu, mas às vezes parecia uma menina, diferente de... bem, não importa. Talvez fosse meio precipitado trazê-la aqui no meu apartamento na segunda vez que a gente se encontrava. Sabia que eu estava dando brechas para que várias coisas acontecessem essa noite, mas eu só estava cansada de pensar em todos os aspectos de cada ato antes de agir. Não estava funcionando ser cuidadosa, estava? Fui tanto com a Rafa e ela não estava ali agora, eu deveria curtir quem estava.
Levamos as coisas do filme para o quarto sob o olhar acusatório de Marcela e depois de um breve debate sobre qual filme assistir decidimos por um romance clichê. Demorou meia hora para a pipoca acabar e mais alguns minutos para estabelecermos uma posição confortável ali, passando a estranheza do início. Em meio a um comentário sobre a personagem principal ser completamente mais compatível com a melhor amiga do que com o moço que seria seu par romântico senti e permiti a aproximação de Thaylise, logo seus lábios tocaram os meus. Não pausei o filme quando beijo avançou ou enquanto nossas roupas deixavam os corpos e iam para o chão.
A urgência presente enquanto ela descia seus beijos pelo meu pescoço e brincava com os lábios em meu seio vinha de um desejo vazio de sentimentos. Que sim, me causava prazer, mas me deixava sentindo falta de algo a mais. De qualquer forma, desejei que sua boca descesse um pouco mais pelo meu corpo e quando ela o fez tentei desligar a minha mente e me concentrar somente nas sensações que sua língua trazia enquanto deslizava para dentro do meu corpo. Embora minha mente fosse bastante inquieta, ela conseguiu o resultado quando me penetrou com os dedos, subindo a língua gentilmente para o meu clitóris. Não dava pra pensar em muita coisa nesse momento em particular.
Mas algumas horas mais tarde, os pensamentos me invadiram de novo. A garota tinha se alojado no meu peito e eu não quis dizer que eu preferia a posição inversa, então me contentei em fazer cafuné em seus cabelos lisos, me repreendendo por estar tão incomodada apenas por uma posição de dormir. Meus olhos se encheram de lágrimas e eu os fechei, não é possível que eu ia chorar por isso. Ou talvez fosse pelos olhos verdes que insistiam em aparecer na minha cabeça, junto com a lembrança que a última vez tinha sido com ela. E eu tinha sentido tudo, tudo que eu achava possível sentir com alguém – e até um pouco mais.

- Você tá pensando nela né? – ouvi uma voz tão baixa que quase pensei ter saído da minha consciência, mas pouco depois o rosto de Thaylise se virou pra mim. Por sorte as lágrimas não tinham caído.

- Que susto menina, achei que você estava dormindo. – sorri, tentando sair do assunto.

- Não. – ela sorriu de lado e estreitou os olhos – Você tá, não tá?