Inesperados visitantes em Mirkwood prometem acabar com a paz do reino, e principalmente para Legolas. Será que o príncipe conseguirá distinguir seu dever de seus desejos?
Esse dilema trará muitos questionamentos, e uma pequena competição pela atençã...
Legolas se despediu de seu amigo, e voltou para a câmara privada do rei, onde seus conselheiros estava. Ele se encostou no batente da porta observando Lainel dar ao rei uma bebida quente.
- O que vai acontecer agora?
- Lady Galadriel nos deu um horário especifico para entrar em contanto com o rei. – explicou Taelin, que estava sentado ao lado de Agalardiel.
- Como ela vai fazer isso?
- Ela é muito poderosa. Mais do que imaginamos. – disse o elfo Teleri, seus olhos prateados focados no rei.
O príncipe se sentiu desconfortável, mas se sentou próximo ao pai para poder observa-lo caso não ocorresse muito bem essa visita da Lady da floresta. Ele nunca tinha a conhecido, e pensou que dessa vez poderia finalmente conhecer a bela senhora élfica, a bruxa branca da floresta que sussurrava em suas mentes.
Thranduil observou seu filho sentar na beirada da cama, analisando-o, parecia receoso com o que iria acontecer, mas não disse uma palavra. Ele era tão diferente. As vezes tinha dúvida sobre a origem do príncipe, afinal, ele tinha todas as qualidades de sua família, mas não as principais característica. Lembrava um pouco a sua mãe, mas como poderia ser isso? Nem se quer tinha seu sangue.
- Há algo errado ada? – ele questionou, seus olhos azuis ansiosos, era tão jovem, tão fresco. Talvez seu coração ainda esteja imaculado por não ter contato com o mundo além de sua floresta.
- Curiosidade. – o rei sussurrou, agarrando a mão dele entre as suas, e passou a analisar seus dedos, sua palma.
Uma guerra não era o que ele queria. Mas não poderia dar as costas a Dralyth, nem ao deixar impune os que machucaram Alathair. Mas trazer Firandir para dentro do palácio, era brincar com o fogo.
- Imagine que essa não seja sua vida. – ele sussurrou, fazendo círculos nas palmas de suas mãos.
- Como assim?
- Você não é um príncipe, não é um elfo silvestre. – ele o encarou. – não é meu filho. O que faria?
- Você está bem, ada? – o príncipe se inclinou, agora um tanto preocupado com suas questões.
- O que faria, Legolas?
- Não sei. Se eu fosse todas essas coisas, não poderia fazer nada para muda-las. – ele franziu o cenho. – por que essa pergunta?
- Aceitaria essa mudança tão facilmente?
- Ada...
- Legolas, está na hora. – disse Taelin. – por favor, Aran nîn, precisa aceitar a visita de Lady Galadriel.
O rei se inclinou para descansar as costas contra suas almofadas, ainda mantendo a mão do príncipe segura. Respirou lentamente enquanto meditava, tranquilo, tentando manter seu corpo e mente abertos para a visita. A voz gélida e doce da loira élfica infiltrar sua cabeça.
Olá Thranduil. Se sente bem?
Me sentiria melhor se pudesse ver seu lindo rosto.
Algumas coisas nunca mudam. Vamos começar, você pode sentir dor no processo, mas prometo que não irei demorar.
Estou acostumado, sua presença sempre me traz dor.
(...)
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