A chegada.

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Legolas sentiu seus pés pousarem sobre a grama úmida e ressecada da floresta, seus olhos e ouvidos atentos no perigo que os rondava, inclinando seu corpo, ele deu um salto para árvore mais próxima, apesar de sua aparência apodrecida, ainda estava firme para acomodar dois elfos em seus galhos frágeis. Elion lhe deu um olhar de salseiro, antes de saltar novamente para outra árvore próxima, o ellon era seu melhor, e junto com Tauriel eram seus mais fies parceiros na patrulha.

O ellon fez um sinal com os dedos acima da cabeça, e um sorriso malicioso enfeitou suas feições severas. O humor negro malicioso do ellon sempre colocou ambos em apuros com seus pais, mas depois de tantos anos juntos, Legolas tinha aprendido a aturar esse seu lado, e até mesmo o encorajava uma vez ou outra. As mãos do príncipe se agarraram a teia pegajosa de uma aranha, e quando desceram para o solo novamente já estava com seu arco na mão, esperando encontrar uma das aranhas gigantes que atormentavam suas fronteiras, mas o que encontraram fora algo novo, e difícil de decifrar.

Na clareira iluminada por uma luz pálida que não provinha do sol, estava um garota, ela parecia humana, mas com uma beleza élfica inconfundível, seus olhos azuis estavam quase escuros, e seus cabelos eram de tons dourados pálidos com mechas mais quentes, dando lhe a imagem de uma fada, ou Anuir. Legolas quase fez uma reverencia a pequena moça, o impacto de sua presença sobre ele, o deixou sem folego, e seu coração bateu em um ritmo acelerado, suas mão suaram, enquanto a examinava, deixou seu arco com a mira baixa.

O aroma de folha de trevo encheu seus pulmões, era fresco e suave como a floresta depois da chuva, no centro da clareira apareceu uma mulher, seus olhos verdes estavam acessos como brasas, e Legolas percebeu que a luz pálida que os iluminava vinha dela, a mulher tomou uma posição defensiva, o vento soprou gélido e a garota loira foi iluminada parcialmente, antes de desaparecer, reaparecendo logo atrás da mulher que ousava usar magia nas terras de seu pai. O príncipe voltou a colocar o arco em mira, em direção ao peito da bruxa, os olhos verdes o especularam de forma mais branda, e num piscar de olhos a luz despareceu do corpo da mulher, deixando apenas o pouco de luz do sol que ainda conseguia infiltrar as folhas secas e escuras dessa parte da floresta onde a escuridão vivia.

Assim que a luz sumiu, outras pessoas apareceram de seus esconderijos, tornando o total de cinco pessoas, três encapuzadas e dois homens que seguravam suas espadas, um deles era um mortal e o outro um ellon.

- Príncipe Legolas. – o ellon fez uma mensura, seus cabelos eram tão claros como a neve, e caia suavemente sobre seus ombros largos.

- Alathar. – o príncipe inclinou a cabeça em comprimento, então observou atentamente o outro guerreiro mais as duas mulheres encapuzadas.

- Por que ousam entrar em nossa fronteira sem autorização?

- Estes são meus amigos, necessitamos de ajuda de seu soberano, se pudermos ter um momento com ele. – disse o ellon movendo-se mais para perto.

Alathar era um elfo diferente de uma maneira estranha como era os filhos gêmeos de Lord Elrond, era alto e muito encorpado com músculos rígidos, diferente dos elfos esguios. Legolas sentiu Elion enrijecer ao lado dele, quando os olhos dourados e afiados de Alathar pousaram sobre o seu amigo, e o mesmo também sentiu a mudança, e um sorriso enfeitou seu rosto bronzeado.

- Podemos leva-los até o rei. – concluiu Legolas – mas antes precisa nos dizer quem são, e mostrar os rostos.

- Sim, meu senhor. – respondeu prontamente – este cavaleiro mortal é Helmund Moonridge "O Consagrado", e está é minha senhora Dralyth, e sua protegida Brienne, e ao seu lado Rachel sua criada.

O príncipe observou os olhos azuis de Helmund enquanto o mortal se inclinava em respeito, seus cabelos pretos estavam trançados de uma maneira desleixada, e sua barba enfeitava seu rosto como um campo de trigo. Rachel também mostrou seu rosto, uma mulher mortal comum. Dralyth não tirou o capuz, mas mostrou o suficiente de seu rosto suave mas inconfundível, seus olhos verdes floresta era tão claros quantos as folhas verdes durante o verão, e por último sua protegida Brienne, também não tirou o capuz, apenas o cumprimentando com seus olhos azuis e lábios rosados.

O segredo da princesa.Onde histórias criam vida. Descubra agora