Epílogo

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Boa noite cordeirinhos!

Esse capitulo é apenas uma previa do que iremos ter na próxima fic, espero que gostem!

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Lyon estava sentado na mesa do rei. A festa que acontecia no reino era para celebrar a primavera. Toda sua família Estava a ali, desde seus avós, seus tios, até mesmo parentes distantes, que eram primos de sua avó. Menos o mais importante, que era seu pai.

Legolas estava em uma missão secreta para Lorde Elrond. O que tinha deixado sua mãe muito preocupada, assim como seu avô Thranduil. Pior de tudo foi que seu tio Alathair tinha se oferecido para escoltar o príncipe da floresta das trevas, mas sua presença foi vetada, e o elfo bruxo teve que voltar para Mirkwood sozinho. O que deixou todos apreensivos.

Nesse momento ele observava seu tio de cabelos prateados dançar no salão. Não era bem o elfo que ele observava, mas sim sua linda noiva. Loreli tinha cabelos longos e escuros, uma pele Alva, clara como a neve, lábios vermelhos e cheios, uma boca grande para seu rosto perfeito em forma de coração. Cílios longos que emolduravam olhos pretos, e um olhar doce.

Ele tentou evitar, mas era quase impossível não desejar sua futura tia. Ele amava seu tio, tinha todo o respeito com o elfo, ele era um dos homens que ele mais admirava. Sentia-se o pior dos homens ao desejar a mulher quer era a noiva do seu tio por tantos anos. Envergonhado de sua própria conduta, abaixou os olhos para suas próprias mãos. Ele precisava resolver e acabar com seus próprios sentimentos, precisava ser honrado como todos os exemplos masculinos que tinha em sua vida.

Ele não poderia decepcionar sua mãe, nem o seu pai.

(...)

Dralyth sabia que algo estava errado

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Dralyth sabia que algo estava errado.

Sua mente não era mesma depois de dezoito anos presa. Não via o sol, nem o vento, não sentia a natureza, nem sua magia. Presa em um calabouço de pedras, a única saída sendo uma grade a uns 15 metros acima de sua cabeça. Sua comida era um papa que era jogada através das grades, as vezes era carne de animais, mas a maioria das vezes era humana.

Recebia um balde com água uma vez a cada semana. O que significava que não tomava banhos, a não ser, quando eles jogavam água usada por eles, pelas grades. Não entrava luz do sol, não entrava luz das chamas, existia apenas escuridão, apenas isso e nada mais, as vezes,  ela sonhava com fogo vermelho que cobria tudo, e todos, libertando-a da agonia então, mas isso nunca aconteceu. Nenhum deles nunca desceu para dentro do poço, nunca lhe disseram nenhuma palavra, nem porque a mantinham, nem porque não a torturavam, ainda considerava sorte que se lembravam de alimenta-la pelo menos uma vez ao dia.

Estava esgotada tanto emocionalmente, quanto fisicamente, o pouco que poderia fazer, não era absolutamente nada, os anos se passaram diante de seus olhos. Os dezoito anos mais longos de toda sua existência. Tempo o suficiente para se arrepender de todas as suas escolhas, e depois acreditar que eram as melhores. Tempo para perder sua energia, sua vontade, sua fé. E por último, sua sanidade.

A voz sombria começou a atormenta-la em sonhos, julgando sua capacidade, apontando suas falhas, rindo de suas desgraças. Virou sua única companhia, até começar a ouvi-la com os olhos abertos, ficou receosa, com medo de como seria seu fim. Incrivelmente tola começou a responde-la, conversar com ela a acalmava um pouco, não se sentia vulnerável.

Mas o pior começou a acontecer a algum tempo, apagões durante o dia, as vezes durante a noite. Acordava com as unhas sangrando, partes de suas roupas faltando, pedras das paredes lascadas, padrões estranhos desenhados na parede. Gritos ecoando em sua mente, sua própria voz. Quem a alimentava começou a teme-la, e vinha muitas poucas vezes, um macho, não sabia de qual raça, vivia coberto com capuz e manto. Parecia tão escravo quanto ela, exceto que ele não estava preso.

Eu vou nos tirar daqui.

Era o que a voz sempre dizia. Mas no fim, ela estava matando-as aos poucos. Comendo suas forças, e a vontade de sobreviver cada vez que voltava a si. Sentia tanta falta de sua magia, da sua força, não era nem a sombra do que tinha sido uma vez. Capturada.

Por sua própria incompetência. Não soube nos proteger.

O que Thranduil diria se a visse assim? Era uma das coisas que mais sentia falta, seu olhar de admiração, a forma como se rendia a ela, porque a achava forte, poderosa.

Estamos aqui porque você tentou protege-lo.

Ela não conseguia distinguir quando era dia, ou quando era noite, entre dormir e acordar, e todos seus apagões, ela mal vivia. Estava relutante, acreditando que poderia fugir, encontrar uma maneira, fazer alguma coisa, ela sempre conseguia. Não desta vez. Por muito tempo vinha procrastinando encontrar uma solução.

A bruxa estava sentada no chão, o que era tudo que tinha, metros de pedra dura e áspera. Olhando para o nada enquanto pedia a Eru perdão, por tudo que fez, e por seu maior arrependimento, que tinha sido deixar sua filha. Tauriel não merecia viver como ela, nem correr os mesmo perigos, era apenas uma menina, e talvez, se a tivesse mantido, sua pequena raposa estaria dividindo essa situação. Foi melhor deixa-la com Thranduil. O rei élfico sempre teve um coração justo, apesar de ganancioso.

De toda sua vida, por tudo que passou, nunca cogitou que sua morte viria por uma mão tão familiar. Sentia-se diminuída como guerreira, como mulher, como um elfo. Suas forças foram drenadas, assim como sua vontade de continuar existindo.

Nós vamos sair. Fraca, desistente.

Aquela voz tão familiar a sua, continuava a soar em sua mente. Ela decidiu que não iria discutir com sua insanidade, evitaria o máximo possível se esconder na proteção que esse delírio lhe fornecia, não queria ser louca, mas diante da maneira como foi gerada, era impossível ser normal. Esperava que sua morte não afetasse a vida Tauriel, nem a de Thranduil. Ela fechou os olhos e respirou lentamente, diminuindo seus batimentos cardíacos propositalmente.

Dralyth engoliu em seco, segurando com força a pedra que vinha lixando tinha algumas semanas.  Seu captor não a queria morta, mas sim queria quebra-la, deixa-la insana por qualquer que  seja o motivo. Ela não iria ceder. Nem a ele. Nem a voz. Suas mãos tremeram quando firmou a ponta afiada contra a veia grossa de seu pescoço, o suor brotou em sua pele, e o pânico a fez hesitar por um momento. Não ansiava falecer. Mas era melhor do que viver o inferno que vivia. Era melhor do que todo dia julgar a si mesma e suas escolhas, sofrer com saudades de uma liberdade que nunca mais teria de volta. Não podia continuar com isso.

Se afogar em seu próprio sangue era mais tentador.

Ela então pressionou a pedra fria e pontiaguda contra sua pele sensível pela falta de alimentação adequada. Seu último pensamento foi para Thranduil, seus olhos pálidos a brilhar, prometendo não apenas Luxúria, como também paixão. Ela sentiu líquido morno escorrer por sua pele, enquanto sua vida esvaia. Aquela voz e sua cabeça gritou, agonizando em sua própria dor como se fosse parte dela.

Esperando fervor que espírito finalmente pudesse descansar. 

 

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