A bruxa.

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Thranduil continuou deitado sobre sua cama enquanto observava Dralyth se vestir, as pernas torneadas foram cobertas por uma calça de couro pesada e escura, os seios perfeitos foram cobertos por uma camiseta, em seguida por uma túnica e um corselete da mesma cor escura. Seus cabelos foram lavados, e presos em emaranhados em sua cabeça. Ela era uma elleth muito graciosa quando queria ser, e um terror quando não tinha esse desejo.

Mas a mente dele não estava se embebedando de suas curvas ou se assustando com sua aparência, seus pensamento ainda eram frenéticos em relação ao seu filho bisbilhoteiro.

- O que vai dizer a ele? – questionou a feiticeira enquanto se inclinava para beijar seus lábios, o rei inclinou a cabeça para se oferecer, mas a elleth ainda achou pouco, enterrando os dedos em seus cabelos com força, e puxando sua cabeça para trás, arrancando um gemido de sua garganta.

- Não vou dizer nada. Nossa relação é estranha por si só, não preciso envolver meu filho nisso. – ele garantiu, antes que a mulher passasse a língua na abertura de sua boca.

- Ele tem direitos, Thranduil. Esconder tudo dele, não vai facilitar. – ela respondeu soltando-o para se sentar ao pé da cama e colocar suas botas.

- O que você quer que eu faça? – ele rangeu zangado – que pegue o meu filho e diga: "Legolas você é um bastardo imundo, me agradeça por ter lhe dado uma casa e a proteção do meu título".

- Não seja imbecil! – ela lhe deu um tapa nas pernas – você o ama, mas faz isso tudo parecer tão arrogante. Eu te odeio as vezes.

O rei dobrou as pernas para tira-las do alcance das mãos da elleth, então olhou para o teto rochoso sobre sua cama. Não queria pensar muito sobre isso, não queria nem se lembrar, a noite passada foi desconfortável o suficiente.

- Não é tão simples. – ele disse por fim, em um tom mais sério, nada em relação a Legolas era simples.

- Mas se continuar enganando-o pode ser pior. O julga tão fraco ao ponto de não conseguir lidar com a verdade? – os olhos verdes se voltaram para ele.

- Não quero que venha a me odiar.

- Ele não faria isso.

- Ele é orgulhoso, me odiaria porque fiz da vida dele uma mentira. – ele se deitou na cama – me odiaria por mentir, por fingir e por obrigar a todos a fazer o mesmo.

Ele sentiu quando Dralyth deitou sobre seu corpo, uma das coxas se moldando entre as dele, a mão suave o acariciou, círculos em seu pescoço, antes de montar em seu corpo e posicionar uma mão em cada lado de sua cabeça.

- Ver você assim me faz te amar. – ela sorriu – embora seja só um pouquinho.

- Não posso responder. Adoro quando está por cima, no momento posso confundir tesão com sentimentos.

- Você é um bastardo, mas eu supero isso, afinal vou embora daqui três dias.

- Uma pena. – ele suspirou – ninguém aqui consegue lidar comigo tão bem como você.

Ela segurou seu maxilar, forçando seu rosto para cima, enquanto desceu a língua entre seus lábios, apenas brincando e impedindo o beijo.

- Isso é porque todas esperam que você seja o macho dominante. – ela provocou sua boca novamente, antes de sorrir com malicia.

- Você vai ver o Ganz? – ele mudou de assunto, suas mãos subindo sobre as coxas dela, acariciando, mesmo que detestasse a textura do couro da calça sobre suas mãos.

- Vou. Também pretendo dar uma olhada nessas belezinhas de animais que você tem na parte sul da floresta.

- Não... – o rei começou a protestar, mas seus braços foram puxados para cima e restringido por magia na cabeceira entralhada de sua cama, ele puxou e rangeu, seus músculos flexionaram, mas a feiticeira não o soltou.

O segredo da princesa.Onde histórias criam vida. Descubra agora