- Não podemos deixar isso assim. – protestou Alathair, apoiando a ideia de que Helmund deveria ser punido antes de ser expulso.
O rei estava sentado em sua cadeira que imitava um trono, suspirando de tédio. Firandir ainda estava indeciso, sem saber o que realmente deveria fazer ao guerreiro.
- Deixe-nos puni-lo. – disse Legolas, também concordando com seu amigo.
- Alguma objeção Firandir? – questionou o rei enquanto inspecionava suas unhas.
- Por mim, tudo bem. Mas não deveriam deixar que Brie saiba disso, apenas vai piorar tudo.
Legolas concordou, saindo da sala de estudos de seu pai seguido por seu amigo, no caminho encontraram Elion.
- O que foi decidido? – ele questionou.
- Podemos puni-lo. – Alathair sorriu com prazer, e Elis espelhou sua apreciação ao pensar em quebrar alguns ossos.
Legolas não fazia isso por diversão, diferente de seus amigos que tinham uma paixão em desferir punições, e quebrar ossos de terceiros. Às vezes, os dois lutavam sem espadas com inimigos, apenas pelo prazer de quebrar algo com as duas mãos. Quem os via assim, nem fazia ideia que eram uma dupla de ellons de coração mole, e paixões intensas. Um contraste estranho.
- Podemos ir nos três então?
- Claro.
Os três seguiram para a masmorras, planejando as maneiras que poderiam punir o mortal sem que perdessem muito sangue. Desceram os corredores, passando para o nível mais baixo do Palácio, onde a água corria com mais força pelas paredes de pedra, o ar era mais pesado úmido e gélido. Seus pés não faziam som ao descer as escadas esculpidas na rocha, que os levava para as morras mais profundas.
Legolas olhou para Helmund por cima do nariz. Observando o outro preso dentro de uma cela. A raiva sobrepondo seu julgamento.
- Bom dia Helmund. – disse Alathair de modo afetado. – ou seria um bom dia só para mim?
- Foda-se elfos. – o mortal rosnou. – não importa o que fizerem. Brienne vai odiar você príncipe elfico. Ela ama a mim.
- Ela não vai saber disso.
Elion abriu as grades, permitindo-o que entrasse. O mortal se preparou para se defender, mas ele lhe deu um soco do rosto, derrubando-o em seguida com uma rasteira. Ele não sabia o que o guerreiro tinha dito a princesa para deixa-la naquele estado. Mas usou toda sua força para descontar o seu sofrimento.
Enquanto isso, Thranduil tinha ficado a sós com seu irmão em sua sala de estudos. Ele observou como seu irmão estava carrancudo, as vezes mordendo suas unhas, os olhos prateados repletos de pensamentos, julgando a si mesmo, tanto quanto a situação que estavam.
- Você não é um bom observante. – disse o rei. – aceite isso, e pare de remoer. Está me aborrecendo olhar para sua cara de defluxo.
- Foda-se Thranduil. – o outro esbravejou. – não consegue ver que quase coloquei a vida da minha filha em perigo, duas vezes? O que há de errado comigo?!
O rei o observou, enquanto o outro voltava a acabar com suas unhas e sua própria boca, arrancando um pouco de pele no processo de mastigação. Ele tentou evitar a careta de nojo ao observa-lo.
- Pare de trata-la como uma incapaz, e a trate como sua filha. – ele aconselhou. – se vocês tivessem uma relação mais estreita, você saberia que Brienne é inteligente o suficiente para tomar suas próprias decisões, e capaz de fingir não ser surda. Você por acaso já a presenciou lidar com mais de uma pessoa ao mesmo tempo?
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O segredo da princesa.
FanfictionInesperados visitantes em Mirkwood prometem acabar com a paz do reino, e principalmente para Legolas. Será que o príncipe conseguirá distinguir seu dever de seus desejos? Esse dilema trará muitos questionamentos, e uma pequena competição pela atençã...