Eu ficaria feliz em ser o primeiro.

167 16 86
                                    

Bran estava andando pelo palácio em busca de Elion. Queria poder olha-lo de longe, apenas para observa-lo, ver seus olhos coloridos, admirar sua boca linda. Ele escutou a movimentação na entrada no palácio, e resolveu ir até lá.

Havia vários soldados élficos indo e voltando com seus uniformes verdes claros, outros ainda usando uma armadura. Nesse momento seus olhos foram guiados pelo coração. Na entrada da floresta, depois da ponte que levava ao palácio, estava os três elfos ao redor de dois cervos. Um deles eram Elion, tão alto, vestido com o mesmo uniforme padrão, cabelos trançados, postura firme como um soldado.

A ruiva e seu garoto se abaixaram diante de um animal pequeno, que de longe parecia um servo. O príncipe dourado estava com a mãe, acariciando suas costas com pelos duros, enquanto observavam o trabalho do casal. Bran ferveu de ciúmes, mesmo que a cena não tivesse nada romântico, e os dois estivessem trabalhando em algo. Incomodava a aproximação, o olhar suave, a cumplicidade entre os dois, os sorrisos mesmo que discretos e preocupados, as palavras trocadas. Ele atravessou todo aquele caminho, na esperança deter aquele sentimento que ficava no estomago, e no peito. Quando olhar afiado de Elion se estreitou em sua direção, como punhaladas.

- O que aconteceu? – ele questionou a ninguém especial, e todos olhos se voltaram em sua direção, até mesmo o dos animais.

- Algum imbecil armou armadilhas de caça na floresta. – Elion rosnou, visivelmente irritado com o acontecido.

Bran se ruborizou, a voz do elfo se reverberando por seu pescoço. Ele observou os elfos enfaixarem os pobres animais feridos.

- Não sai do palácio. Juro que não foi eu. – ele levantou as mãos, para se certificar de estar sendo enfático sobre isso.

Então ele sentiu a mão do elfo em seu pescoço. Um toque de eletricidade desceu por seu corpo, se instalando em sua virilha. A mão era calosa e quente, seus dedos firmes sobre sua pele. Bran não se moveu, não queria que o elfo tirasse sua mão, sendo sincero, ele desejava que seu garoto o tocasse por todos os lados.

- Nós sabemos. – o elfo concordou, seus olhos coloridos agora vidrado no trabalho da ruiva.

Mas sua mão se soltou de seu pescoço, deslizando pelo centro de suas costas, trazendo mais faíscas a sua pele, estremecendo seu corpo. Os dedos pararam na altura de sua cintura, e se afastaram. Bran quase obrigou o elfo a toca-lo novamente. Mas temeu encarar o garoto, porque se fizesse, não resistiria a vontade de beija-lo.

- Pronto, vamos voltar para o palácio. Ainda precisamos falar com o rei. – disse Legolas. – agora você, minha menina, pode levar seu bebê para casa. Nos cuidaremos de quem lhe machucou.

O animal pareceu concordar antes de lentamente acompanhar para a cria para dentro da floresta. Os elfos também ficaram olhando os dois se afastarem. Legolas liderou o grupo de volta para o palácio, e Bran veio atrás, caminhando lentamente, cobiçando o elfo que desejava. Como se sentisse seu olhar, o garoto olhou sobre o ombro, e lhe ofereceu um sorriso malicioso.

Seu membro inchou imediatamente, querendo a atenção prometida naqueles lábios. Bran sabia que iria morrer, se Elion recusasse suas investidas, seu garoto era indeciso. Em um momento achava horrível ser desejado por outro homem, no minuto seguinte estava acariciando-o. O guerreiro gemeu frustrado, mudando seu membro de posição dentro das calças.

- Você não vai brincar comigo, garoto bonito.

(...)

Elion estava fervendo de tesão. Não deveria ter tocado o guerreiro, tinha apenas que ser amigável para ajudar Legolas. Mas lá estava ele, deslizando os dedos por aquelas costas fortes, sentindo aqueles músculos se moverem, e a pele se arrepiar, mesmo através dos tecidos.

O segredo da princesa.Onde histórias criam vida. Descubra agora