Um visitante inesperado.

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Legolas terminou de vestir sua armadura, e observou Elion do outro lado do vestiário dos guardas. Seu amigo não parecia nada feliz, seus cabelos castanhos trançados em suas costas, deixando seu rosto e suas orelhas a mostra, sua pele bronzeada em contraste com sua armadura de verão, que consistia em uma cor de folha verde. As sobrancelhas grossas juntas em sua fronte, e seus lábios constantemente apertados, era uma grande amostra de seu mal humor.

Hoje seria um péssimo dia.

- Elis, tem certeza que quer me acompanhar? – ele questionou pela milésima vez, esperando que seu amigo recuasse, já que a atividade lhe desagradava tanto.

O ellon lhe respondeu levantando seu dedo médio, enquanto gesticulava um "foda-me" com os lábios, os dentes brancos apertados entre si com uma força exagerada. O príncipe olhou para cima, para o teto alto da sala esculpida na parede. A noite passada parecia ter sido um pesadelo, e ter Elion tão estressado era outro que ele conhecia bem, e não gostava de vivenciar. Ele repassou seus últimos dias, tentando entender em que momento tinha amaldiçoado aos Valar, porque essa situação só poderia ser uma punição.

Um pouco depois Meludir colocou sua cabeça para dentro da sala enquanto segurava a porta.

- Estamos prontos, esperando vocês.

O príncipe assentiu, e inclinou sua cabeça para seu amigo, que também levantou. Ambos encontraram o grupo da patrulha na entrada da floresta. Tauriel e todos os outros estavam lá. Assim como Helmund, que vestia sua própria armadura, seu rosto estava quase inteiramente roxo, com exceção do nariz que estava preto e quebrado, tinha sido posto no lugar, mas nunca mais seria como antes. Um dos olhos amarelados, e havia um corte feio em seu lábio.

- O rei fez um trabalho dos sonhos. – disse Elion, alto o suficiente para todos ouvirem. O grupo da patrulha riram, porque eles também gostavam de um pouco de violência contra tipos como o do guerreiro.

Legolas sentiu-se culpado. Não era porque sentia algum tipo de simpatia, mas poderia entender o homem. Se ele estivesse perdendo Brienne, também ficaria louco.

- Nós sabemos o que fazer. Vamos. – comandou Melduir, liderando o grupo.

No começo do trajeto eles foram andando normalmente, já que tinha sido pré-estabelecido um lugar para se encontrarem. Então ao longo do caminho os guardas foram se dispersando, para cobrir aéreas ao redor, antes de realmente chegar a parte Sul da floresta. Então chegou o momento em eles, deveriam subir pelas árvores para evitar as aranhas e os outros vermes rastejantes, mas com Helmund era impossível de fazer isso, o restante nem se quer se importou em saber como o mortal chegaria ao local.

- Porra. – reclamou Elion, quando percebeu que Tauriel tinha parado em seu caminho, para observar a aproximação do mortal.

- Vocês não precisam ficar. Eu o acompanho.

Tauriel e Elion suspiraram em resignação antes de subir pelas árvores rapidamente, deslizando pelos galhos e teia de aranhas emaranhadas entre as árvores. Helmund observou em silêncio, mesmo que estivesse admirado, nunca admitiria isso em voz alta. Legolas continuou andando, deixando o mortal sozinho com seus pensamentos.

 Legolas continuou andando, deixando o mortal sozinho com seus pensamentos

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