Legolas se encontrava novamente na mesa de jantar, seu pai estava com eles nesse momento. O silêncio reinava, desde de a explosão do rei, os outros andavam nas pontas dos pés ao seu redor, com medo de que pudesse desencadear a ira do rei novamente.
Legolas ficou contente, seu pai estava melhor, e novamente socializando com os outros, seja o que for que o tinha abatido, tinha passado, graças aos Valars. Brienne como sempre estava sentada de frente para ele, ao lado de Helmund, mas ele tinha que admitir que sem Alathair e a bruxa, as coisas pareciam monótonas demais.
A princesa sentiu seu olhar sobre ela, e voltou sua atenção para ele. Ele queria saber o que se passava na cabeça dela cada vez que o encarava, ela parecia ter muitos pensamentos ao seu respeito, seu rosto expressivo e sua falta de controle sobre suas emoções a faziam transparente como a água, menos para ele. Suas próprias emoções o faziam supor coisas absurdas, como uma possível atração mútua. Brienne não parecia desejar a nenhum homem, e pelas coisas que tinha lhe dito debaixo do salgueiro, o que ela procurava era liberdade e independência, não uma paixão.
O silêncio continuou, mas o príncipe tentou se distrair com outras coisas que não fosse a princesa e seu companheiro. Depois do encontro no jardim, tinha certeza que Helmund e Brienne tinham um relacionamento amoroso, e que planejavam de alguma maneira ficarem juntos. Mesmo depois de flagrar os dois juntos abraçados, e depois de escutar os dois fazendo planos, o coração de Legolas não aceitava que o coração da princesa já tinha sido reivindicado, e que ela nunca poderia ama-lo.
Ele continuou olhando para os legumes em seu prato, sentindo que agora além da atenção de Helmund, seu pai estava observando-o. Por um momento tentou disfarçar que lhe incomodava a atenção, mas por fim, encarou os olhos pálidos do rei que ainda se alimentava.
- Recebi uma carta de Dralyth essa manhã. – disse Thranduil, e seus olhos pálidos em nenhum momento deixou de estar firmemente focados em seu filho.
A princesa e o guerreiro ficaram mais atentos, especulando-os.
- O que dizia a carta? – questionou Helmund, um pouco confuso, mas também ansioso.
- Ela conta que Firandir está em uma viajem importante fora do reino, e não recebeu ainda a notícia do "casamento" da filha amada. – o rei zombou. – também há um trecho dirigido a você, Legolas.
O príncipe continuou encarando seu pai, mas por mais que tentasse controlar as coisas, sua única reação foi ruborizar-se, sabia que até mesmo a ponta de suas orelhas ficaram vermelhas, e o levantar de sobrancelha de seu pai, dizia que ele queria saber mais.
- Ela diz. "O desejo proibido, meu príncipe, é sempre mais difícil de esquecer. Sinto saudades desse bom entendimento que existiu entre nós, espero que esteja sendo cultivado por ti. Que Eru lhe proteja." – Thranduil disse as palavras lentas e arrastadas, nem se quer precisou reler, ele recitou as palavras já decoradas.
Legolas engoliu em seco, enquanto seu pai o olhava. Sua falta de expressão era o que mais incomodava. Ele compreendia o que estava na carta e a intenção da mulher de esconder o acordo que fizeram, mas porque deixar a entonação sexual?? Para distrair seu pai? Ou torna-lo furioso?
- Não entendo o que diz. – ele sussurrou, tentando não desviar seu olhar, e encarar seu pai, na esperança de que o rei levasse esse trecho apenas como uma provocação a ele.
- Parece que vocês dois se divertiram. – disse Helmund com um sorriso malicioso. Legolas franziu o cenho ao encarar o guerreiro.
Não tinha certeza se o mortal sabia sobre a relação que a bruxa mantinha com o rei, ou se sua intenção era apenas provocar desconfiança em Brienne, que nesse momento também o encarava com um olhar confuso e surpreso. Ele voltou a encarar o olhar afiado de seu pai, e mudou para a língua élfica:
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O segredo da princesa.
FanfictionInesperados visitantes em Mirkwood prometem acabar com a paz do reino, e principalmente para Legolas. Será que o príncipe conseguirá distinguir seu dever de seus desejos? Esse dilema trará muitos questionamentos, e uma pequena competição pela atençã...