Animais de estimação.

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Legolas despertou animado para o interlúdio durante o desjejum. Vestiu uma túnica e calças de cores verde e marrom, e caminhou até a sala de jantar, onde seu pai já estava sentado, seu rosto estava com uma expressão dura. O príncipe sentou ao seu lado, os pratos já estavam postos na bonita mesa de madeira escura, com suas cadeiras imponentes bem talhada na madeira virgem.

- O que há de errado majestade? – ele questionou, enquanto observava que a comida não tinha sido servida ainda.

- Deixa eu ver por onde eu começo. – o rei disse contando nos dedos o que não o agradava – Há um mortal, uma maldita bruxa e um humano azedo em meu palácio. Eu tenho um filho que gosta de ficar no meu pé, e não tenho um bom sexo a meses.

O príncipe pensou no aroma da bruxa, mas desviou seus pensamentos para que seu pai não percebe-se.

- Ah, é claro, ia me esquecendo. – o rei dedilhou o dedo sobre o lábio superior – ninguém se digna a me alimentar.

- Não posso resolver, mas pelo menos posso te alimentar. – Legolas reclamou, enquanto se levantava para ir até a cozinha.

- E o filho perturbador se transforma em um filho zeloso. – o rei ronronou – ordene que me sirvam o mais rápido possível, eu estou morrendo lentamente...de tedio!

- Claro, a propósito, não precisa me agradecer.

O príncipe desceu para cozinha, onde Limes ainda estava preparando os alimentos, colocando-os em bandejas. As outras servas tentavam ajuda-la separando os alimentos que os humanos gostariam de comer.

- Bom dia príncipe Legolas. – a cozinheira chefe cumprimentou, sem parar seu trabalho.

- Bom dia. – ele suspirou colocando os braços para trás – o desjejum atrasou por conta do mortal? Ele nem mesmo se levantou ainda.

- Desculpe, sua majestade está morrendo novamente? – ela brincou – não sabemos o que servir a um meio elfo, então estamos fazendo de tudo um pouco.

- Ela pode comer nossos alimentos, assim como todos os mortais, a diferença é que eles preferem matar animais.

- Entendo, diga ao rei que já vou servir. – ela suspirou – querida Beruthiel, pegue uma das bandejas e comessem a levar as coisas para cima, agora.

Legolas voltou para a sala de jantar, e o convidados de seu pai já estavam todos sentados na mesa, o rei fez uma careta quase imperceptível quando o príncipe se sentou ao lado dele.

- E então? – Thranduil questionou levantando uma sobrancelha.

- Eles estão vindo, o preparo atrasou por causa dos costumes sobre servir os alimentos a mortais que comem carne. – ele avisou, e a careta de nojo de seu pai ficou mais visível.

- Não quero animais sendo mortos nas minhas terras, muito menos sendo postos em cima da minha mesa. – o rei rosnou irritado, fazendo Legolas pressionar a ponta dos dedos nas têmporas.

- Nada que um dia viveu será servido em nossos salões ada.

- O que vocês pensam em dar para nós como alimento? – questionou Helmund em um tom de voz duro, enquanto fazia uma careta.

Legolas balançou a cabeça em desgosto enquanto observava seu pai encarar o mortal por alguns segundos, nesse silêncio finalmente Brienne entrou no salão, fez uma pequena mensura e se sentou, atrás dela vinha sua protetora, com a mesma aparência desleixada, os cabelos arrumados da mesma forma e as roupas pretas habituais, ela não cumprimentou ninguém, apenas se sentou ao lado de Alathair. Seu pai virou-se para ele, e estalou os lábios.

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