Inesperados visitantes em Mirkwood prometem acabar com a paz do reino, e principalmente para Legolas. Será que o príncipe conseguirá distinguir seu dever de seus desejos?
Esse dilema trará muitos questionamentos, e uma pequena competição pela atençã...
Brienne umedeceu os lábios ansiosa enquanto observava Dralyth que se preparava para ter sua conversa decisiva com o rei.
- O príncipe parecia transtornado. – ela comentou nervosa – isso não vai dar certo, Dralyth, eles não estão tão dispostos a nos proteger.
A feiticeira virou-se para ela, com aquele seu visual um pouco "fora do padrão", a mulher parecia um andarilho sujo que não tomava banho a dias, mas seu cheiro limpo de trevo não parava de ser exalado pelo seu corpo. Seus olhos verdes estavam desfocados por um momento, enquanto sua mente flutuava nas possibilidades de erros e acertos referente a estadia no reino.
- Eu sei, Brienne que pode ser um erro. Mas eu confio no rei, e confio em seu senso de justiça. O príncipe não é tão diferente dele, só está preocupado demais.
- Eu queria acreditar... – ela mordeu os lábios – você nem os conhece, pelo menos não ao príncipe.
- Não. A ele conheço muito pouco, só o vi criancinha. – respondeu a feiticeira com um sorriso – mas conheço muito bem ao rei, a muito tempo. E tenho certeza que transmitiu os mesmos valores para o filho.
- Eu tenho medo, Dralyth. – a princesa confessou, fazendo com que a feiticeira a abrasasse.
- Não tenha. Eu não deixarei que coloquem as mãos em você, para usa-la como moeda de troca em uma guerra de homens. – afirmou com veemência, acariciando seus cabelos. Brienne não escutou as palavras, mas as sentiu conforme a feiticeira falava com os lábios encostados em sua têmpora.
- Eu morreria antes de aceitar que isso aconteça.
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Thranduil deitou-se sobre o pequeno divã em frente da lareira. O móvel rangeu com o tamanho e o peso de seu corpo. Taelin soltou uma risada abafada, antes de sentar em sua poltrona com uma xícara de chá nas mãos.
- Não é o momento de rir. – rosnou o rei – como posso resolver isso? Dralyth tem razão quando diz que Firandir nunca acreditaria que eu me interessei a casar com a filha dele.
O conselheiro ficou em silêncio por um tempo enquanto desfrutava de sua bebida quente e deixava seu cérebro trabalhar.
- Isso é verdade. – o conselheiro confirmou – por isso concordo com ela. Com Legolas, ela teria proteção e credibilidade diante de Firandir.
- Isso é ridículo. Uma ideia estupida!
- Por que diz isso, aran? – Taelin questionou interessado, o rei se moveu sobre o móvel, fazendo-o ranger de novo.
Então levantou a mão um pouco mais alto que seu rosto, e começou a abaixar um dedo de cada vez para pontuar seus fatos.
- Primeiro, Legolas não saberia como dirigir isso; Segundo: Ele não dividiria um quarto com essa moça; Terceiro, e não menos importante: você nunca percebeu a cara dele? Está escrito tolo apaixonado por todo lado!
