Cedendo a sedução.

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Enquanto Elion ainda estava dentro dos aposentos de Bran, Legolas estava enfrentando a fria expressão de seu pai na sala do conselho.

Havia todos os elfos com postos importantes, colocando pacientemente em frente ao rei seus problemas, e as soluções que esperavam. O rei dava suas ordens, ou grunhia de vez quando, apontando com a voz firme e fria os caminhos mais fáceis para resolverem seus problemas. No final, todos os outros fizeram uma mensura e se retiraram, deixando-o a sós com o rei, que nem se quer o olhou, prestando atenção no cálice cheio de vinho que Ellavorn colocava a sua frente. Ao olhar o que estava sendo servido, o rei fez uma careta, afastando a pesa, e olhando pela primeira vez diretamente ao príncipe.

- Nós temos que conversar. – reclamou Legolas. – me evitar não vai me fazer desaparecer.

- Ellavorn, prepare meu chá. – o rei ordenou levantando-se e pegando seus papeis.

Legolas franziu o cenho, e seguiu seu pai. Dando passos rápidos para acompanha-los, Elmar estava escoltando o rei, e parecia muito desgostoso ao vê-lo.

- Aran nîn. – o príncipe chamou, mas o rei o ignorou, quando Ellavorn tentou fechar a porta em sua cara, Legolas colocou o pé, e usou o peso do seu corpo para mantê-la aberta e entrar. Irritado o príncipe avançou na direção do rei, rosnando quando ele não se virou para enfrenta-lo.

- Ada!

- O que você quer de mim, Legolas Greeleaf?! – o rei esbravejou, demonstrando pela primeira vez que o via.

- Que fale comigo!

- Depois do que você me fez, estou me segurando para não dar uns tapas na sua bunda pálida!

- Você me insultou! Não foi o suficiente?!

- Não, não foi. – o rei grasnou se aproximando. – você me desobedeceu, e anda me enfrentando desde de que essa "princesinha dourada" apareceu por aqui.

- Hora! Que audácia! O senhor esteve se esgueirando com a bruxa, a qual eu estou tentando ajudar nesse momento! – o príncipe ralhou. – quanto mais drama fizer, mais tempo se passa com ela desaparecida!

- Ela está presa, Legolas. – o rei bateu com os dedos na própria têmpora. – pense, como um rei Legolas, você não daria a uma traidora a liberdade, apenas porque ela traz boas novas!

- O que senhor pretende então?! Deixa-la morrer?!

- Ela procurou isso. Eu não vou colocar meu reino em guerra, por causa de uma mulher Legolas, e você também não deveria.

O príncipe respirou fundo enquanto observava seu pai tirar o manto e coroa de flores da cabeça, seus olhar perdido enquanto fazia movimentos já decorados.

- Se você a ama, por que a deixa morrer? – o principie sussurrou, sem entender a maneira submissa que o rei se colocava nessa questão.

- Nós precisamos. Quando se tem uma responsabilidade assim com seu próprio povo, você precisa se anular. – ele afirmou. – da mesma forma que fiz ao desistir dela no passado. Precisamos Legolas.

- Não consigo aceitar isso, da maneira como você aceita. Nunca pensei que o veria jogar a toalha sem fazer absolutamente nada.

- Sente-se. – o rei ordenou, apontando uma das suas poltrona colchoadas.

O príncipe não perdeu tempo, analisando seu pai quando se aproximou e se sentou no pequeno divã que parecia um brinquedo perto de seu corpo grande. O móvel como sempre rangeu ao receber o peso.

- Não vale a pena Legolas. Ir atrás de Dralyth vai irritar Firandir, que virá atrás de Brienne, você não vai querer cede-la, e aquela menina não vai querer ir. – ele rosnou. – vai começar uma batalha, onde meus súditos, elfos que não tem nada a ver com essa disputa, vão ser obrigados a batalhar, e muitos não irão voltar. Simplesmente porque eu pensei que poderia ter a mulher que desejo de volta. Não vale a pena, entendeu?

O segredo da princesa.Onde histórias criam vida. Descubra agora