Um novo rei.

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Alguns dias depois o exército chegou ao reino de ErynWood. Thranduil parou com seu alce no alto do morro, observando o castelo do outro lado do rio, e as casinhas que ficavam para fora das muralhas. O fogo ardia na parte de dentro, gritos altos eram escutados, e parte do castelo e das torres estavam destruídos, a fumaça negra subia ao céu enquanto chifres eram soados em toda a parte.

- Chegamos tarde? – questionou Legolas, usando sua visão élfica para observar ao longe.

- Eru. – soprou Bran, ao lado de Elion.

- Dralyth. – rosnou Alathair. – precisamos encontrá-la. Aran, permita-me ir até lá?

Legolas observou seu amigo apertar as rédeas de sua montaria, enquanto esperava pela permissão do rei. Bran parecia indeciso enquanto olhava seu reino queimar.

- Taelin, ordene ao capitão que prepare suas tropas, vamos cercar o reino, e alguns de nós entraremos para ver o que está acontecendo.

O exército élfico desceu até o reino, cercando Erynwood. O rei e uma parte de seu exército invadiram os portões, enquanto uma batalha entre os homens estava em andamento. Os homens se voltaram contra eles no primeiro momento, mas quando perceberam que suas armas não eram tão boas e suas habilidades eram inferiores, recuaram, quando perceberam os elfos sitiando o reino, cessaram suas lutas. Eles controlaram a maior parte de seus moradores revoltos, tentando o máximo não tirar a vida dos mortais.

- Quem está no comando dessa revolta? – Thranduil questionou, olhando com escárnio para os homens cansados que se escondiam deles.

- Não há ninguém no comando!

- Por favor! – interveio Bran. – digam onde está o rei Merric?

Os populares se agitaram diante do antigo conselheiro. Se reunindo ao redor de onde ele estava. Thranduil odiou estar cercado por tantos mortais, ele queria apenas invadir o castelo e tirar Dralyth e Firandir da prisão.

- Não há ninguém no palácio! – gritou um homem. – Merric pegou todo o ouro e partiu. Nos deixou na miséria!

- Foda-se. – rosnou Alathair. – quem é que está no trono agora?

- Ninguém! Os nobres partiram também.

- Que ótimo. – Thranduil cuspiu. – ratos com caudas. Vamos invadir o castelo e colocar você no trono, Bran.

Bran não pode relutar quando o rei o forçou a subir em seu alce e se agarrar a ele. Uma pequena parte do exército seguiu o rei até o castelo, que estava vazio e completamente saqueado, todo o ouro, prata e bronze, diamantes e rubis foram levados, deixando apenas o salão cheio de poeira.

- Os mortais são egoístas ao extremo.

- Desculpe, aran, mas nós também temos a capacidade de ser assim. – disse Alathair. – venham, vou leva-los até as masmorras.

- Nós iremos colocar Bran no trono. Você será o rei agora.

Alathair e Thranduil desceram até as masmorras, a maioria estava vazia, havia ratos vagando pelo local, o cheiro podre era repugnante. Com cuidado se aproximaram das celas onde estava a bruxa, Alathair agarrou a barras olhando a cela escura sem ver nada.

- Dralyth! Dralyth! Sou eu, voltei com o rei. – chamou o elfo de cabelos prateados. Mas ninguém o respondeu.

- Ela não está. Não a sinto. – disse o rei sem se aproximar, seus olhos pálidos vasculhando as outras celas.

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