O começo da farsa.

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Legolas andou pelo palácio em busca da princesa, mas conseguiu encontrá-la. Estava à beira de ter um ataque de nervos. Não conseguia encontrar Elion para lhe ajudar, seu pai não queria saber do assunto, e o pior de tudo era que nem mesmo Dralyth o avisou da chegada deste homem.

- Ela está te deixando louca? – questionou Helmund, que estava debruçado sobre uma sacada, na mão estava uma faca e uma maça verde.

- Não. – ele sibilou. – Bran Astorio foi contratado por Firandir para garantir que nossa união era verdadeira. Caso contrário, ele a levará direto para seu pai e seu "casamento arranchado".

Helmund o olhou fixamente por alguns segundos, antes de entrar para dentro do palácio. A audição apurada do elfo escutou o guerreiro chamar por Rachel, logo em seguida voltou para a sacada.

- Vá até a biblioteca, eu as levarei até você.

Legolas sentiu raiva por Helmund ter encontrado a princesa. Mas manteve o ciúme afastado, focado no verdadeiro problema. Primeiro ele teria que convocar Elion, nesse momento precisava de seu amigo ao seu lado. Ele foi até Ellavorn e pediu que comunica-se ao filho do conselheiro seu pedido, e foi até seus próprios aposentos, desesperado para mandar uma carta a Dralyth, a bruxa lhe devia muitas explicações.

Custou apenas dez minutos para fazer uma carta expressando sua frustração e a raiva por Dralyth não alerta-lo. Então a embrulhou e guardou em seu casaco, e foi direto para a biblioteca. Quando chegou lá, Elion estava próximo as janelas, enquanto Brienne estava sentada na cadeira diante da mesa, e Helmund ao lado dela, em pé, todos parecendo inquietos.

- Você contou a eles? – o príncipe questionou, caminhando até a mesa.

Brienne manteve seu rosto baixo enquanto olhava para as próprias mão, Elion limpou a garganta, mudando-se para se aproximar dele.

- Ele contou. – disse o ellon. – mas, como vamos resolver isso?

- Teremos que fingir. Como o combinado com Dralyth. – ele afirmou, olhando primeiramente para Helmund. Se o mortal não quisesse contribuir com o plano, teria que encontrar uma maneira de tira-lo do palácio.

- Como...como...faremos isso? – Brienne sussurrou, ainda estava sentada, com as mãos sobre o colo, seus olhos demonstravam o quanto assustada estava.

- Teremos que ter uma história compatível e credível. Teremos que ver como lidaremos com o rei, e pedir a Eru pra que ele acredite. – o príncipe rosnou. – não quero discussões sobre isso dentro do palácio. Se ele está aqui para decidir se nossa relação é real ou não, qualquer discussão sobre essa situação em um lugar inapropriado pode nos custar tudo.

- Vocês terão que dividir um quarto. – disse Elion, analisando a reação de cada um.

- Como assim? – a princesa questionou alarmada. Olhando entre o príncipe e Helmund.

- Ele tem razão.

- Vocês tem muita audácia! – rosnou Helmund levantando-se. Elion levantou as mãos para acalmar os ânimos.

- O palácio tem passagens secretas. – disse por fim. – nos entraremos juntos em meus aposentos, na esperança de que Astorio nos veja pelo menos algumas vezes, então usarei uma das passagens para sair.

- Mas você não pode dormir em outro lugar, ele perceberá, verdade? – questionou a princesa, quando seus olhares se encontraram, seu rosto se enrubesceu.

- Vou ficar com Elion. Vou ser tão silencioso quanto possível. – ele concluiu virando-se. – Elis, você terá que dormir no quarto em frente ao meu.

O segredo da princesa.Onde histórias criam vida. Descubra agora