Inesperados visitantes em Mirkwood prometem acabar com a paz do reino, e principalmente para Legolas. Será que o príncipe conseguirá distinguir seu dever de seus desejos?
Esse dilema trará muitos questionamentos, e uma pequena competição pela atençã...
Pessoal! Esse capitulo irá finalizar a relação de Legolas com Brienne, mas já abrindo novas questões que serão abordados na part II. Que será onde contarei o desfecho de Dralyth.
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Thranduil se serviu de mais uma taça de vinho, enquanto observava a noite passar. A muito que não conseguia dormir completamente, sempre despertando ao ter um pesadelo, de certo que os elfos não tinham pesadelos, mas ele tinha a completa certeza de que o que via, não eram lembranças.
Ele o ouviu antes mesmo que seu irmão adentrasse seus aposentos. O rei deposto então sentou-se ao lado dele, soltando um suspiro fraco e desanimado.
- Nós seremos avôs do mesmo neto, estranho não? – Firandir questionou, enquanto jogava seus cabelos longos por sobre o ombro, e começou a passar os dedos pelos fios.
- Por acaso Dralyth gostava do cumprimento do seu cabelo? – ele mudou de assunto, enquanto bebia, seu irmão franziu o cenho.
- Ela nunca reclamou. – o outro deu de ombros. – o que isso importa? Nós não dormimos juntos, já te disse.
- Apenas perguntando.
- Por acaso vai permitir que seu cresça para agrada-la? – seu irmão questionou, inclinando-se contra o sofá.
- Na verdade, iria cortar o seu. – ele sorriu. – até você mesmo está incomodado com o comprimento. Vive arrancando os fios.
- Ninguém toca no meu cabelo. – Firandir se defendeu, fazendo uma trança rápida, e prendendo-a no topo de sua cabeça.
- Você faz isso por causa da naneth?
- Eu gosto do cumprimento, sempre o quis assim, mas Oropher sempre me obrigava a cortar. – seus irmão suspirou. – da mesma forma que forçava você.
Thranduil tocou os próprios cabelos, conferindo suas pontas, o que para os elfos era o mesmo que olhar para o próprio umbigo. Ellavorn cuidava dele desde que tinha se tornado um príncipe, para ele não fazia a menor diferença o cumprimento de seus fios. Firandir tomou um gole de sua bebida.
- Você está procrastinando. – o loiro o acusou. – por que não me diz logo, o que realmente o está incomodando?
- Em algumas noites estou tendo pesadelos. – ele confessou. – alguém está me torturando, não consigo distingui-lo direito, porque tenho sangue em meus olhos, e eles estão inchados, mas quem está fazendo isso, se parece com você.
Firandir estremeceu, inclinando-se agora em sua direção, os olhos pratas acessos em curiosidade e preocupação.
- Você acha que pode ser uma visão?
- Sinceramente? Não faço ideia.
- Que grande porra, Thranduil.
- Assim, espero. – o rei concordou. – então nós seremos consogros?
