O segredo da princesa.

Cresce uma paixão.

Legolas acordou no meio da noite com uma batida na porta. Por alguns segundos não soube onde estava, até que sentiu o colchão afundar com a movimentação de outra pessoa. Ele virou-se do outro lado em direção aporta, e viu Elion abrir apenas uma fresta da porta para atender quem estava do outro lado.

Ele não precisou ver o rosto para saber que era Helmund, e deitou-se de bruços, jogando o cabelo para lado, e agarrando o travesseiro. Sentia-se ainda frustrado pelo o dia de ontem e esperava que os próximos dias se passassem rapidamente.

- Não consigo falar com Brienne. – disse Helmund. – quero saber o que seu príncipe está fazendo com ela.

Elion se afastou da porta para que o mortal pudesse observa-lo dormir, e Legolas nem se quer quis procurar entender porque o homem ficou irritado ao encontra-lo dormindo na cama.

- VoCê precisa controlar esse ciúmes, Helmund, ou vai colocar tudo a perder em relação a princesa. Você quer mesmo que ela seja mandada de volta para o reino do pai para se casar? – ralhou Elion irritadiço.

- Não.

- Então não  venha nos perturbar no meio da noite. Seus aposentos é próximo ao do Bran. Você quer que ele perceba o que você está fazendo?

- Mas eu sou furtivo.

- Não me importa, porra! – seu amigo se exaltou. – eu quero dormir, e exijo que da próxima vez, você vá beber e chorar, ao invés de me acordar no meio da noite!

- Me desculpe. – ralhou o mortal. Mas Legolas não ficou impressionado por ele se redimir.

Elion mal humorado era algo a se temer. E afinal, Helmund ainda tinha hematomas para se lembrar de não insultar um elfo irritadiço.

- Mára estë (Descanse bem).

Seu amigo fechou a porta e voltou a deitar-se sobre a cama. Colocando um dos braços sobre os olhos, respirou de lentamente. A cortina estava afastada, deixando que o brilho prateado da lua lançasse sombras sobre as paredes do quarto.

- Esse idiota vai pôr tudo a perder. – disse Elion por fim, tirando o braço do rosto e virando-se para o lado oposto.

Legolas fechou os olhos, tentando pensar no que poderia fazer para garantir que Helmund ficasse do lado de Brienne nessa questão, e não acabasse com a vida dela. Ele pensou no jantar, em Bran, como ele parecia bem tranquilo em relação a tudo, menos quando seu pai o advertido sobre relações sexuais. A maneira como pareceu indignado com isso, fez o príncipe se lembrar da festa, da maneira como ele olhava para Elion.

- O que há entre você e Bran? – seu amigo se retesou, antes de abrir os olhos e encara-lo.

- O que quer dizer?

- Ele parecia muito interessado em você. – Legolas ajeitou o travesseiro antes de voltar a abraça-lo.

O ellon torceu os lábios, enquanto pensava em uma resposta, mas no fim não disse nada, apenas continuou encarando, esperando um raciocínio. Legolas entendeu seu desconforto, ambos estavam seminus e dividiam uma cama, isso por si só deveria ser incomodo para seu amigo, já que se recusava a aceitar o que realmente era. Mas no fundo, o príncipe desejava que Elion fizesse as pazes consigo mesmo o quanto antes.

- Até o rei notou. Ele claramente não gostou da forma como Bran lhe olhava.

- O que quer dizer isso? – agora seu amigo ficou irritado. Juntando as sobrancelhas escuras em desconfiança.

- Esqueça Elion. – Legolas franziu a testa. – afinal pode me ajudar com ele? Ou prefere ficar de fora nesse caso?

- Como iria te ajudar com ele? – Elion levantou-se apoiando-se em um cotovelo, e a cabeça na mão.